O FATÍDICO DOMINGO NO
ESTADO DA BAHIA, MORTE DO POLICIL MILITAR
O policial militar Wesley Soares Góes, que foi baleado após
atirar para cima na tarde deste domingo (29) na região do Farol
da Barra, em Salvador, morreu horas depois no Hospital Geral do Estado (HGE). A
informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia
(SSP-BA) na noite de domingo.
Infelizmente
na atual conjuntura que passamos nós policiais militares estamos numa carga
elevada de atividade, nossa CF/88 nos seus elencados de artigos, parágrafos,
alíneas e etc, existe direitos pertinentes a todos os colaboradores URBANO e
RURAL.
Para nós
servidores públicos esses direitos previstos no ordenamento jurídico muitos das
vezes é relegado em segundo plano. Nós policiais militares somos regidos por
leis diferenciadas, mas a lei maior hoje no pais é a CF/88, no brasil com
certeza tem vários companheiros passando por dificuldades das mais variadas,
lidamos com o ser humano nas piores situações e temos que ser imparciais, não
somos máquinas e muitas das vezes essas cargas negativas absorvemos mesmo sem
querer, lidamos com o ser humano nas piores situações.
As mazelas da
vida policial que normalmente ficam restritas ao mundo dos quartéis na vida
policial, os problemas de saúde trazidos pelo desgastante trabalho de defesa da
segurança pública.
Dentro dessa
ótica há claros sinais do intenso estresse vivido no dia a dia no combate a
essa violência volátil, que hora cresce assustadoramente e muitas das vezes
executando tal serviço com falta de apoio do ente estatal, com isso vem o
aparecimento de problemas de saúde em decorrência da atividade laboral em
turnos.
Muitas das vezes Cansado e pressionado, o
militar passa a consumir remédios contra a ansiedade e vem a ter problemas no âmbito laboral e muitas das
vezes levando para o seio familiar, gerando conflitos.
Essa imagem do homem emocionalmente fragilizado pela rotina é o resumo dos problemas vividos diariamente pelos
servidores da linha de frente das forças de segurança pública principalmente os
policiais militares, que estão 24 horas do lado da comunidade no País.
Estamos imersos
em uma combinação explosiva de fatores como criminalidade em alta, cobrança da
sociedade, salários baixos e jornada dupla de trabalho, nós policiais sofremos
com os raros investimentos das corporações em equipes de atendimento
psicológico e psiquiátrico e na atenção preventiva aos distúrbios mentais.
Espero que
com esse fatídico domingo as SECRETÁRIAS DE SEGURANÇA PÚBLICA dos Estados olhe
para a área de SST(SEGURANÇA E SAÚDE DO
TRABALHO), com um olhar diferenciado. Não somos máquinas somos seres humanos
que precisa de atenção urgente.
Edivaldo
Coelho da Silva
Consultor
Técnico em Segurança do Trabalho
SGT COELHO