terça-feira, 20 de março de 2012







PREVENÇÃO SEM EXAGEROS
O conjunto formado pelo equilíbrio das ações e compreensão na natureza comercial das atividades  e uma das pontes que podem levar a área de Segurança e Saúde no Trabalho ao futuro, tantos em termos de sobrevivência pura e simples, como na pretensão de estar inserida na forma adequada dentro do contexto das empresas.

Talvez, por ter surgido e se mantido a sombra da legislação, muitos de nós jamais tenhamos nos preocupado em ser mais do que arautos da própria lei, num tempo e em meio a relações onde arautos não tem mais espaço. Desde muito cedo, deveríamos ter optado não pela mera leitura da legislação, mas pela capacidade e utilidade de ler, interpretar e como técnicos - propor formas de transformar em realidade. Perdemos o bonde da história quando mesmo sendo técnicos insistimos em continuar como inspetores.

De nada adianta chorar o leite derramado. Já foi. Podemos sim chorar pela perda da oportunidade, o que se traduz na prática na posição que ocupamos hoje dentro das empresas. Não há qualquer dúvida que o cenário deveria ser diferente, afinal de contas em nossas mãos e carecendo de nossos conhecimentos estão o que há de mais essencial a todo o sistema: a saúde de quem faz !
É uma pena que muita gente ainda não prestou atenção nisso e certamente por este deslize deixou que o tempo passasse satisfazendo-se com um cantinho qualquer, de onde como profeta da prevenção emitia seus pareceres.

E o problema não estava só nos pareceres, algo que soa que como legitimo ao detentor da responsabilidade de orientar aos demais quanto ao cumprimento da questão. Mais grave ainda e que muitos destes pareceres ou coisa que valha careciam de total embasamento mais consistente. Por conta disso, muitos de nos deixamos de ser ouvidos e alguns ficaram mesmo sem entender o porque.

Certamente houve falta de qualidade técnica, restringindo-se ao "cumpra-se e revogo as disposições ao contrário"; Faltou-nos sensibilidade para perceber algumas coisas a mais, em especial que fazemos parte de um negócio e que o objetivo do negocio é bem mais amplo do que aquilo que vemos parcialmente.

Ficamos por muito tempo na estação do "precisa porque precisa". Interessante e que por todo sempre gritamos a altos brados que um dos problemas estruturais de nossa área era a mesmo a falta de cultura prevencionista. Mas será que contribuímos para que isso mudasse dizendo as pessoas que "tem que fazer porque é lei ?" Ou teríamos sido mais generosos se com argumentos mais elaborados levássemos as pessoas a tal entendimento ?

Verdade seja dita: faltou-nos capacidade e discernimento. São erros históricos de uma categoria. Nem todos foram assim, olhe para os lados e verá que em alguns locais a nossa área cresceu e ocupou espaços.

Importante agora é buscarmos espaço. Obvio, que o tempo tornou tudo mais difícil, mas de forma alguma impossível. O centro do assunto continua sendo o homem, a tendência e que a valorização da vida ocupe o seu verdadeiro lugar. As regras do mundo levam a  crer que os custos gerados pela coisa da falta de prevenção terão que ser levados em conta. Tudo isso desenha um novo bonde - hoje quase supersônico - que se perdermos novamente….

A PREVENÇÃO ISOLADA

Não há nada mais cômodo no mundo do que definir regras, nada mais hipotético do que esperar que as pessoas simplesmente as cumpram e nada mais frustrante do que notar que perdemos tempo nas duas coisas. Isso é um verdade ! E por esta verdade passa o caminho obrigatório em direção a uma prevenção de acidentes pelo menos mais contemporânea. Se no passado o problema era demonstrar que haviam ações para…..hoje é importante garantir que há resultados em….fora deste contexto não há vida nas relações empresariais.

Distante vai o tempo em que não deveríamos pensar nos impactos da prevenção no todo da empresa. Estamos aqui mencionando o divisor de águas, entre o que poderá ser a prevenção de acidentes do futuro e o que jamais foi a do passado. Dissemos por muito tempo que segurança é parte do negocio, mas esquecemos de ver as demais partes deste mesmo negocio.
E agindo assim, caminhamos na direção contrária de todos os demais objetivos, quando deveríamos na forma correta ter caminhado lado a lado. Não é difícil imaginar que os resultados obtidos - ou seja - a segregação de nossa área dos principais fóruns das empresas - ocorreu, e ao invés de sermos vistos como aliados - que de fato somos - passamos a ser vistos como meros complicadores.

O raciocínio é simples: Negocio é feito para dar dinheiro. Segurança e Saúde com certeza quando bem aplicados auxiliam na consecução deste objetivo; Então porque estamos tão distantes ?

Há pouco tempo, quando participava de um curso de auditoria, conheci um Executivo de uma grande e conhecida empresa, profissional que há mais de 20 anos atua como Gerente de RH de conhecidas empresas. Travamos algum tipo de relação e um dia durante o almoço ele me disse que a impressão que tinha do pessoal de Segurança do Trabalho era a mesma do porta voz de hospital. Questionado ele rindo me disse o seguinte: " A operação foi um sucesso, a equipe dedicou-se, mas o paciente morreu !"

Tempos depois, conversando com um amigo, que ocupa um alto cargo em uma multinacional de telecomunicações ele me dizia que a segurança só tem dois verbos: quero e preciso !

Deixando de lado os exageros, acabamos convencidos que há nisso muita verdade.  Olhando bem os fatos, vamos encontrando inúmeras situações que conduzem para este lado, Lembro-me aqui de um deles: numa grande fábrica, em determinado setor com cerca de 300 empregados, verifiquei que todos os empregados faziam uso de calçado com bico de aço. Observado bem o local, não encontrava qualquer tipo de risco ou razão para tal uso. Tomei coragem e questionei o colega quanto ao assunto. A resposta foi simplesmente curta: De fato não há qualquer risco .É uma questão de tradição ! Nem de longe aquele colega certamente pensou no quanto contribuía para o absenteísmo por calosidades ou coisas assim e mais ainda, o quanto custava manter aqueles empregados com aqueles calçados.

Não para ai. Numa outra grande empresa, durante anos o uso do capacete foi obrigatório. Por conta disso, algumas pessoas chegaram a ser demitidas pela recusa ao uso do EPI. Num belo dia, um novo empregado questionou a Diretoria do porque do uso do capacete. Foi um pânico só ! O SESMT - completo foi chamado a responder. Depois de dias de estudo, não restou outra alternativa senão declarar a incompetência informando que "muitos dos empregados que hoje trabalham na fábrica, trabalharam na construção dela e por esta razão o uso do capacete tornou-se formal, embora de fato não exista nenhuma razão objetiva para que isso ocorra - o uso será (e foi) descontinuado"

Tempos depois acompanhei uma situação ainda mais interessante. Em determinada área de uma multinacional construíram uma linha para trabalhos contínuos e simultâneos em ambos os lados. Logo no inicio da atividade, começaram os problemas e acidentes porque os empregados "por pura indisciplina" insistiam em pular a linha. Diante do problema, o SESMT da empresa abriu um projeto para fazer 4 passagens por cima da linha, coisa que custavam assim U$ 20 mil. Diante do projeto do SESMT a CIPA local começou a exigir……gerou-se um conflito, até que um dia alguém foi de fato analisar o problema e concluiu que na verdade os empregados não desejavam pular a linha, ocorre que na definição do projeto tanto os pontos para carregamento das ferramentas elétricas como as áreas onde havia disponibilidade de café foram instaladas apenas de um lado da linha.

Com muito menos recursos foi corrigido o problema.

E segue por ai afora, a quantidade de desmandos com os recursos da empresa, com prevenção exagerada ou sem qualquer sentido; Equipamentos comprados e que não são utilizados, ausência de uma política para conservação e recuperação de EPI, enfim, tudo aquilo que faz com que nossa área trabalhe sem qualquer evidencia de compromisso com os objetivos gerais das empresas

Obviamente nossa área tem muita importância, mas não o bastante para que seja tratada como um nicho diferente, sem fazer questão de participar na forma comum com as demais. Não podemos ser diferentes ! Necessitamos levar as nossas necessidades mas também saber mostrar nossa participação no negocio. Se sempre fomos passíveis a utilidade, com certeza nos faltou tato e habilidades para mostrar isso.

UM CASO Á PARTE

Devemos sem dúvida cumprir a legislação. Leis foram feitas para serem cumpridas e quem acha que elas estão erradas, que procure os fóruns apropriados a este tipo de discussão, mas enquanto não o fazem, devem cumprir.

Uma questão antiga em meio as NR diz respeito aos Operadores de Veículos Industriais. Exagero ou não há na legislação uma preocupação clara com este tipo de atividade - o que as vezes me causa estranheza porque o mesmo não ocorre por exemplo com empregados que trabalham em altura - tipo de atividade que mais mata em todo mundo. Mas a questão não é esta. Como todos sabem para conduzir um veiculo industrial o empregado deve ser HABILITADO e durante o horário de trabalho portar uma cartão de identificação visível - com nome, fotografia. Um pouco acima - no próprio texto da legislação fica claro que o empregado deverá receber treinamento especifico - dado pela empresa - que o HABILITARÁ  nessa função.

Ao longo dos anos, visando um padrão mínimo de segurança - apesar da legislação ser clara que o HABILITADO diz respeito a HABILITAÇÃO EM TREINAMENTO, muitos SESMT adotaram como pré requisito para Operadores de Veículos Industriais a apresentação da CNH, carteira Nacional de Habilitação. Na minha forma de ver a medida tem sentido, afinal de contas um condutor habilitado por CNH tem os conhecimentos básicos quanto a legislação de trânsito, necessários a condução de um veiculo.

No entanto, causa-me surpresa que agora muitos SESMT de empresas estejam trabalhando para que todos os Operadores de Veículos Industriais tenham CNH categorias C e D, ou seja aquelas destinadas a condução de veículos utilizados em transporte de cargas e passageiros. Até onde se exigiu a CNH como meio de garantir conhecimento das regras básicas de trânsito é perfeitamente compreensível. No entanto o que adicionará a segurança um Operador de Empilhadeira ter habilidades para dirigir um caminhão ou ônibus ?  Justificável seria, se as auto escolas mantivessem cursos para veículos industriais, no entanto não existem. A diferença entre um caminhão é uma empilhadeira dispensa comentários adicionais.

Tais posturas são complexas. Primeiro porque geram custos, há casos de empresas com centenas de operadores. Alguém precisará arcar com estes custos, se não a empresa, pior ainda o empregado, que além de tudo está sujeito a não ser aprovado nos exames, exposto a uma pressão pela necessidade de manter o emprego. Por outro angulo, há grande possibilidade de conflitos com as representações dos empregados. Em resumo, gera-se um panorama de custos adicionais, de homens afastados para treinarem em algo que em nada se aplica a operação. O que isso agrega de fato a prevenção de acidentes ? Seria este mais um exagero ?

 MUDANDO O FOCO

São coisas assim que me preocupam. Prefiro partilhar da idéia de que podemos proteger pessoas sem exageros e ao mesmo tempo participando ativamente do negocio. Não há mais espaço para prevenção feita desta forma, criando por criar, sem que exista um mínimo questionamento quanto a relação custo-beneficio. Difícil, colocando-se no lugar de outros atores deste processo, supor que alguém entenda ações desta natureza, mesmo eu não entenderia. 

Precisamos repensar nossas atividades, deixarmos de lado e para o ontem os exageros, as formalidades que pouco contribuem para resultados. Necessitamos sair detrás das pilhas de papeis e sentarmos as mesas das decisões para darmos um formato adequado a aquilo que fazemos.

Como área técnica, não devemos nos esquecer dos resultados……..
Deixemos para o ontem o tempo do "precisa porque precisa" . Olhemos bem em nossas fábricas e vejamos que por detrás da loucura da proteção por atacado, tem gente a varejo sendo penalizada pelo uso de equipamentos que incomodam e cujo uso só se justifica pela real necessidade

Ou acabamos com os exageros, ou perdemos tudo. Eis ai uma boa escolha. Ou seremos homens de soluções ou ficaremos no tempo e história como meros geradores de problemas.

FONTE: AREASEG - Cosmo Palasio de Moraes Jr  - Técnico de Segurança do Trabalho



































EMPREENDA E VENDA
CORTINAS DE GARRAFAS PET











CULINÁRIA FÁCIL...
 PEIXE AO MOLHO DE MARACUJÁ!!!

(FILET DE POISSON SAUCE FRUIT DE LA PASSION)
 
Ingredientes: 800 g de filé de peixe (linguado, côngrio, anjo, etc.), 30g de manteiga, 1/2 copo de suco de maracujá azedo natural, 1 copo de água, 1 colher de farinha, 2 colheres de mel (ou de açúcar), sal, pimenta.

Preparo:
 
1. Molho: Derreta a manteiga e junte a farinha. Aos poucos, junte o suco de maracujá e a água, mexendo sempre. Acrescente o mel e uma pitada de sal. Acerte os temperos e acrescente água, se necessário.

2. Peixe: Tempere os filés com sal e pimenta. Passe-os levemente em farinha e grelhe com manteiga. Sirva em seguida, regando os filés com o molho, acompanhado de batatas soutées e arroza branco!!!

PUDIM DE ABÓBORA COM CÔCO


Ingredientes 1 kilo de abóbora moranga descascada e cortada em cubos
1 litro de leite
1 pau de canela
6 cravos da Índia
1 lata de leite condensando
4 ovos
1 xícara de coco ralado
1 xícara de açúcar para o caramelo
Como Fazer Caramele 1 xícara de açúcar e passe em toda a forma de pudim.

Em uma panela coloque a abóbora e o leite, os cravos e a canela e leve para cozinhar até ficar bem macia.

Retire os cravos e a canela e bata no liquidificador, adicionando os ovos, o coco e o leite condensando, até obter um creme bem liso.

Despeje a mistura na forma caramelada e leve ao forno em banho Maria por 50 minutos ou até que enfiando um palito no pudim ele saia limpo. Desenforme morno.
SIRVA GELADO!!!

MENSAGEM...


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