terça-feira, 5 de agosto de 2008

religião e meditação

RELIGARE – Série tipos de Religiões, e Crenças –BUDISMO

QUEM FOI BUDA??????????????????
O termo "Buda" é um título, não um nome próprio. Significa "aquele que sabe", ou "aquele que despertou", e se aplica a alguém que atingiu um superior nível de entendimento e a plenitude da condição humana. Foi aplicado, e ainda o é, a várias pessoas excepcionais que atingiram um tal grau de elevação moral e espiritual que se transformaram em mestres de sabedoria no oriente, onde se seguem os preceitos budistas. Porém o mais fulgurante dos budas, e também o real fundador do budismo, foi um ser de personalidade excepcional, chamado Sidarta Gautama. Siddharta Gautama, o Buddha, nasceu no século VI a. C. (em torno de 556 a. C.), em Kapilavastu, norte da Índia, no atual Nepal. Ele era de linhagem nobre, filho do rei Suddhodana e da rainha Maya. Logo depois de nascido, Sidarta foi levado a um templo para ser apresentado aos sacerdotes, quando um velho sábio, chamado Ansita, que havia se retirado à uma vida de meditação longe da cidade, aparece, toma o menino nas mãos e profetiza: "este menino será grande entre os grandes. Será um poderoso rei ou um mestre espiritual que ajudará a humanidade a se libertar de seus sofrimentos". Suddhodana, muito impressionado com a profecia, decide que seu filho deve seguir a primeira opção e, para evitar qualquer coisa que lhe pudesse influenciar contrariamente, passa a criar o filho longe de qualquer coisa que lhe pudesse despertar qualquer interesse filosófico e espiritual mais aprofundado, principalmente mantendo-o longe das misérias e sofrimentos da vida que se abatem sobre o comum dos mortais. Para isso, seu pai faz com que viva cercado do mais sofisticado luxo. Aos dezesseis anos, Sidarta casa-se com sua prima, a bela Yasodhara, que lhe deu seu único filho, Rahula, e passa a vida na corte, desenvolvendo-se intelectual e fisicamente, alheio ao convívio e dos problemas da população de seu país. Mas o jovem príncipe era perspicaz, e ouvia os comentários que se faziam sobre a dura vida fora dos portões do palácio. Chegou a um ponto em que ele passou a desconfiar do porquê de seu estilo de vida, e sua curiosidade ansiava por descobrir por que as referências ao mundo de fora pareciam ser, às vezes, carregadas de tristeza. Contrariamente à vontade paterna - que tenta forjar um meio de Sidarta não perceber diferença alguma entre seu mundo protegido e o mundo externo -, o jovem príncipe, ao atravessar a cidade, se detém diante ante a realidade da velhice, da doença e da morte. Sidarta entra em choque e profunda crise existencial. De repente, toda a sua vida parecia ser uma pintura tênue e mentirosa sobre um abismo terrível de dor, sofrimento e perda a que nem mesmo ele estava imune. Sua própria dor o fez voltar-se para o problema do sofrimento humano, cuja solução tornou-se o centro de sua busca espiritual. Ele viu que sua forma de vida atual nunca poderia lhe dar uma resposta ao problema do sofrimento humano, pois era algo artificialmente arranjado. Assim, decidiu, aos vinte e nove anos, deixar sua família e seu palácio para buscar a solução para o que lhe afligia: o sofrimento humano. Sidarta, certa vez, em um dos seus passeios onde acabara de conhecer os sofrimentos inevitáveis do homem, encontrara-se com um monge mendicante. Ele havia observado que o monge, mesmo vivendo miseravelmente, possuía um olhar sereno, como de quem estava tranqüilo diante dos revezes da vida. Assim, quando decidiu ir em busca de sua iluminação, Gautama resolveu se juntar a um grupo de brâmanes dedicados a uma severa vida ascética. Logo, porém, estes exercícios mortificadores do corpo demonstraram ser algo inútil. A corda de um instrumento musical não pode ser retesada demais, pois assim ela rompe, e nem pode ser frouxa demais, pois assim ela não toca. Não era mortificando o corpo, retesando ao extremo os limites do organismo, que o homem chega à compreensão da vida. Nem é entregando-se aos prazeres excessivamente que chegará a tal. Foi ai que Sidarta chegou ao seu conceito de O Caminho do Meio: buscar uma forma de vida disciplinada o suficiente para não chegar à completa indulgência dos sentidos, pois assim a pessoa passa a ser dominada excessivamente por preocupações menores, e nem à autotortura, que turva a consciência e afasta a pessoa do convívio dos seus semelhantes. A vida de provações não valia mais que a vida de prazeres que havia levado anteriormente. Ele resolve, então, renunciar ao ascetismo e volta a se alimentar de forma equilibrada. Seus companheiros, então, o abandonam escandalizados. Sozinho novamente, Sidarta procura seguir seu próprio caminho, confiando apenas na própria intuição e procurando se conhecer a si mesmo. Ele procurava sentir as coisas, evitando tecer qualquer conceitualização intelectual excessiva sobre o mundo que o cercava. Ele passa a atrair, então, pessoas que se lhe acercam devido a pureza de sua alma e tranqüilidade de espírito, que rompiam drasticamente com a vaidosa e estúpida divisão da sociedade em castas rígidas que separavam incondicionalmente as pessoas a partir do nascimento, como hoje as classes sociais e dividem estupidamente a partir da desigual divisão de renda e, ainda mais, de berço.Diz a lenda - e lendas, assim como mitos e parábolas, resumem poética e figuradamente verdades espirituais e existenciais - que Sidarta resolve meditar sob a proteção de uma figueira, a Árvore Bodhi. Lá o demônio, que representa simbolicamente o mundo terreno das aparências sempre mutáveis que Gautama se esforçava por superar, tenta enredá-lo em dúvidas sobre o sucesso de sua tentativa de se por numa vida diferente da de seus semelhantes, ou seja, vem a dúvida sobre o sentido disso tudo que ele fazia. Sidarta logo se sai dessa tentativa de confundi-lo com a argumentação interna de que sua vida ganhou um novo sentido e novos referenciais com sua escolha, que o faziam centrar-se no aqui e agora sem se apegar a desejos que lhe causaria ansiedade. Ele tinha tudo de que precisava como as aves do céu tinham da natureza seu sustento, e toda a beleza do mundo para sua companhia. Mas Mara, o demônio, não se deu por vencido, e, ciente do perigo que aquele sujeito representava para ele, tenta convencer Sidarta a entrar logo no Nirvana - estado de consciência além dos opostos do mundo físico - imediatamente para evitar que seus insight sobre a vida sejam passados adiante. Aí é possível que Buda tenha realmente pensado duas vezes, pois ele sabia o quanto era difícil as pessoas abandonarem seus preconceitos e apegos a um mundo resumido, por elas mesmas, a experiências sensoriais. Tratava-se de uma escolha difícil para Sidarta: o usufruto de um domínio pessoal de um conhecimento transcendente, impossível de expor facilmente em palavras, e uma dedicação ao bem-estar geral, entre a salvação pessoal e uma árdua tentativa de partilhar o conhecimento de uma consciência mais elevada com todos os homens e mulheres. Por fim, Sidarta compreendeu que todas as pessoas eram seus irmãos e irmãs, e que estavam enredados demais em ilusórias certezas para que conseguissem sozinha, uma orientação para onde deviam ir. Assim, Sidarta, o Buda, resolve passar adiante seus conhecimentos. Quando todo o seu poder argumentativo e lógico de persuasão falham, Mara, o mundo das aparências, resolve mandar a Sidarta suas três sedutoras filhas: Desejo, Prazer e Cobiça, que apresentam-se como mulheres cheias de ardor e ávidas de dar e receber prazer, e se mostram como mulheres em diferentes idades (passado, presente e futuro).Mas Sidarta sente que atingiu um estágio em que estas coisas se apresentam como ilusórias e passageiras demais, não sendo comparáveis ao estado de consciência mais calma e de sublime beleza que havia alcançado. Buda vence todas as tentativas de Mara, e este se recolhe, à espreita de um momento mais oportuno para tentar derrotar o Buda, perseguindo-o durante toda a sua vida como uma sombra, um símbolo do extremo do mundo dos prazeres. Sidarta transformou-se no Buda em virtude de uma profunda transformação interna, psicológica e espiritual, que alterou toda a sua perspectiva de vida. "Seu modo de encarar a questão da doença, velhice e morte mudo porque ele mudou" (Fadiman & Frager, 1986).Tendo atingido sua iluminação, Buda passa a ensinar o Dharma, isto é, o caminho que conduz à maturação cognitiva que conduz à libertação de boa parte do sofrimento terrestre. Eis que o número de discípulos aumenta cada vez mais, entre eles, seu filho e sua esposa. Os quarenta anos que se seguiram são marcadas pelas intermináveis peregrinações, sua e de seus discípulos, através das diversas regiões da Índia. Quando completa oitenta anos, Buda sente seu fim terreno se aproximando. Deixa instruções precisas sobre a atitude de seus discípulos a partir de então: "Por que deveria deixar instruções concernentes à comunidade? Nada mais resta senão praticar, meditar e propagar a Verdade por piedade do mundo, e para maior bem dos homens e dos deuses. Os mendicantes não devem contar com qualquer apóio exterior, devem tomar o Eu - self - por seguro refúgio, a Lei Eterna como refúgio... e é por isso que vos deixo, parto, tendo encontrado refúgio no Eu".Buda morreu em Kusinara, no bosque de Mallas, Índia. Sete dias depois seu corpo foi cremado e suas cinzas dadas as pessoas cujas terras ele vivera e morrera.

O Que é BUDISMO????????????????????
O Budismo é a religião pregada pelo Buda, um Príncipe hindu, de aproximadamente três mil anos atrás, quando a Índia era o berço de uma brilhante civilização, igualável à da Grécia antiga. O Rei, pai de Buda, deu-lhe todos os meios para gozar a vida e todas as diversões da época, mas ele preferiu meditar sobre como enfrentar os sofrimentos inevitáveis como: o nascimento, a velhice, a doença e a morte. Praticou então toda sorte de penitências, levando uma vida de meditação. Porém, percebeu que era inútil tentar obter a liberdade espiritual martirizando o corpo, pois seria contra a natureza humana. Após meditação e reflexão de longa data descobriu a verdade eterna e pregou durante 50 anos, dos seus 80 anos de existência, ensinamentos que são chamados de Sutras.
Buda ensina que descobriu a verdade e não a inventou e que, logo, qualquer pessoa poderá, também, descobrir seguindo seus ensinamentos. O que significa que a verdade já existia desde o início das épocas, tal como o átomo, mas que somente foi descoberta aos poucos e lentamente. E, quando se descobre , você tem a certeza de que ela faz parte de ti e que você pode representá-la.
Crer em Buda, não significa crer e adorar a sua imagem, mas sim a verdade que ele descobriu e que constitui a Lei da Natureza. Esta crença que tem por centro as Leis da Natureza é que se denomina NAMU-MYOU-HOU-REN-GUE-KYOU.
Ao descobrir esta Lei Eterna da Natureza, Buda passou por inacreditáveis sofrimentos. Na época muitos estudavam, arduamente, para obter os ensinamentos que apresentaremos a seguir:
Resumindo a descoberta do Buda, podemos dizer: "isto existe porque ele existe, ele existe porque isto existe." A esta relação dá-se o nome de "en-gui" (Leia da Interdependência ou Ciclicidade Universal). Fazemos parte desta relação e o Namumyouhourenguekyou nos reintegra a essa natureza universal.
Para que exista o desabrochar de uma flor, e possamos nos deleitar diante de sua beleza, é necessário que se tenha terra e semente. Na realidade o principal fator que contribui para um belo desabrochar é a condição climática. Neste caso a terra e a semente são " IN ", ou seja , a causa direta e a primavera será o " EN ", ou seja, a condição indireta para o belo desabrochar. Tudo indica que na vida somos dependentes do “IN” e do “EN”, isto é, somos dependentes do ciclo da causa e da condição.
Notamos que, com as nossas possibilidades, preparando corretamente todas as causas diretas, no "momento certo", o resultado será uma conseqüência natural e infalível. Nosso esforço estará sempre voltado para o "IN" enquanto que do "EN", que está fora de nosso domínio e poder, a nossa fé cuidará.
Na oração do Namumyouhourenguekyou encontra-se compactada toda a causa e a essência para o nosso desabrochar humano, mesmo que todas as circunstâncias externas sejam aparentemente adversas. Buda ensina que devemos pensar sempre nessas facetas, conjuntamente, para conhecermos a verdade.
Como seres humanos estamos sempre à procura da felicidade e procuramos nos desviar dos sofrimentos e das tristezas. Em se tratando de doença, verificamos que graças à existência da dor ficamos sabendo que estamos doentes, quando então chamamos um médico para nos examinar e localizar a causa. Se não sentíssemos a dor, a doença progrediria até nos fazer sucumbir.

Portanto:
1º A existência de dor nos possibilita chamar um médico, de imediato.
2º Inicia-se o tratamento e ficamos ansiosos pela cura.
3º Suportamos todo tipo de tratamento, por mais penoso que seja.
4º Uma vez curados, tomamos precauções para não haver recaída ou para não contrairmos novamente a doença.

Buda faz com que o homem perceba as dificuldades da vida para que conheça a verdadeira felicidade. O homem fortalece seu caráter através do sofrimento, como uma condição inevitável à aquisição e acúmulo de virtudes. Ensina-nos como enfrentá-lo e para isso procura indagar a causa do sofrimento através do passado. A seguir, ensina qual a atitude a tomar no presente e esclarece a conseqüência futura. Mostra-nos qual o caminho a trilhar em nosso desconhecido mundo, porém, o mesmo em que deveremos encontrar a plena e mútua felicidade.

O BUDISMO NO BRASIL
O Budismo no Brasil tem características singulares. O país abriga a maior colonia estrangeira de japoneses e descendentes, e essa comunidade nipônica trouxe consigo uma variedade de sacerdotes e instrutores budistas, em distribuição significativamente diferente da que existe no Japão. As escolas ligadas a Nitiren alcancaram enorme difusão, inclusive a Soka Gakkai e a HBS. O Budismo mais tradicional é representado principalmente pelas escolas tibetanas, pelo Soto Zen, Theravada e pelo Budismo Terra Pura. Não se pode deixar de mencionar também a enorme presença do budismo tibetano através de inúmeros centros das tradicionais escolas do Vajrayana.
Há uma tendência popular a identificar influência budista em movimentos como a Perfect Liberty, a Igreja Messiânica e a Seicho-No-Ie. Essa impressão é equivocada - na verdade o que ocorre é que as escolas japonesas do Budismo adquiriram características do Xinto, da mesma forma que essas três religiões originadas no Japão.
A modernidade está envolta em tecnologia, racionalismo e materialismo. Como se soubesse deste perigo, Buda deixou ensinamentos e métodos de prática que proporcionam a felicidade, mesmo em circunstâncias adversas à iluminação. Estes ensinamentos estão nos capítulos de 15 a 22 do Sutra Lótus que falam da fé e de compaixão (solidariedade) como práticas fundamentais.
A própria Flor de Lótus é um símbolo disso. Ela desabrocha em mangues e nem por isso a flor se macula com as impurezas do local. O mundo impuro seria este em que vivemos, tomados pelos três venenos, e a Flor de Lótus é a prática transformadora na fé e na compaixão, em sintonia com Buda. Assim essa flor jamais se manchará. É importante salientar que esta flor possui a característica de desabrochar junto com a semente do próximo fruto. Portanto se perpetua, assim como deve se perpetuar e gerar frutos as práticas dos budistas.
Desta forma, podemos concluir que o Buda, como uma mera imagem, não é alvo de veneração, assim como ele próprio ressaltou. A grande contribuição do Budismo para o mundo neste novo milênio é a concepção não fragmentada de ser humano, que prioriza o "Ser" independente da sua imperfeição e que têm como meta: "orar pela harmonia do universo, através da prática das virtudes, do aprimoramento espiritual e da solidariedade dos seres".
Devemos compreender também que o Budismo deve se vincular diretamente aos ensinamentos de Buda e não das interpretações dos fundadores das facções ou de seus seguidores. A religião budista é exclusivamente fundada pelo Buda primordial e fundamentada pelos ensinos primordiais.
Buda deixou oitenta e quatro mil ensinamentos, mas segundo ele mesmo falou, a essência da doutrina está no ensinamento do Sutra Lótus. Este texto começa dizendo:
"As portas da iluminação se abrirão para todos, indiscriminadamente, com uma única condição: a fé e a compaixão" fé como sentimento que nos une através da essência, e compaixão como atividade que nos une através da prática e vivificação desta essência.
Portanto, a religião budista não é meramente filosofia ou um exercício como algumas vezes é interpretada, mas sim algo que parte da experiência religiosa e atinge a prática, na vida de qualquer um.
O mundo continuará a se transformar, porém, as pessoas também precisarão da transformação no universo do espírito com uma conseqüente prática transformadora. Isto não significa tornar-se um super-homem, mas num verdadeiro homem de fé e de compaixão, que desempenha, com afinco, suas atividades neste único e real momento.

DHARMA: recompensa do bem que se fez em outras reencarnações e nesta vida;
KARMA: Efeito negativo do que se fez em reencarnações anteriores e já nesta vida, problemas físicos, mentais e espirituais.

PARA MEDITAR:

“ Eu vim acender a luz do amor em seus corações, para que ela brilhe em seus corações, para que ela brilhe, dia após dia, com ardor. Não vim em benefício de nenhuma religião. Eu vim falar sobre esta Fé Universal, o princípio espiritual, o caminho do amor, a virtude do amor, o dever do amor’,
Sathya Sai Baba

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