segunda-feira, 29 de março de 2021

O FATÍDICO DOMINGO NO ESTADO DA BAHIA, MORTE DO POLICIAL MILITAR



O FATÍDICO DOMINGO NO ESTADO DA BAHIA, MORTE DO POLICIL MILITAR

 

 

policial militar Wesley Soares Góes, que foi baleado após atirar para cima na tarde deste domingo (29) na região do Farol da Barra, em Salvador, morreu horas depois no Hospital Geral do Estado (HGE). A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) na noite de domingo.

Infelizmente na atual conjuntura que passamos nós policiais militares estamos numa carga elevada de atividade, nossa CF/88 nos seus elencados de artigos, parágrafos, alíneas e etc, existe direitos pertinentes a todos os colaboradores URBANO e RURAL.

Para nós servidores públicos esses direitos previstos no ordenamento jurídico muitos das vezes é relegado em segundo plano. Nós policiais militares somos regidos por leis diferenciadas, mas a lei maior hoje no pais é a CF/88, no brasil com certeza tem vários companheiros passando por dificuldades das mais variadas, lidamos com o ser humano nas piores situações e temos que ser imparciais, não somos máquinas e muitas das vezes essas cargas negativas absorvemos mesmo sem querer, lidamos com o ser humano nas piores situações.   

 

As mazelas da vida policial que normalmente ficam restritas ao mundo dos quartéis na vida policial, os problemas de saúde trazidos pelo desgastante trabalho de defesa da segurança pública.

Dentro dessa ótica há claros sinais do intenso estresse vivido no dia a dia no combate a essa violência volátil, que hora cresce assustadoramente e muitas das vezes executando tal serviço com falta de apoio do ente estatal, com isso vem o aparecimento de problemas de saúde em decorrência da atividade laboral em turnos.

 Muitas das vezes Cansado e pressionado, o militar passa a consumir remédios contra a ansiedade e vem  a ter problemas no âmbito laboral e muitas das vezes levando para o seio familiar, gerando conflitos.

Essa imagem do homem emocionalmente fragilizado pela rotina é o resumo  dos problemas vividos diariamente pelos servidores da linha de frente das forças de segurança pública principalmente os policiais militares, que estão 24 horas do lado da comunidade no País.

Estamos imersos em uma combinação explosiva de fatores como criminalidade em alta, cobrança da sociedade, salários baixos e jornada dupla de trabalho, nós policiais sofremos com os raros investimentos das corporações em equipes de atendimento psicológico e psiquiátrico e na atenção preventiva aos distúrbios mentais.

Espero que com esse fatídico domingo as SECRETÁRIAS DE SEGURANÇA PÚBLICA dos Estados olhe para a área de  SST(SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO), com um olhar diferenciado. Não somos máquinas somos seres humanos que precisa de atenção urgente.

 

Edivaldo Coelho da Silva

Consultor Técnico em Segurança do Trabalho

SGT COELHO



 

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