NR 13
A norma regulamentadora NR 13, do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, estabelece requisitos compulsórios relativos a projeto, operação, manutenção e inspeção de caldeiras e vasos de pressão.
Devido a enorme diversidade e complexidade destes tipos de equipamentos, a interpretação destas exigências e o seu enquadramento na referida norma, podem ser muito complicados. Interpretações indevidas podem gerar elevados custos, interrupções da produção, sanções de orgãos fiscalizadores e até mesmo riscos de acidentes e agressões ao meio ambiente, desnecessariamente”.
De acordo com a norma reguladora do funcionamento de caldeiras e vasos de
pressão (NR-13) , todo vaso de pressão e caldeira deve apresentar:
- Válvulas de segurança e sistemas/dispositivos de controle
- Placa de identificação com informações mínimas afixado em seu corpo e definição da categoria e grupo de risco que se enquadra.
- Prontuário
- Livro de registro de segurança.
- Projeto de instalação da caldeira.
- Projeto de alteração ou reparos.
- Relatório de Inspeção
- Manual de Operação em língua portuguesa.
Os tanques de ar-comprimido (compressores) e os cilindros
hidro-pneumáticos (garrafas de moendas) também se enquadram nessa norma e
devem apresentar os itens acima descritos.
Além disso devemos salientar que as caldeiras a vapor devem estar sob
responsabilidade de um operador com certificado de Treinamento de
Segurança para operação de caldeira.
Caldeiras e vasos de pressão são tranqüilamente seguras se forem tomadas
todas as medidas de segurança e manutenção recomendadas, entretanto observa-se
em muitos casos que a falta de informação e a imprudência contribuem para que
acidentes como os relatados aqui aconteçam.
CASOS
Caldeira explode e provoca mortes
Uma das vítimas fatais estava a 40 metros de distância e foi atingida pelo equipamento
Uma das vítimas fatais estava a 40 metros de distância e foi atingida pelo equipamento
LUIZ AUGUSTO
CORREIA PINTO
CORREIA PINTO
A explosão de uma caldeira matou dois operários ontem. João Adão Correia, 48
anos, e Gilmar José de Souza, 40 anos, foram socorridos, mas morreram quando
eram levados para o hospital.
O acidente ocorreu ontem por volta das 11 h30min, na madeireira Dalmina, às
margens da BR-116, no distrito de Águas Sulfurosas, em Correia Pinto. Outros
quatro funcionários sofreram ferimentos leves e estão internados em observação
no Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, em Lages.
A força da explosão arremessou a caldeira de meia tonelada de aço a 40
metros. Ela caiu sobre o servente geral Gilmar Souza. João Correia, que não era
funcionário da madeireira, estava no telhado sobre a caldeira, fazendo reparos
na calha, e caiu de uma altura de quatro metros.
O acidente só não teve proporções maiores porque, apesar da explosão, não
houve incêndio no local. A caldeira ficava anexa a um galpão onde são guardadas
madeiras beneficiadas e trabalhavam 12 funcionários. De acordo com a direção da
empresa, a caldeira havia sido instalada na segunda-feira e aprovada em todos os
testes realizados.
No início da tarde, peritos da Polícia Civil de Lages trabalharam no local. O
laudo deve estar pronto em 15 dias. Na opinião do tenente do Corpo de Bombeiros
que atendeu a ocorrência, Edson Tadeu Stank, duas são as prováveis causas da
explosão: falta de água na caldeira, ou falha na válvula de segurança.
O caldeirista João Maria de Oliveira estava a quatro metros da caldeira
quando houve a explosão. Ele não lembra de muita coisa. Apenas que foi um
barulho ensurdecedor e ele saiu correndo. "Mesmo assim fui atingido na cabeça
pelos estilhaços das telhas", recorda Oliveira. Ele destaca que a caldeira tem
capacidade para 10 mil quilos de vapor, e na hora da explosão estava com 5 mil
quilos.
O encarregado de produção da madeireira, Dalberto Dalmin, garantiu que a
empresa dará toda a assistência aos feridos, inclusive a família de João Correia, que não é
funcionário.
Fonte: Diário Catarinense / SC
Fábrica explode em SP |
SÃO PAULO - "Foi um grande
susto, pensei que o prédio estava desabando"- comentou Elisabete Alves de
Almeida Freire, minutos após a explosão do tanque de combustível de uma caldeira
instalada na Industria de Lenços Presidente, a 150 metros de seu apartamento e
na altura do número 800 da Avenida Radial Leste, O acidente aconteceu por volta
das 10 horas da manhã de ontem, destruindo a parede da tinturaria da fábrica e
quebrando vidraças de prédios vizinhos.
Não houve vítimas.
A diretoria da
empresa nada quis falar sobre o acidente e de sua causa, mas alguns operários
comentavam, ainda assustados com a forte explosão, que houve falha da válvula de
segurança do reservatório de óleo da caldeira. "Mais de 40 pessoas trabalhavam
na tinturaria, junto a caldeira, quando aconteceu o barulho e a parede ruiu.
Ficamos com muito medo.
Mas ninguém saiu ferido - parece que foi milagre"- disse
um empregado, que não se identificou temendo "represálias do patrão". Momentos
depois, duas viaturas do Corpo de Bombeiros chegavam ao local - junto com uma
viatura da Rádio Patrulha - mas logo foram embora, depois de inspecionar o
prédio danificado. Um oficial disse ter dispensado rapidamente as viaturas
porque não havia risco de incêndio.
Do outro lado da Avenida Radial Leste, dois
edifícios e um revendedor de rolamentos foram afetados pela explosão; alem do
susto, dezenas de janelas e vitrais de algumas portas ficaram despedaçadas. "De
imediato imaginei acidente com botijão de gás no prédio"- disse o zelador
Antonio Francisco de Aquimo, do Edifício Alcântara Machado, 799. Entretanto, ao
correr para fora do prédio, o zelador notou que diversas janelas tinham seus
vidros estilhaçados.
"E na direção da fábrica de lenços"- explica ele - "ainda
deu para notar uma fumaça negra com poeira cobrindo tudo". Outro zelador,
Antonio Pereira de Castro, do Prédio Don Pasquale - número 833 da Radial Leste -
, enumerava os danos causados pela explosão e dizia que os prejuízos "deverão
ser cobertos pela própria industria, que já prometeu pagar tudo para gente".
Daniel Paciulle, da loja Rodarte, instalada no número 765, afirmava que seus
prejuízos, "com as quatro vidraças quebradas, somam cerca de 50 mil cruzeiros ".
Ele também recebeu a promessa da empresa para pagar os prejuízos. "Mas como
garantia, temos apenas um pequeno cartão da industria de lenços "- observou. -
Aconselha-se que geradores de vapor devem ser instalados em locais que possam
oferecer boas condições de ventilação e temperatura. Os projetos dessas
instalações deverão ser submetidos ä apreciação de um órgão regional competente
em matéria de segurança do trabalho". A seguir, exemplos de outras orientações
ditadas pelo DNSHT: - Toda Caldeira deve possuir, afixada em local visível,
placa identificadora com as seguintes informações: número, nome e registro do
fabricante; ano de sua fabricação; pressão máxima de trabalho permitida
(Kg/cm2); área de superfície de vaporização (m2) e capacidade de produção de
vapor (Kg/h ou t/h).
- Esses equipamentos devem ser acompanhados de prontuário
com a documentação original do fabricante, abrangendo, no mínimo, especificações
técnicas, desenhos detalhados, tipo de revestimento, provas ou testes realizados
durante sua fabricação e montagem, características funcionais e a fixação da
respectiva pmtp (por extenso), além de laudos de ocorrências diversas. - O
proprietário do equipamento deve organizar, manter atualizados e apresentar
quando exigidos pela autoridade competente o registro de segurança e o
prontuário. - O registro de segurança constituirá livro próprio com páginas
numeradas, onde serão anotadas, sistematicamente, as indicações de todas as
provas efetuadas, inspeções internas e externas, limpezas e reparações e
qualquer outros fatos de realce, tais como explosões, incêndios,
superaquecimentos, rupturas, troca de tubos, de tambores ou de paredes,
deformações, aberturas de fendas, soldas, recalques e interrupções de serviço.
Esse registro deve ser assinado mensalmente pelo operador responsável. - As
caldeiras, instaladas em área apropriada, devem estar completamente, isoladas de
locais em que se armazenam ou manipulam substâncias inflamáveis ou explosivas.
Essa área não deve ser utilizada para nenhuma outra finalidade, com exceção de
compressores, excluído, porém, o reservatório de ar comprimido. O local deve,
também propiciar acesso fácil e seguro ás válvulas de segurança, registro,
indicadores de nível de água, reguladores de alimentação e demais acessórios
essenciais ä operação e segurança de uma caldeira.
- A área de trabalho do
foguista deve ser protegida contra intempéries e construída de material
incombustível. Com relação ao item inspeção, a Portaria nº 3.214 estabelece que
elas constarão de exames do prontuário original e do registro de segurança,
vistoria interna e externa, fixação da pmtp, prova de pressão hidrostática, de
suficiência das válvulas, do dispositivo de alimentação e do dispositivo de
segurança de chama e de nível baixo e falta de água. Após essa verificação, o
proprietário recebe um relatório de inspeção, documento que o livra de qualquer
sanção por parte do DNSHT.
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Explosão de caldeira em BH
BELO HORIZONTE - Sete operários morreram e outros 3 foram internados em
estado grave, todos em decorrência de queimaduras causadas pela explosão, às
8h30min de ontem, de uma caldeira da usina de açúcar Rio Grande, a 27 Km de
Passos, no sul de Minas.
A usina Rio Grande, maior produtora de açúcar de Minas
havia paralisado suas atividades na noite de Sábado, devido à fortes chuvas que
impediam o fluxo de cana até a unidade industrial e, no momento em que a equipe
de onze técnicos da empresa acionava o gerador para reativar a produção, a
caldeira explodiu, causando as vítimas por queimaduras e, possivelmente, também
por choque elétrico.
A perícia realizada logo em seguida ao acidente, como parte
do inquérito policial aberto pelo delegado de Passos, Adan dos Santos, não havia
apurado ainda as causas. Morreram no local os operários Lideu Israel de
Oliveira, 43, casado, encarregado mecânico e a 29 anos trabalhando na usina;
Nelson Ribeiro de Lima, 48, casado; Eurico Marcos Galvão, 23, casado, e Edmilson
de Oliveira Silva, 22, casado, todos três eletricistas.
Morreram ainda Carlos
Roberto da Silva, 26, casado, mecânico de manutenção; Elcizo Vieira Costa, 26,
casado, e Eliezer Rodrigues, 27, solteiro, ambos do departamento de serviços
gerais. Os corpos, todos apresentando queimaduras generalizadas, foram
encaminhados pela manhã para Passos.
Entre os feridos, todos internados no
hospital da Santa Casa de Misericórdia de Passos, Osvander Ferreira Felipe, 31,
casado, encarregado mecânico, e o que se encontra em estado mais grave, com
queimaduras de segundo e terceiro grau em 95 % do corpo e até a tarde,
permanecia no bloco cirúrgico do hospital. Os outros dois, Osmar Ferreira
Felipe, 27, casado, irmão de Osvander, e Paulo Matias da Silva, 27, casado,
ambos técnicos em análise laboratorial já não correm risco de vida, segundo o
médico anestesiologista que os atendeu, César Faria Nunes.
Um quarto ferido,
Antonio de Lima, foi imediatamente liberado, com queimaduras sem maior
gravidade. O médico Pedro Messias da Silva disse que as queimaduras foram
causadas por violentos jatos de vapor liberados pela explosão, com temperatura
em torno de 170 ºC. Um outro funcionário da usina, que preferiu não se
identificar, disse que, ao ser acionado um gerador de energia elétrica para
reativar a usina o tubo de vapor rompeu-se numa das extremidades. A previsão da
usina Rio Grande era uma produção este ano de 1,2 milhão de sacas de açúcar.
Somente dentro de uma semana, quando estiverem concluídos os reparos técnicos, a
empresa terá condições de operar normalmente. A mesma fonte informou que o
defeito que conduziu à explosão é , por enquanto, inexplicável.
CONTRATE-NOS!!! É MUITO PERIGOSO!!!
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