sábado, 9 de julho de 2022

Nossos Resíduos

Nossos Resíduos Estamos passando por escassez de recursos naturais e pela poluição dos mais variados ecossistemas, sejam eles marinhos ou terrestres, é cada vez mais necessário nos atentarmos à quantidade e a destinação dos Resíduos Sólidos que produzimos. Com advento da Lei nº 12.305/2010, a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) tem alguns objetivos, como: • Gestão Integrada de Resíduos Sólidos; • Estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços; • Articulação entre Poder Público, Privado e a Comunidade. A referida Lei define algumas classificações importantes, como a diferença entre “resíduos” e “rejeitos”; e as classificações de Resíduos Sólidos existentes. Qual a diferença entre rejeitos e resíduos sólidos? De acordo com a Lei, “resíduos” são materiais, substâncias, objetos ou bens descartados resultantes de atividades humanas. Já “rejeitos” são resíduos sólidos que não possuem mais possibilidade de tratamento e recuperação por questões tecnológicas ou econômicas viáveis, restando apenas a disposição adequada no ambiente. Classificação dos Resíduos Sólidos Dentro dessa ótica existem duas classificações para os Resíduos Sólidos. A primeira em relação à origem, destacando os Industriais, produzidos pelos processos e instalações; e os oriundos da Mineração, que podem ser gerados tanto pela pesquisa, extração ou beneficiamento. E a segunda em relação à periculosidade dos resíduos, os materiais classificados como industriais oriundos da mineração geralmente se encaixam na categoria de resíduos perigosos, por apresentarem características tóxicas ou que é um risco à qualidade ambiental. Segundo a política, as empresas que se encaixam nas duas atividades acima e em tantas outras devem desenvolver o chamado PGRS (Plano de Gestão de Resíduos Sólidos), que é o conjunto de ações que o gerador, no caso a empresa, deve tomar junto ao poder público, para viabilizar a coleta, tratamento e destinação final ambientalmente adequada. Todas essas etapas normalmente fazem parte da Logística Reversa e apresentam uma Prioridade de Gestão, ou seja, existe uma ordem a ser seguida. LOGÍSTICA REVERSA Essa logística é extremamente importante, pois ele se baseia no ciclo de coleta e restituição dos resíduos sólidos, para o processo produtivo ou para destinação final, o chamado “ciclo de vida do produto”. As organizações têm o papel de articular essa cadeia, devolvendo o resíduo para o mercado com outra finalidade, ou caso as formas de tratamento se esgotem, elas devem encaminhar os rejeitos para o local adequado de disposição. As empreses devem está antenadas no momento de decidir se o resíduo será devolvido para o mercado ou descartado, existem algumas etapas que devem ser tomadas como prioritárias, são elas: não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento. As etapas de redução e de tratamento, principalmente na valorização de resíduos, que o engenheiro de materiais concentra a maior parte de suas atividades. Na valorização dos resíduos, o engenheiro deve caracterizar o material residual, identificando sua estrutura, composição e o conjunto de propriedades, a fim de encontrar possíveis usos alternativos para ele. Destaca-se que esse processo é realizado posteriormente à etapa de redução. É importante lembrar que o PNRS é uma lei, ou seja, o seu descumprimento acarretará prejuízos, sanções e até multas. Entretanto, a empresa que implementa o PGRS vai ter grande vantagens no mercado, pois está imbuída em preservar o meio ambiente. Os consumidores vêm dando cada vez mais valor para as empresas que fazem uso do “marketing verde”, demonstrando que possuem uma política ambiental sólida e difundida, o que possibilita que seus produtos e serviços sejam cada vez mais requisitados. Ao mesmo tempo, isso motiva os concorrentes a tomarem medidas que aperfeiçoem a gestão de resíduos sólidos, e quem ganha, é toda a sociedade. A vantagem das empresas aderir ao PGRS, é que a empresa vai contribuir com o meio ambiente, reduzindo a necessidade de recursos e gerando menos impacto, ajudando a sociedade e ainda crescendo economicamente, tornando-se sustentável. Essas vantagens estão relacionadas com o aumento do faturamento da empresa, seja pelo marketing positivo que atrai mais clientes, seja pela sustentabilidade que irá aumentar a produção com menos matéria prima, o que possibilita um aumento na margem da empresa. Dentro desse contexto, fica claro que a gestão de resíduos sólidos é extremamente importante para que as empresas diminuam a produção de rejeitos, dessa forma, cumprindo com a legislação e diminuindo o impacto no meio ambiente e contribuindo para uma sociedade mais sustentável. Edivaldo Coelho da Silva Gestor ambiental e Pós Graduando em Perícia e Auditoria Ambiental e Técnico de Segurança do Trabalho

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