sexta-feira, 21 de outubro de 2011

NR-25 DESPERDÍCIO DE MATERIAIS, GASTOS FINANCEIROS, TERAPIA OCUPACIONAL...EXCELENTE FIM DE SEMANA TRABALHADORES COM SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA...


NR 25 - DESPERDÍCIO DE MATERIAL NO TRABALHO
DIGA : "NÃO!" AO DESPERDÍCIO E RECICLE!!!



Descarte de Resíduos
"O lançamento/emissão de contaminantes na
atmosfera externa deve estar em conformidade
com as exigências da Legislação Federal, Estadual
e Municipal"



Num país em desenvolvimento como o Brasil, com alarmantes índices de desemprego e com uma distribuição de renda inaceitável para os padrões humanos, é notório que teremos carência de moradias para a população pobre. Isto nos empurra, independentemente da péssima distribuição de renda, para uma análise da atuação da construção civil, dado que ela tem papel fundamental nas questões habitacionais brasileira.
Através de uma análise centrada no movimento Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), examinamos características da construção civil que interferem na organização das diferentes sociedades humanas, tanto nas questões econômicas como nas sociais, evidenciadas no Brasil pela carência de moradias para seus cidadãos. Fundamentados nestes pressupostos, voltamos nossas reflexões ao pouco uso e ao desenvolvimento insuficiente de novas tecnologias, ao desperdício de materiais aliados à baixa qualificação profissional e, em grande parte, à qualidade de vida dos trabalhadores, percebendo estas características como uma das fontes da problemática da moradia. Finalmente, apontando algumas recomendações, buscamos mostrar de que modo o estabelecimento de tecnologia endereçada aos problemas sociais pode desencadear grandes transformações, também na construção civil, beneficiando nossa população como um todo.


O DESPERDÍCIO...

O desperdício não pode ser visto apenas como o material refugado no canteiro (rejeitos), mas sim como toda e qualquer perda durante o processo. Portanto, qualquer utilização de recursos além do necessário à produção de determinado produto é caracterizada como desperdício classificado conforme: seu controle, sua natureza e sua origem.
De acordo com o controle, as perdas são consideradas inevitáveis (perdas naturais) e evitáveis. Segundo sua natureza, as perdas podem acontecer por superprodução, substituição, espera, transporte, ou no processamento em si, nos estoques, nos movimentos, pela elaboração de produtos defeituosos, e outras, como roubo, vandalismo, acidentes, etc. Conforme a origem, as perdas podem ocorrer no próprio processo produtivo, como nos que o antecedem, como fabricação de materiais, preparação dos recursos humanos, projetos, planejamento e suprimentos. Observe-se que, em todos os casos, a qualificação do trabalhador está presente.
Antonio Sergio Itri Conte (presidente do Lean Construction Institute, no Brasil) corrobora nossa última afirmação ao dizer que a grande causa do desperdício na construção, hoje, é o estoque de mão-de-obra, devido a pouca clareza do plano de produção, que leva os engenheiros a elevarem o número de trabalhadores para não correr o risco de que a obra pare por falta de pessoal.
Apesar disso, as perdas de material são destaque quando se trata de desperdício na construção civil, por ser a parcela visível e também porque o consumo desnecessário de material resulta numa alta produção de resíduos, causa transtornos nas cidades, reduz a disponibilidade futura de materiais e energia e provoca uma demanda desnecessária no sistema de transporte, além da alta participação dos materiais na composição do CUB (70%).
São muitas as causas das perdas na construção civil, como pode ser constatado nos estudos de Skoyles (1976); Pinto (1989); Picchi (1993); Grupo de Gerenciamento UFSC (1997); Moraes (1997) e tantos outros.
Mais recentemente, o desperdício na construção foi estudado por uma investigação bastante abrangente em nível nacional, onde foram pesquisados 85 canteiros de obras de 75 empresas construtoras em 12 estados, medindo o consumo e perdas relativos a 18 tipos de materiais e diversos serviços.
A pesquisa, coordenada pelos professores Ubiraci Espinelli Lemes de Souza e Vahan Agopyan (Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da USP), constatou, uma variedade grande de desempenho entre uma e outra empresa, tais como perdas mínimas (2,5%) comparáveis aos melhores índices internacionais ao mesmo tempo que um desperdício alarmante (133%) devido às muitas falhas cometidas na empresa. Também foram constatadas diferenças dentro de uma mesma empresa, de um serviço para outro. O estudo mostrou, principalmente, que o desperdício, em média, é muito menor que o legendário e divulgado desperdício de 30%, ou de uma casa a cada três construídas. Por exemplo no caso do concreto usinado a maior perda registrada foi de 23,34%, a média ficou em 9,59%, e a mediana em 8,41% (Souza; Agopyan, 1999).
Devemos ter consciência de que a construção civil não é a grande vilã do desperdício. Os demais setores da indústria e também de serviços têm um grande desperdício, porém como, na maioria dos casos, não gera entulho, este não é percebido pela população em geral.
Ainda que não seja a única indústria a ter um alto desperdício, que as perdas de materiais não atinjam o índice de 30%, há que se ter consciência de que o desperdício na construção é bastante grande, envolvendo diversos outros fatores. Assim sendo, na citada investigação, destaca-se um fator de maior relevância que a quantificação das perdas, ou seja, a detecção de onde e o motivo porque as perdas ocorrem, gerando um banco de dados destas informações.
Disso, percebemos emergir a possibilidade de criação, também, de um banco de dados das possíveis melhorias dos diversos fatores que geram as perdas, pois entendemos que não basta medir, saber quanto se perde, ainda que isso seja importante, mas sim, a partir dos estudos já feitos, buscar alternativas para solução. Estas alternativas devem ser partilhadas por todo o setor, e não serem apenas soluções únicas de cada empresa. Ainda que cientes das especificidades locais, percebemos a possibilidade de se pensar em nível estratégico na busca da solução ou minimizarão deste problema e de suas implicações sociais.

4. Uma visão CTS

Até aqui pensamos no desperdício, voltado às suas causas e quantificações, visando a questão econômica e técnica. A partir de agora nosso interesse assume com mais ênfase o caráter social da Construção Civil. Através de algumas inserções nas questões discutidas neste artigo podemos unir a questão capitalista (lucro) com uma questão que já passa a não ser apenas de caráter altruísta mas de sobrevivência neste modelo que está posto. Não é uma postura ideológica dos autores defender o modelo vigente, na sociedade contemporânea. Muito pelo contrário. Nosso posicionamento é sim tentar mostrar que, com uma abordagem mais voltada para estas preocupações podemos começar a diminuir esta desumana distribuição de renda que impera no nosso país, propiciando, ao menos, perspectivas de moradia para esta legião de trabalhadores da própria construção civil.
Se o mercado vem exigindo das empresas uma outra qualidade dos produtos finais, se o desperdício de materiais na indústria da construção civil, ainda que não seja de 30%, é bastante alto, e se há relação entre os fatores de qualidade e produtividade com a qualificação e a qualidade de vida do trabalhador, emerge a necessidade de uma mudança de foco destas empresas. Ou seja, cada vez mais se faz necessária uma mudança da consciência coletiva, uma mudança nos paradigmas que guiam a trajetória das organizações. É preciso haver uma mudança de valores, assumindo a conservação, a qualidade e a parceria em lugar simplesmente da expansão, da quantidade e da dominação. É preciso substituir a ideologia do crescimento econômico pela idéia do desenvolvimento econômico e social e da sustentabilidade ecológica, pois, enquanto indivíduos e sociedades, estamos todos encaixados nos processos cíclicos da natureza, somos parte de uma rede que forma a vida em nosso planeta.
Neste novo paradigma evidencia-se que as empresas têm também um papel social e ecológico, não podendo permanecer desvinculadas da sociedade onde se inserem e do ser humano que nelas trabalham. Como vem acontecendo com empresas de outros setores produtivos, a indústria da construção civil precisa mudar o foco, centrando suas ações no trabalhador e no ambiente que o envolve. Precisa investir na melhoria do seu potencial humano, vendo-o inserido na sociedade e em seus problemas. Precisa também focar a interferência que provoca no ambiente quando da opção de uma construção ou quando da sua execução pela questão do desperdício, como consumo de insumos além do necessário e como geração de poluição.
Os trabalhadores deste setor constituem uma significativa parcela da população brasileira que vive em condições habitacionais precárias. Além disso, têm no trabalho da construção civil, independente das condições que ele apresenta, a única possibilidade de não piorar suas condições de vida. Estes aspectos nos levam a resgatar algumas questões já formuladas. Por exemplo: como esperar qualidade, produtividade no trabalho de quem constrói moradias para outros e nem sequer possui a sua ou, quando possui, é algo em precárias condições? Como esperar qualidade no trabalho de sujeitos que não vêem perspectivas de melhoria na sua qualidade de vida?
Estas questões têm de ser postas à discussão e seguramente não terão mínimas possibilidades de solução se não contarem com uma mudança de comportamento do empresário. Quando este empresário deixar de ver a baixa qualificação e qualidade de expectativa do trabalhador como uma vantagem e também perceber a rede intrincada que estas questões formam com as questões de desperdício, qualidade e produtividade, ele será capaz de atacar o problema educacional e habitacional do trabalhador da construção civil na perspectiva da competitividade de sua empresa. Então ele será capaz de desenvolver seu trabalho com enfoque econômico e social ao mesmo tempo.
Acreditamos na possibilidade de três grandes problemas sociais – educacional, habitacional e ambiental – serem atacados pelas empresas na perspectiva de ganhos em termos de competitividade, e que resultariam também em ganhos para a sociedade como um todo. Entendemos que através de um processo de educação/capacitação do trabalhador é possível, por exemplo, alcançar uma redução do desperdício pela melhoria obtida nos serviços e nas expectativas do trabalhador. Além disso, nesse processo, o problema habitacional dos trabalhadores, poderia ser atacado, utilizando-o como motivador para a redução do desperdício na medida que a empresa aplicasse em moradia para seus trabalhadores parte dos ganhos obtidos pela economia de materiais.
Para que tal intento seja alcançado, acima de tudo, se faz necessário “um querer” por parte do gerenciamento do setor. Mesmo que atentemos apenas à questão do desperdício, é nele que está o centro da questão, e a possibilidade de mudança, pois, como vimos, a causa das perdas está muito mais na ação da gerência que do trabalhador (operário). Assim, sucintamente poderíamos dizer que o que falta, para mudar a realidade atual do setor, é uma decisão do empresário em reduzir/eliminar perdas, e também de investir na mão-de-obra da construção civil, na perspectiva de uma vantagem competitiva, porém com uma consciência nova, uma ideologia voltada ao desenvolvimento econômico e social e da sustentabilidade ecológica, um desenvolvimento que atenda aos interesses do homem, da sociedade e da natureza.
Nessa perspectiva de mudança vemos a filosofia da Gestão da Qualidade Total, que envolve vários agentes internos e externos à organização, como um instrumento eficaz na promoção da competitividade das empresas, agindo sobre os diversos aspectos que vemos refletir diretamente na produtividade (inovação tecnológica, qualificação do trabalhador, desperdício), pois aborda a questão de forma ampla na busca de um aperfeiçoamento contínuo de processos, produtos, pessoas e da empresa como um todo, ou seja, num cuidado amplo dos fatores que formam a empresa. Nessa perspectiva a Gestão da Qualidade Total pode também ser um caminho para a solução dos problemas sociais relacionadas com o setor produtivo, dado que possibilita a promoção da necessária mudança cultural que abordamos.
Assim sendo podemos destacar que as organizações, como toda humanidade, precisam assumir o desafio de mudar os paradigmas que aí estão para modelos que possibilitem outras formas de pensar-fazer o mundo, especialmente de repensar as nossas formas de produção. Dentre estas organizações, as empresas de construção civil precisam, mais do que nunca, pensar sobre “o que”, “como”, “para que” e “para quem” estão produzindo, ou qual o significado de sua produção para a sociedade, para a natureza e para a vida humana.
Sem abandonar o que já está posto, como outra forma de pensar, uma abordagem CTS se insere nesse novo paradigma propondo novos óculos, oferecendo uma visão que vai além do caráter eminentemente técnico e econômico que ainda predomina no setor da construção civil. Mas, e que fique bem claro, adotar uma abordagem CTS não implica abandonar o que já se assume em termos de gestão da produção. Implica sim somar a isso uma visão acerca das implicações sociais e ambientais do que será produzido, na perspectiva da sustentabilidade e da qualidade de vida.

RECICLAGEM DE ENTULHO... 

      

Na maioria das vezes, o entulho é retirado da obra e disposto clandestinamente em locais como terrenos baldios, margens de rios e de ruas das periferias.


A quantidade de entulho gerado nas construções que são realizadas nas cidades brasileiras demonstra um enorme desperdício de material. Os custos deste desperdício são distribuídos por toda a sociedade, não só pelo aumento do custo final das construções como também pelos custos de remoção e tratamento do entulho.

Na maioria das vezes, o entulho é retirado da obra e disposto clandestinamente em locais como terrenos baldios, margens de rios e de ruas das periferias. As prefeituras comprometem recursos, nem sempre mensuráveis, para a remoção ou tratamento desse entulho: tanto há o trabalho de retirar o entulho da margem de um rio como  o de limpar galerias e desassorear o leito de córregos onde o material termina por se depositar. 

O custo social total é praticamente impossível de ser determinado, pois suas conseqüências geram a degradação da qualidade de vida urbana em aspectos como transportes, enchentes, poluição visual, proliferação de vetores de doenças, entre outros. De um jeito ou de outro, toda a sociedade sofre com a deposição irregular de entulho e paga por isso. Como para outras formas de resíduos urbanos, também no caso do entulho o ideal é reduzir o volume e reciclar a maior quantidade possível do que for produzido.

A quantidade de entulho gerada nas cidades brasileiras é muito significativa e pode servir como um indicador do desperdício de materiais. Os resíduos de construção e demolição consistem em concreto, estuque, telhas, metais, madeira, gesso, aglomerados, pedras, carpetes etc. Muitos desses materiais e a maior parte do asfalto e do concreto utilizado em obras podem ser reciclados. Esta reciclagem pode tornar o custo de uma obra mais baixo e diminuir também o custo de sua disposição.

Note-se ainda que a demanda por habitação de baixo custo também torna interessante a viabilização de materiais de construção a custos inferiores aos existentes, porém sem abrir mão da garantia de qualidade dos materiais originalmente utilizados. Desta forma, o intuito do estudo, cujos resultados parciais são apresentados aqui, é o desenvolvimento de técnicas que garantam a qualidade de elementos construtivos produzidos com agregado derivado de entulho a custos inferiores aos agregados primários.

Os estudos realizados com vistas ao emprego de agregados de entulho na fabricação de elementos de concreto dentro das condições de fabricação (traços) já utilizados na prefeitura da Universidade de São Paulo permitiram atingir as seguintes conclusões, para as amostras ensaiadas:
  • a reciclagem de entulho para os fins visualizados é viável;
  • os parâmetros de resistência à tração e flexão dos elementos de concreto com entulho são semelhantes e chegam a superar aqueles obtidos para elementos de concreto feitos com agregado primário;
  • os parâmetros de resistência à compressão do concreto de entulho podem atingir valores compatíveis ao concreto com agregado primário.

RECICLAGEM...
Apesar de causar tantos problemas, o entulho deve ser visto como fonte de materiais de grande utilidade para a construção civil. Seu uso mais tradicional - em aterros - nem sempre é o mais racional, pois ele serve também para substituir materiais normalmente extraídos de jazidas ou pode se transformar em matéria-prima para componentes de construção, de qualidade comparável aos materiais tradicionais.

É possível produzir agregados - areia, brita e bica corrida para uso em pavimentação, contenção de encostas, canalização de córregos, e uso em argamassas e concreto. Da mesma maneira, pode-se fabricar componentes de construção - blocos, briquetes, tubos para drenagem, placas.

As prefeituras devem iniciar a implantação de um programa fazendo um levantamento da produção de entulho no município, estimando os custos diretos e indiretos causados pela deposição irregular. Com base nestas informações será possível determinar a tecnologia a ser empregada, os investimentos necessários e a aplicação dos resíduos reciclados.

A reciclagem de entulho pode ser realizada com instalações e equipamentos de baixo custo, apesar de existirem opções mais sofisticadas tecnologicamente. Havendo condições, pode ser realizado na própria obra que gera o resíduo, eliminando os custos de transporte. É possível contar com diversas opções tecnológicas, mas todas elas exigem áreas e equipamentos destinados à seleção, trituração e classificação de materiais. As opções mais sofisticadas permitem produzir a um custo mais baixo, empregando menos mão-de-obra e com qualidade superior. Exigem, no entanto, mais investimentos e uma escala maior de produção. Por estas características, adequam-se, normalmente, as cidades de maior porte.

A construção civil é atualmente o grande reciclador de resíduos provenientes de outras indústrias. A escória granulada de alto forno e cinzas são matéria prima comum nas construções.


Coleta do Entulho

Para resolver o problema do entulho é preciso organizar um sistema de coleta eficiente, minimizando o problema da deposição clandestina. É necessário estimular, facilitando o acesso a locais de deposição regular estabelecidos pela prefeitura.

A partir de uma coleta eficaz é possível introduzir práticas de reciclagem para o reaproveitamento do entulho. Para cidades maiores, é importante que a coleta de entulho seja realizada de forma desconcentrada, com instalações de recebimento de entulho em várias regiões da cidade.

Em contrapartida, é preciso lembrar que a concentração dos resíduos torna mais barata a sua reciclagem, reduzindo os gastos com transporte, que, em geral, é a questão mais importante num processo de reciclagem. Estabelecer dias de coleta por bairro, onde a população pode deixar o entulho nas calçadas para ser recolhido por caminhões da prefeitura é uma prática já adotada em alguns municípios.

A política de coleta do entulho deve ser integrada aos demais serviços de limpeza pública do município. Pode-se aproveitar programas já existentes ou, ao contrário, a partir do recolhimento de entulho implantar novos serviços como a coleta de "bagulhos" (por exemplo, móveis usados) que normalmente têm o mesmo tipo de deposição irregular e tão danosa quanto o entulho.

Mas o entulho surge não só da substituição de componentes pela reforma ou reconstrução. Muitas vezes é gerado por deficiências no processo construtivo: erros ou indefinições na elaboração dos projetos e na sua execução, má qualidade dos materiais empregados, perdas na estocagem e no transporte. Estes desperdícios podem ser atenuados através do aperfeiçoamento dos controles sobre a realização das obras públicas e também através de trabalhos conjuntos com empresas e trabalhadores da construção civil, visando aperfeiçoar os métodos construtivos, reduzindo a produção de entulho e os desperdícios de material.

No Brasil, entretanto, o reaproveitamento do entulho é restrito, praticamente, à sua utilização como material para aterro e, em muito menor escala, à conservação de estradas de terra. A prefeitura de São Paulo, em 1991, implantou uma usina de reciclagem com capacidade para 100 t/hora, produzindo material utilizado como sub-base para pavimentação de vias secundárias, numa experiência pioneira no Hemisfério Sul.

Estima-se que a construção civil seja responsável por até 50% do uso de recursos naturais em nossa sociedade, dependendo da tecnologia utilizada. Sabe-se também que, na construção de um edifício, o transporte e a fabricação dos materiais representam aproximadamente 80% da energia gasta.


Diferentes Aplicações

As propriedades de certos resíduos ou materiais secundários possibilitam sua aplicação na construção civil de maneira abrangente, em substituição parcial ou total da matéria-prima utilizada como insumo convencional. No entanto, devem ser submetidos a uma avaliação do risco de contaminação ambiental que seu uso poderá ocasionar durante o ciclo de vida do material e após sua destinação final.

Grandes pedaços de concreto podem ser aplicados como material de contenção para prevenção de processos erosivos na orla marítima e das correntes, ou usado em projetos como desenvolvimento de recifes artificiais. O entulho triturado pode ser utilizado em pavimentação de estradas, enchimento de fundações de construção e aterro de vias de acesso.
Importante: em alguns países já há indicação das autoridades de saúde para cuidados a serem tomados quando da manipulação de asfalto, por existirem materiais potencialmente cancerígenos. É recomendado o uso de equipamento de proteção individual (EPI).


Resultados...

Ambientais: Os principais resultados produzidos pela reciclagem do entulho são benefícios ambientais. A equação da qualidade de vida e da utilização não predatória dos recursos naturais é mais importante que a equação econômica. Os benefícios são conseguidos não só por se diminuir a deposição em locais inadequados (e suas conseqüências indesejáveis já apresentadas) como também por minimizar a necessidade de extração de matéria-prima em jazidas, o que nem sempre é adequadamente fiscalizado. Reduz-se, ainda, a necessidade de destinação de áreas públicas para a deposição dos resíduos.

Econômicos: As experiências indicam que é vantajoso também economicamente substituir a deposição irregular do entulho pela sua reciclagem. O custo para a administração municipal é de US$ 10 por metro cúbico clandestinamente depositado, aproximadamente, incluindo a correção da deposição e o controle de doenças. Estima-se que o custo da reciclagem significa cerca de 25% desses custos. A produção de agregados com base no entulho pode gerar economias de mais de 80% em relação aos preços dos agregados convencionais.


  
Por Que Trabalhadores É Tão Difícil Controlar os Ga$to$ no Dia a Dia?

Como Hoje é Sexta - Feira, dia de Balada, Do Happy-hour depois do trabalho, Saidinha pra tomar aquele chopp...Cuidado com os Gastos...

“Organização financeira é como fazer regime: Não adianta se controlar apenas um dia. É um exercício constante”, afirma economista.

A expressão “educação financeira”, tão disseminada ao longo dos últimos anos, causa arrepio em muita gente que não consegue se organizar e acompanhar as contas para mantê-las em dia. A contabilidade de todas as despesas no mês deve ser feita por uma equação simples: o que se ganha menos o que se gasta. Mas porque na prática é tão difícil realizar esse controle?
Segundo os especialistas, a educação financeira não depende do quanto se ganha, mas da forma como se gasta. A principal dica de economistas na hora de controlar os gastos mensais não é apenas colocar os valores no papel e organizar as dívidas em uma planilha para deixar claro o saldo disponível para compras. É ter disciplina e manter um controle rigoroso, passo a passo, de tudo o que sai da conta bancária. Boa parte dos brasileiros encontra dificuldade em fazer esse controle. Dados divulgados no último mês pela Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) mostram que a inadimplência no país avançou 24,9% entre janeiro e agosto deste ano.
 
Quem gerencia o bolso é a cabeça!!!

Para não se tornar um integrante da lista de inadimplentes e fugir das estatísticas dos devedores é preciso colocar as finanças em dia. É justamente nisso que a biomédica Mariana Moreto, de 28 anos, acaba se atrapalhando por não conseguir vencer o desejo compulsivo de comprar e comprar até que não reste nem um único real em sua conta. “Mesmo que eu tenha consumido todo o meu salário para pagar dívidas, ao olhar o cartão de crédito, se vejo que ainda tenho saldo, não me contenho e acabo estourando o limite. No próximo mês, claro, não terei todo o dinheiro para pagar, então acabo quitando apenas o valor mínimo do cartão e me afundando nas taxas de juros abusivas cobradas pelas administradoras. É uma bola de neve”, afirma.
Mariana já tentou colocar seus gastos em uma planilha, mas na prática não funcionou. “Tudo bem, você olha o saldo e percebe que não sobrou um tostão. Eu não consigo deixar de comprar o que eu preciso ou até mesmo sair com meu namorado ou amigos. Com isso, os gastos se ampliam. Fiz essa planilha que todo mundo aconselha, mas acabei desistindo depois de alguns dias. Não fui muito disciplinada e vivia esquecendo de fazer a planilha. Resolvi parar”, diz.

Fabricio Pessato, mestre em economia e coordenador do curso de Finanças da Veris Faculdades, afirma que a organização financeira é igual a um regime para perder peso. “Não adianta se controlar apenas um dia. É um exercício constante e que requer, principalmente, disciplina. É chato, precisa ser detalhado, mas é a única forma de ter maturidade financeira e construir uma base sólida para conseguir comprar bens mais caros, por exemplo, um carro ou uma casa e não precisar se preocupar em não ter dinheiro para quitar as contas básicas. Não existe milagre. Quando digo aos meus alunos para preencher a planilha e verificar quais são os ganhos e gastos em um mês, cerca de 80% gastam mais do que recebem”, conta.
O consultor financeiro da empresa de gestão Your Life, Rubens Gurevich, afirma que quem gerencia o bolso é a cabeça. “Antes de comprar alguma coisa, pare na frente da loja e espere cinco minutos. Nesse período reflita a real necessidade de comprar determinado objeto. Se realmente a vontade passar é sinal de que a compra seria feita por impulso e não necessidade”, alerta.

O consultor também aconselha aos mais descontrolados a fazer uma reserva de dinheiro semanalmente, colocar em um envelope e utilizar apenas esse valor. De acordo com Gurevich, esquecer a existência do cartão de crédito e débito auxilia no controle das finanças. “Outra dica é colocar o dinheiro na poupança, em banco que você não tenha muito acesso. Em seguida quebre o cartão de saque. Assim será mais difícil retirar o dinheiro do investimento no primeiro impulso.”

Sonhos e Organização

O sonho da empresária Cristiane de Albuquerque Barros, de 32 anos, é comprar sua casa. Para isso, deixou de sair de carro, só para economizar o dinheiro da gasolina e limitou os gastos com lazer, o que para ela, somavam anteriormente R$ 400,00 mensais. Há pelo menos três semanas cortou as saídas para bares e restaurantes. “Parece pouco, mas se tivesse feito isso antes, hoje teria meu apartamento”, conta. Cristiane não usa planilhas para contabilizar ganhos e despesas. Sua tática é não deixar dinheiro disponível na conta corrente. A empresária adotou as aplicações financeiras como forma de conter seus gastos.

“Eu retiro desta aplicação somente o necessário para pagar as contas. O resto fica guardado e rende. Caso contrário você cai em tentação e, quando percebe, já utilizou os valores. Sou organizada financeiramente porque tenho sonhos”, afirma. Para quem não tem tanta disciplina quanto Cristiane, Pessato afirma que ter duas contas distintas é o ideal: uma para aplicações e outras para movimentações diárias.

Força de vontade e determinação...

Desde que foi morar sozinha, a advogada Andrea Pereira, de 43 anos, se acostumou a colocar todos os seus gastos em uma planilha. Nunca entra no vermelho. A advogada é o exemplo perfeito utilizado pelos economistas para identificar um bom gestor do próprio dinheiro. Andreia tem total conhecimento dos valores disponíveis para gastar com lazer, compras e na aquisição de bens. “Controlar os gastos é uma coisa que sempre fez parte da minha vida. Depois que eu casei, essa mania continuou. Meu marido tem um perfil oposto ao meu. Nossos amigos brincam que ele me pede autorização para gastar e que eu só libero R$ 10,00 por semana”, disse.

A advogada conta que seu planejamento permite que se gaste com consciência. “Por exemplo, se eu vou a um restaurante, sei exatamente qual é a verba disponível para isso. Se vejo um vestido na vitrine, sei qual é o orçamento que posso gastar. Isso tudo garante a minha saúde financeira e evita dores de cabeça ao final do mês”, diz a advogada. Gurevich elogia as planilhas “Elas são ótimas. É o primeiro passo para você começar a se organizar financeiramente. Servem para se ter uma noção do que entra e sai de dinheiro e colocar uma meta da onde se quer chegar”, ressalta.

Segundo o consultor financeiro Rubens Gurevich, o ideal é começar investindo 2% do que se ganha e ampliar aos poucos as reservas até chegar a 20%. Esses pequenos hábitos, de acordo com o especialista, provocam automaticamente uma mudança de comportamento. “A idéia é fazer o dinheiro trabalhar para você e não o contrário. Tudo isso é uma questão de força de vontade, determinação. As pessoas sabem exatamente o que elas têm de fazer. É como perguntar por que não consigo emagrecer ou parar de fumar.”


Jardim Delimitado

Dicas para escolher, posicionar e criar uma jardineira dentro de casa neste final de semana para embelezar e fazer terapia ocupacional de excelente qualidade...

Nada como ter flores e aqueles temperos fresquinhos sempre à mão. Para isso, basta montar uma jardineira. Elas podem ser suspensas ou de chão e comportam diferentes espécies. Basta adequar as escolhas a cada caso.

Conheça as plantas mais indicadas para jardineiras


"Para os modelos colocados no alto, prefira plantas pendentes que, geralmente, têm caule escondido e floração e folhagem à mostra”, indica a arquiteta paisagista Angélica Ignacio, da Flor Folha. Bons exemplos são o gerânio-pendente, o brinco-de-princesa, o jasmim-amarelo, o rabo-de-burro, a bola-de-neve-mexicana e a flor-da-fortuna. “Todos devem ser cultivados a pleno sol”, recomenda a profissional. Heras, aspargos, algumas samambaias e colar-de-pérolas também são bem-vindos e indicados para locais com sombra.
Já as jardineiras de chão são usadas normalmente para delimitar espaços ou até mesmo disfarçar o ar-condicionado na varanda. Aposte em murtas e buxinhos (espécies que necessitam de sol pleno) ou bambuzinho-de-jardim e palmeira-ráfia, ideais para espaços com meia-sombra.
Acerte na escolha..
Saber escolher a jardineira é outra atitude importante. Antes de tudo, é preciso analisar o espaço disponível para o modelo não atrapalhar a circulação.
Os tons também pesam na decisão. “Vale optar por cores neutras, pois oferecem maior liberdade criativa e permitem o plantio de espécies com tonalidades distintas”, afirma Angélica.
E mais uma boa notícia: é possível acomodar três tipos de plantas, desde que as necessidades de água e sol sejam similares.
Depois que tudo estiver pronto, é imprescindível cuidar dos exemplares com carinho. Cada um tem a sua particularidade para poda. Então, siga as orientações do jardineiro ou paisagista. Já a adubação deve acontecer de seis em seis meses e, de preferência, com substratos orgânicos.
Onde instalar
Foto: Divulgação Flor Folha
Mantenha a jardineira em um local que não dificulte a manutenção das espécies

Alguns aspectos devem ser levados em consideração antes da escolha do local onde as jardineiras serão colocadas. “O espaço deve permitir a manutenção, limpeza, poda, irrigação e adubação das espécies, sem interferir na dinâmica do ambiente, como dificultar a abertura das janelas, por exemplo”, aponta a arquiteta paisagista Luciana Brandão.
A luminosidade é outro fator importante, pois a incidência de sol interfere diretamente na decisão das espécies. “É importante escolher um espaço de acordo com as necessidades da planta. Assim, ela crescerá mais saudável”, afirma Angélica.


Evite exemplares com raízes agressivas e profundas, como famílias de fícus, patas-de-elefante e yucas, pois podem provocar rachaduras. “É fundamental não colocar as jardineiras perto de ralos, já que as folhas que caem podem entupir a tubulação”, alerta a arquiteta e paisagista Ana Claudia Costa Pinto, da Takuarobi.
Para os modelos suspensos, fixados na parede, recomenda-se realizar a impermeabilização da superfície primeiro. Medida que pode evitar futuras dores de cabeça com infiltrações.

RECEITA RÁPIDA PARA SEU FIM DE SEMANA...

MATAMBRE




Ingredientes:
  • 1 e ½ quilo de matambre
  • 250 gramas de lingüiça de porco picada
  • 1 maço médio de cheiro verde
  • 1 pimenta dedo-de-moça picada
  • 100 gramas de bacon picado
  • 3 cebolas médias
  • 4 dentes de alho
  • óleo de soja para fritar
  • sal a gosto
Modo de Preparo:
  • Lave a carne, seque-a, retire as aparas e tempere-a com sal dos dois lados. Reserve. Lave o cheiro-verde, separe somente as folhas e pique finamente. Descasque as cebolas e pique-as em pedaços bem pequenos. Descasque o alho e corte em tiras finas. Numa superfície lisa, abra a carne com a parte gordurosa para baixo. Espalhe o cheiro-verde, as cebolas, o alho, a pimenta, o bacon e a lingüiça. Enrole a carne como um rocambole e amarre com um barbante bem grosso. Prenda bem para o recheio não escapar. Coloque 1 litro de óleo na panela de pressão, disponha o matambre, tampe a panela e leve ao fogo por 2 horas. Na metade do tempo de cozimento, retire a panela do fogo e vire o matambre de lado. Disponha a carne numa travessa, retire o barbante e corte em fatias de 2 a 3 cm de largura.
  • Dicas:
  • O matambre (carne localizada entre o couro e a costela do boi) é tradicionalmente assado no braseiro, coberto com papel-alumínio (a 50 cm de distância da brasa) por 5 horas, virando-se a carne a cada meia hora. Depois elimina-se o papel-alumínio e deixa a carne dourar por mais 1 hora.
Pronto! Agora, basta...Hora de Saborear...

MENSAGEM PRO SEU  REFLETIR NESTE FIM DE SEMANA TRABALHADOR...



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