domingo, 6 de junho de 2010

Saúde




Saúde e Qualidade de Vida



Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Stress é a Epidemia do Milênio. O ritmo acelerado imposto pelo mundo moderno exige desde cedo uma postura exagerada de responsabilidades que podem gerar cansaço, fadiga, mal-humor e em última instância, até doenças cardíacas. O estresse não é um fenômeno novo. Ele sempre existiu, nossos ancestrais, na Idade da Pedra, quando saiam para caçar sentiam certo nível de estresse para enfrentar os riscos que poderiam ocorrer. A diferença é que nos dias de hoje, temos a consciência de seus efeitos positivos ou negativos, tanto sobre nós mesmos, quanto nos locais de trabalho. Todos nós vivemos, em nossas dia-a-dia, situações estressantes que podem propiciar comportamentos de campeões olímpicos ou por outro lado levar-nos ao desespero e a depressão. Há diversos fatores que podem contribuir para o desencadeamento do estresse: 1) tensões decorrentes de conflitos familiares; 2) tensões no ambiente de trabalho; 3) estados de insatisfação e tensão crônicos ligados à competição acirrada dos dias atuais. O termo estresse, primeiramente foi utilizado na Física, para indicar o grau de deformidade que uma estrutura sofre quando é submetida a um esforço ou tensão.A palavra estresse passou a ser utilizada na medicina pelo médico Hans Salve, da Universidade de Montreal, Canadá, a partir de 1936. Desde então, pesquisas têm sido realizadas e hoje podemos afirmar que o estresse em si, não é ruim. Dependendo da intensidade ele pode ser útil em situações difíceis e que exigem esforços para a sobrevivência e desenvolvimento de alternativas diante de ameaças concretas ou mesmo simbólicas. De acordo com pesquisas realizadas pelo Centro de Pesquisas da PUC, o estresse atinge cerca de 30% dos trabalhadores dos diversos setores de produção. Entre as pessoas que ocupam cargos executivos, esse percentual chega a 40%. Entretanto, nos tempos de crise, de redução do quadro de funcionários, ou ainda no caso de empresas estatais em processo de privatização com programas de demissão, o estresse pode contagiar até 60% dos funcionários. Os níveis de estresse muito altos, no ambiente de trabalho, resultam em queda de desempenho profissional e queda na produtividade. A maioria das pessoas em situação de excessiva pressão perde a capacidade de concentração. Podendo levar a erros e acidentes graves. Um erro numa área em que é necessária exatidão, ou quando decisões tomadas afetam vidas, as conseqüências podem ser irremediáveis. Esses tipos de erros podem levar a um processo de indenização, ou ainda o que é pior, à morte de pessoas no ambiente de trabalho. Quando falamos em estresse devemos enfatizar dois aspectos importantes: a) situações que podem desencadear o estresse no indivíduo; b) reação desse indivíduo frente ao agente estressor. O primeiro passo é desenvolver um maior autoconhecimento. Dessa maneira, a pessoa será capaz de reconhecer os tipos de situações que lhe causam estresse e perceber, seu próprio nível de tolerância à pressão. A capacidade de suportar pressões é uma característica individual. Pessoas não reagem da mesma forma a um mesmo estímulo. Essa reação vai depender da sua história de vida, suas crenças e valores. Não há uma fórmula que garanta uma vida sem estresse, mas há maneiras ou técnicas capazes de reduzi-lo. É importante desenvolver a capacidade de administrar as ambigüidades, criar condições de modificar o contexto, ou aprender a conviver com elas. Há uma lista quase infinita dos efeitos físicos e mentais causados pelo estresse. Dentre eles podemos citar. Efeitos físicos: dores de cabeça, palpitações, azia, reações alérgicas, dores lombares, insônia, indigestão, aumento do apetite, suor, gagueira, etc. Efeitos mentais: dificuldade de concentração, agressividade, irritabilidade, passividade, ansiedade, dificuldade na tomada de decisão, sensação de fracasso, superatividade, perda da libido, medo, depressão, comportamento não cooperativo, etc. Lesley Tower em seu livro, Controlando o Estresse na Empresa sugere um exercício que pode auxiliar no levantamento dos fatores que causam estresse: 1) Relacione tudo o que lembrar que possa lhe causar, ou já causou, estresse em sua vida pessoal. Pode ser desde um pequeno estresse a um grande estresse. 2) Relacione tudo que lembrar que esteja lhe fazendo, ou já fez, sentir-se pressionado no trabalho. Pode ser desde uma pequena irritação, como perder uma folha de papel, até uma discussão com o seu chefe. 3) Identifique nas respostas acima os itens causados por outras pessoas e os que ocorrem por você não estar no controle da situação. 4) Identifique os itens que poderiam ser melhorados por meio de uma melhor comunicação. (Ref. Katia Dias e Neuza Regazzi).





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