A ergonomia, ou human factors (fatores humanos) ou human factors & ergonomics (fatores humanos e ergonomia), expressões pelas quais é conhecida nos Estados Unidos da América, é a disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema, e também é a profissão que aplica teoria, princípios, dados e métodos para projetar a fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho geral de um sistema. 
Os ergonomistas contribuem para o projeto e avaliação de tarefas, trabalhos, produtos, ambientes e sistemas, a fim de torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas.
BASES DA ERGONOMIA:
A Associação Internacional de Ergonomia divide a ergonomia em três domínios de especialização. São eles:
Ergonomia Física: que lida com as respostas do corpo humano à carga física e psicológica. Tópicos relevantes incluem manipulação de materiais, arranjo físico de estações de trabalho, demandas do trabalho e fatores tais como repetição, vibração, força e postura estática, relacionada com lesões músculo-esqueléticas.
Ergonomia Cognitiva: também conhecida engenharia psicológica, refere-se aos processos mentais, tais como percepção, atenção, cognição, controle motor e armazenamento e recuperação de memória, como eles afetam as interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Tópicos relevantes incluem carga mental de trabalho, vigilância, tomada de decisão, desempenho de habilidades, erro humano, interação humano-computador e treinamento.
Ergonomia Organizacional: ou macroergonomia, relacionada com a otimização dos sistemas socio-técnicos, incluindo sua estrutura organizacional, políticas e processos. Tópicos relevantes incluem trabalho em turnos, programação de trabalho, satisfação no trabalho, teoria motivacional, supervisão, trabalho em equipe, trabalho à distância e ética.

A figura acima e ao lado , apresentam uma série de recomendações fundamentais  a este tipo de atividade. Confira na listagem abaixo, a importância de cada uma  delas:
*Conforto Visual
*Punho Neutro
*Apoiando os Pés
*Cadeira
*Iluminação
*Cores
*Temperatura
*Acústica
*Humanização do Ambiente
*Humanização do Ambiente
1 - De Olho no Conforto  Visual! - Para garantir o conforto  visual, mantenha seu monitor entre 45 e 70 cm de distância e regule sua  altura no máximo, até sua linha de visão (Veja fig. acima). Isto pode ser  feito através de um suporte de monitor, ou pela utilização de mesas dinâmicas.  Sempre que possível procure "descansar" a vista, olhando para objetos (quadros,  plantas, aquários, etc...) e paisagens a mais de 6 metros. 
2 - Punho Neutro é  fundamental! - Assim como a altura do monitor, a do  teclado também deve poder ser regulável. Ajuste-a até que fique no nível da  altura dos seus cotovelos. Durante a digitação é importante que o punho fique neutro (reto) como na figura  acima. Mantenha o teclado sempre na posição mais baixa e digite com os braços  suspensos ou use um apoio de punho! 
3 - Pés bem  apoiados! - É importante que as  pessoas possam trabalhar com os pés no chão. As cadeiras devem portanto, possuir  regulagens compatíveis com as da população em questão. Para o Brasil, o ideal  seriam cadeiras com regulagem de altura a partir de 36 cm. Quando a cadeira não  permite que a pessoa apóie os pés no chão, a solução é adotar um apoio para os  pés, que serve para relaxar a musculatura e para melhorar a circulação sanguínea  nos membros inferiores.
4 - Dê um descanso para as  costas! - Com exceção de algumas  atividades, as cadeiras devem possuir espaldar (encosto) de tamanho médio. Uma  maior superfície de apoio, garante uma melhor distribuição do peso corporal, e  um melhor relaxamento da musculatura. É recomendável ainda, que as cadeiras  não tenham braços (o apoio deve estar nas mesas, para garantir um apoio  correto) e o revestimento deve ser macio e com forração em tecido  rugoso.
***DICAS GERAIS***
A -  Iluminação - Para evitar reflexos, as  superfícies de trabalho, paredes e pisos, devem ser foscas e o monitor deve  possuir uma tela anti-reflexiva. Evite posicionar o computador perto de janelas  e use luminárias com proteção adequada.
B - Cores  - Equilibre as luminâncias usando cores suaves em  tons mate. Os coeficientes de reflexão das superfícies do ambiente, devem estar  em torno de: 80% para o Teto; 15 a 20% para o Piso; 60%  para a Parede (parte alta); 40% para as Divisórias, para a Parede (parte baixa)  e para o Mobiliário.
C -  Temperatura - Como regra geral,  temperaturas confortáveis, para ambientes informatizados, são entre 20 e 22 graus centígrados, no inverno e entre 25 e 26 graus  centígrados no verão (com níveis de umidade entre 40 a 60%).
D -  Acústica - É recomendável para ambientes de trabalho em que exista solicitação intelectual  e atenção constantes, índices de pressão sonora inferiores à 65 dB(A). Por esse  motivo recomenda-se o adequado tratamento do teto e paredes, através de  materiais acústicos e a adoção de divisórias especiais. 
E - Humanização do  ambiente - Sempre que possível humanize o ambiente  (plantas, quadros e quando possível, som ambiente). Estimule a convivência  social entre os funcionários. Muitas empresas que estão adotando políticas neste  sentido vêm obtendo um aumento significativo de produtividade. Lembre-se que o  processo de socialização é muito importante para a saúde psíquica de quem irá  trabalhar nele.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
ABERGO 
APARÍCIO, P.; POMBEIRO, A.; REBELO, F.; SANTOS, R. (2005),Relationship between palm grip strength in different positions and associated discomfort level, 4th International Cyberspace Conference on Ergonomics, IEA, Johannesburg, South Africa.COUTO, Hudson de Araújo. Ergonomia aplicada ao trabalho. Belo Horizonte: Ergo, 1995.
CYBIS, W.A, BETIOL, A.H. & FAUST, R, Ergonomia e Usabilidade – Conhecimentos, Métodos e Aplicações . Novatec Editora. ISBN 978-85-7522-138-9.
DEJOURS, Cristophe. O fator humano. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1997.
DUL, J., WEEDMEESTER, B. Ergonomia prática. São Paulo : Edgard Blücher, 1995.
FERREIRA, P (2007) Human reliability: Analysis of procedure violations on traffic control of a light railway network in De Waard, D; Hockey, G.R.J; Brookhuids, K.A. Human Factors in complex systems performance (pp 145 – 156). Shaker Publishing - Maastricht, the Netherlands.
GRANDJEAN, Etienne. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. 2. ed. Porto Alegre : Bookman, 1998.
IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo : Edgard Blücher, 2005.
ISO (1997). ISO 9241-11: Ergonomic requirements for office work with visual display terminals (VDTs). Part 11 — Guidelines for specifying and measuring usability. Gènève: International Organization for Standardization.
MONTMOLLIN, Maurice de. A ergonomia. Lisboa : Piaget, 1990.
MORAES, Anamaria; MONT’ALVÃO, Cláudia. Ergonomia: conceitos e aplicações. Rio de Janeiro : 2AB, 1998.
ERGONOMIA.COMWIKIPÉDIA
ORAÇÃO DO TRABALHADOR
Jesus, divino trabalhador e amigo dos trabalhadores volvei Vosso olhar benigno para o mundo do trabalho. Nós Vos apresentamos as necessidades dos que trabalham intelectual, moral ou materialmente. Bem sabeis como são duros os nossos dias cheios de canseira, sofrimento e insídia.  Vede as nossas penas físicas, morais e repeti aquele brado de Vosso coração: "Tenho dó deste povo". Dai-nos a sabedoria, a virtude e o amor que Vos alentou nas Vossas laboriosas jornadas, inspirai-nos pensamentos de fé, de paz e moderação, de economia, a fim de procurarmos, com o pão de cada dia, os bens espirituais, para transformarmos a face da terra, completando assim a obra da criação que Vós iniciastes. E que Vossa luz nos ilumine a nós na busca de melhores leis sociais e ilumine os legisladores a estabelecer uma sociedade de justiça e amor. ASSIM SEJA...


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