segunda-feira, 4 de agosto de 2008

religião

HISTÓRIA DO ESPIRITISMO
A Chegada
Os fundamentos filosóficos, científicos e religiosos da Doutrina Espírita são do conhecimento da humanidade desde remota Antigüidade.
O Espiritismo, através dos ensinamentos dos Espíritos, codificados por Allan Kardec, deu a esses conhecimentos milenares novos enfoques e os entrelaçou, corporificando-os numa doutrina plena de lógica, "capaz de enfrentar a razão em todas as épocas da humanidade".
O Espiritismo aceita plenamente a teoria reencarnacionista, que explica filosoficamente o problema do ser, do destino e da dor, cientificamente, concorda com a teoria da evolução das espécies, de Darwin.
Admite a prática do mediunismo, que possibilita um intercâmbio consciente com os espíritos, fundamentado na observação, pesquisa e experimentação. Intercâmbio, este, de extrema importância para a comprovação científica da sobrevivência da alma após a morte, do conhecimento da vida espiritual e do extrafísico.
A base religiosa e moral do Espiritismo é o Cristianismo. Os espíritos descortinaram e esclareceram, com sabedoria e simplicidade, toda a beleza dos ensinamentos de Jesus, contidos nos Evangelhos.
O estudo da Boa Nova, à luz da Doutrina dos Espíritos, demonstra a profundidade, a perfeição e a incomensurável grandeza de Deus. Revela o código moral inatacável, o roteiro infalível para a conquista da verdadeira felicidade e compreensão da vida futura.
Os sucessos espirituais são elos de uma interminável corrente que se iniciou no alvorecer da humanidade, quando os hominídeos ensaiavam os primeiros passos no uso da razão, dentro do livre arbítrio, na longa caminhada para a angelitude.
A espiritualização da humanidade é gradativa. Os grandes acontecimentos demarcadores do caminho são precedidos por eventos que lhe preparam a aceitação, dentro de um contexto evolutivo.
No início do século XIX, a humanidade consolidava o grande avanço científico, tecnológico e social que a libertaria das amarras que a subjugavam às Igrejas, que,amparadas pelas fogueiras da intolerância, sufocavam o saber, com prepotência.
A Espiritualidade Superior vislumbrou o progresso da Ciência, a derrocada das religiões e a grande luta que se travaria entre o saber e a fé dogmática coerciva. Os homens ilustrados negariam a imortalidade da alma. Negariam a Deus. Os cientistas libertos da religião pragmática e fanática se tornariam materialistas e instalariam o culto à matéria. Os ensinamentos de Jesus, relegados a plano inferior, seriam considerados piegas, coisas para mulheres, crianças e sentimentais visionários, "ópio do povo".
Era o momento de realizar-se a promessa do Cristo, apontada por João (XIV: 15 a 17:26): "Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei ao meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: - o Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê e absolutamente não o conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ele ficará convosco e estará em vós. - Porém o Consolador, que é o Espírito Santo, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito."
Era o momento para a chegada do Consolador, que entre nós haveria de permanecer, trazendo os ensinamentos da grande verdade que possibilitaria a harmonização do saber com a fé e o amor. Seria o traço de luz para a união entre a Ciência e a Religião, para que, um dia, ao longo dos séculos,s e tornem uma só: a Ciência será a Religião do futuro; a Religião do futuro será a Ciência. A fé alicerçada na razão unificará o crer e o saber.
Do livro: Tire suas dúvidas - Grandes Temas EspíritasAutor: Homero Moraes BarrosEditora Didier

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