CAPÍTULO 02
2- CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
2.1 Classificação dos Incêndios
Quanto ao volume:
O incêndio começa e vai-se avolumando, vai
tomando aspectos variados, conforme as circunstâncias. Assim, com maior ou
menor rapidez, pode tornar-se descomunal.
Na sua progressão, passará por
diversas fases, adquirindo novas características, dependendo isso da qualidade,
disposição, estado e quantidade dos combustíveis e ainda de elementos extras,
concorrentes.
A classificação, assim como uma série de
detalhes, interessa, principalmente, à execução das perícias e à organização
das estatísticas. Todavia, a prevenção não deve desdenhá-la, por isso que, as
proporções a que um sinistro pode alcançar poderão ser previstas e em grande
parte reduzidas de maneira a impossibilitar a eventualidade dele atingir o
máximo das características de um grande incêndio.
Não se trata de tipos
experimentais de incêndios, designados por A, B e C, em matérias selecionadas,
mas de incêndio propriamente dito: quanto ao fogo decorrente do volume e
qualidade dos combustíveis de variados gêneros que ardem simultaneamente.
As classes a que podem enquadrar-se esses
acontecimentos, são:
Manifestação de Incêndio: é o fogo breve, às vezes, apenas fulgurante, momentâneo; é um incêndio
embrionário, comumente sem graves conseqüências;
Começo ou Princípio de Incêndio: é o fogo que vence a primeira fase, se alastra e destrói alguma coisa
e que só não prossegue, não toma vulto, se for isolado ou por falta de
condições adequadas para prosseguir;
Pequeno Incêndio ou
Insignificante: incêndio que atinge certo
desenvolvimento fogo, geralmente interno, queimando peças de móveis, cargas,
etc.: não chega a afetar prédio, navio ou outros;
Incêndio Médio (ou simplesmente,
Incêndio): é o fogo que se avantaja e destrói total
ou parcialmente, construções, embarcações, etc.;
Grande Incêndio: é aquele que se avoluma, se eleva e resiste espalhando a devastação:
às, vezes em virtude da quantidade e qualidade do combustível e da nula
resistência deste, às vezes pela míngua de elementos de repressão e, quase
sempre, por imprevidência e ainda por imprevenção.
As características que configuram as
classes dos incêndios são, principalmente, as seguintes: (a) duração; (b)
proporções; (c) extensão; (d) destruição; e, (e) elementos de extinção
aplicados.
Algumas características devem ser
apreciadas durante o desdobramento do incêndio, no terreno, tendo-se em vista a
diversidade de pontos que ardem simultaneamente, a intensidade do calor, a
velocidade ou a violência das chamas, etc.
Duração: é o tempo que, efetivamente, o fogo, resistindo a combate adequado,
lavra até ser reprimido. Um começo de incêndio pode durar 15 minutos; o pequeno
incêndio, até uma hora; o incêndio propriamente dito, de uma a, mais ou menos,
três horas; e, um grande incêndio, pode perdurar, em atividade, quatro a seis
horas. Muito além disso é uma Calamidade: é o fogo campeando livremente, com fraca ou nenhuma
oposição.
Proporção: é a maior ou menor atividade das chamas; as proporções de um incêndio
variam com o volume, comprimento, intensidade (calor e claridade) das
labaredas, e outros impressionantes aspectos.
Extensão: é a área dentro da qual o fogo ficou limitado. Em
construção de um só
pavimento e em materiais encontradiços nas habitações e casas comerciais, pode,
o fogo, em marcha desenfreada, devastar uma área talvez de 300 metros quadrados
numa hora, ou seja cerca de 5 metros quadrados por minuto, atingindo proporção
máxima, em tempo mínimo.
Destruição: compreende tudo que se arruinou por ação exclusiva do incêndio. É a
consumição do material fixo ou móvel existentes no local incendiado.
Obs.: o cômputo dos prejuízos não convém à
classificação dos incêndios, de vez que, um incêndio realmente insignificante,
pode dar causa a grandes prejuízos, destruindo de imediato coleções artísticas
ou raras, documentos valiosos,, e outros, contidos num pequeno espaço.
A destruição pode ser parcial ou total;
esta só deve ser assim considerada quando a presa do fogo não puder ser
restaurada.
Elementos de Extinção Aplicados: estes são de duas espécies: pessoal e material, e são da competência
privativa do Corpo de Bombeiros, que os emprega conforme exige a situação.
Nenhuma destas características basta,
porém, por si só, para a classificação de um incêndio.
A manifestação de incêndio, por exemplo, é
de características nulas; o princípio, não comporta proporções nem extensão; o
pequeno incêndio, admite todas as características, em grau mínimo; o incêndio
médio, comporta todas elas em proporções desiguais. Somente o grande incêndio é
abrangido, total e amplamente, por todas elas.
É comum qualificar-se esses sinistros de:
violento, alarmante, dramático, pavoroso, medonho, calamitoso, catastrófico,
devastador, gigantesco, etc. Na realidade, mais ou menos, todos os incêndios
causam alarme, infundindo pavor, medo ou terror, gerando ás vezes o pânico.
Em verdade, porém, devem os incêndios
receber qualificações que representem uma idéia da sua veemência, tais como: moderado, quando queima material pesado ou em
condições desfavoráveis à combustão, casos em que o fogo embora persistente
segue um andamento vagaroso; devedor,
quando seu ritmo é contínuo e como que apressado, por encontrar todos os
elementos favoráveis e acende grandes chamas, devido a presença de inflamáveis
e, além disso, parece querer tragar com avidez a presa.
O incêndio dito dramático ou catastrófico é aquele em que há ocorrências funestas; o calamitoso o
que devasta e deixa numerosas pessoas sem morada ou desempregadas.
Quanto a causa:
Quando uma fonte de aquecimento é capaz de
fornecer calor suficiente para gaseificar um material combustível sólido ou
líquido, produzindo uma mistura combustível entre o material distilado e o ar,
estamos em face de um ponto de partida para um incêndio, portanto, de uma
"causa de incêndio".
Entende-se por causa de incêndio o
princípio de ação, material ou pessoal, que produz ou transmite o fogo causador
do incêndio. Dividem-se em naturais e artificiais.
As causas naturais são aquelas originárias
de fenômenos da natureza: raios, vulcões etc. As causas artificiais podem ser
de origem material e pessoal.
As materiais podem ser de origem química, quando proveniente de reações químicas; físicas, as decorrentes de fenômenos termoelétricos,
atritos, choques, compressões etc.; e biológicas,
com origem nas ações bacterianas.
As pessoais podem ser: acidentais, quando decorrem de um acidente (exemplo:
um homem com candeeiro cai com o aparelho na mão e provoca um incêndio); culposa, o homem não quer o resultado mas age com
negligência, imprudência ou imperícia; e doloso, o homem quer o resultado (incendiarismo); é causa rara, não
chega a 4% de acordo com as estatísticas.
2.2 Classes de incêndio
De acordo com a NBR 7532, os incêndios são
classificados em 4 classes principais:
- Classe "A": fogo em materiais
como papel, madeira, tecidos. Deixam cinzas e sua extinção se dá através do
processo de resfriamento.
Classe "B": fogo em líquidos
inflamáveis como gasolina, querosene, álcool, etc. Sua extinção se dá através
do processo de abafamento .
Classe "C": fogo em aparelhos
elétricos ou instalações com corrente ligada. Sua extinção ocorre pelo
abafamento.
Classe "D": fogo em ligas
metálicas combustíveis, sua extinção ocorre através de agentes extintores e
métodos especiais.
2.3- Classificação das
edificações
"A edificação segura contra incêndio
pode ser definida como aquela em que há uma baixa probabilidade de início de
incêndio e para o qual, em caso de incêndio, há uma alta probabilidade de que
todos os seus ocupantes irão sobreviver" (Berto &Tomini, 1988).
Para efeitos de considerações a respeito de
incêndios, segundo a NBR 9077 de 1983, as edificações são classificadas em:
- quanto à ocupação, de acordo com a Tabela 2 e 3;
- quanto à altura, de acordo com a Tabela 1;
- quanto à suas características construtivas, de acordo com o quadro 1.
Tabela 1 – Classificação das edificações
quanto à sua altura
Código
|
Tipo de edificação
|
Alturas contadas da soleira de entrada ao piso do último pavimento,
não consideradas edículas no ático destinadas e casas de máquinas e terraços
descobertos (H).
|
Denominação
|
||||
K
|
Edificações térreas
|
Altura contada entre o terreno circundante e o piso de entrada igual
ou inferior a 1,00m.
|
||
L
|
Edificações baixas
|
H <= 6,00 m
|
||
M
|
Edificações de média altura
|
6,00 m < H <= 12,00 m
|
||
N
|
Edificações mediamente altas
|
12,00 m < H <= 30,00 m
|
||
O
|
Edificações altas
|
0 – 1
|
H > 30,00 m
|
|
0 – 2
|
Edificações dotadas de pavimentos recuados em relação aos pavimentos
inferiores, de tal forma que as escadas dos bombeiros não possam atingi-las,
ou situadas em locais onde é impossível o acesso de viaturas de bombeiros,
desde que sua altura seja H > 12,00 m.
|
Fonte: NBR – 9077, 1983.
Tabela 2 – Classificação das edificações
quanto à sua ocupação
Grupo
|
Ocupação/Uso
|
Divisão
|
Descrição
|
Exemplos
|
A
|
Residencial
|
A – 1
|
Habitações unifamiliares
|
Casas térreas
|
A – 2
|
Habitações multifamiliares
|
Edifícios de apartamentos
|
||
A – 3
|
Habitações coletivas (grupos sociais equivalentes à família)
|
Pensionatos, internatos, conventos
|
Fonte: NBR – 9077, 1983.
Tabela 3 – Classe de ocupação na tarifa de
seguros incêndio do Brasil
OCUPAÇÃO DO RISCO
|
CLASSE DE OCUPAÇÃO
|
Açougues
|
4
|
Agências
|
3
|
Antigüidades
|
6
|
Armazéns mistos e grandes
|
4 a 6
|
Asfaltos preparação
|
7
|
Depósitos
|
5
|
Bares, botequins
|
4
|
Bibliotecas públicas
|
2
|
Consultórios
|
1 e 2
|
Edifícios de apartamento
|
1
|
Escolas
|
1 e 2
|
Escritórios
|
1 e 2
|
Explosivos
|
12 e 13
|
Estufa para madeira
|
8
|
Farmácias
|
6
|
Fogos de artifício
|
12 e 13
|
Fotografias
|
4 e 5
|
Garagens residenciais
|
1
|
Guarda móveis
|
6
|
Hotéis
|
3 a 6
|
Igrejas
|
2
|
Livrarias
|
3 e 4
|
Moradias
|
1
|
Postos de serviço
|
4 a 9
|
Restaurantes
|
4
|
Siderurgia
|
2 a 8
|
Teatros
|
7
|
Fonte: NBR – 9077, 1983.
Quadro 1 – Classificação das edificações
quanto às suas características construtivas
Código
|
Tipo
|
Especificação
|
Exemplos
|
X
|
Edificações em que a propagação do fogo é fácil
|
Edificações com estrutura e entre pisos combustíveis
|
Prédios estruturados em madeira, prédios com entre pisos de ferro e
madeira, pavilhões em arcos de madeira laminado e outros
|
Y
|
Edificações com resistência mediana ao fogo
|
Edificações com estrutura resistente ao fogo, mas com fácil propagação
entre os pavimentos
|
Edificações com paredes-cortinas de vidro; edificações com janelas sem
peitoris (distância entre vergas e peitoris das aberturas do andar seguinte
menor que 1,00 m e outros
|
Z
|
Edificações em que a propagação do fogo é difícil
|
Prédios com estrutura resistente ao fogo e isolamento entre pavimentos
|
Prédios com concreto armado calculado para resistir ao fogo, com
divisórias incombustíveis, sem divisórias leves, com parapeitos de alvenaria
e outros
|
Fonte: NBR – 9077, 1983.
2.4- Classificação dos riscos a
proteger
São os riscos isolados, no conceito da
Tarifa de Seguro do Brasil (TSIB), classificados entre classes, de acordo com a
natureza de suas ocupações (Tab. 2):
- Classe A – riscos isolados cuja classe de ocupação seja 1 e 2, excluídos os "depósitos" que devem ser considerados como classe "B".
- Classe B – riscos isolados cujas classes de ocupação sejam 3, 4, 5 e 6, bem como os "depósitos" de classe de ocupação 1 e 2.
- Classe C – riscos isolados cujas classes de ocupação sejam 7, 8, 9, 10, 11, 12 ou 13.
CULINÁRIA FÁCIL...
FEIJÃO BRANCO COM PAIO...
Ingredientes
2 xícara de feijão branco
2 paios
2 dentes de alho
2 cebolas médias
2 colher de sopa de pimentão vermelho ou verde (opcional)
2 folhas de louro
3 colheres (sopa) de azeite de oliva
1colher (sopa) de extrato de tomate (opicional)
sal e pimenta-do-reino
Salsinha picadinha
Modo de Preparo
MOUSSE DE CAPPUCCINO
Receita de Mousse Cappuccino
1 envelope de gelatina em pó sem sabor (12g)
1 colher (sopa) de café
3 colheres (sopa) de chocolate em pó solúvel
Acrescente a gelatina previamente dissolvida, conforme as instruções da embalagem, misture tudo muito bem.
Dificuldade: Fácil
Tempo de Preparo: 4 hrs
Tempo de Preparo: 4 hrs
Ingredientes
1 lata de creme de leite
5 ovos, as claras em neve
1 colher (chá) de essência de baunilha
1 xícara (chá) de açúcar
3 colheres (sopa) de rum
Modo de Preparo
Leve ao fogo, em banho-maria, o creme de leite, as gemas e a baunilha, mexendo sempre até engrossar (aprox. 5 minutos).
Acrescente a gelatina previamente dissolvida, conforme as instruções da embalagem, misture tudo muito bem.
Retire do fogo e reserve.
Prepare um suspiro com as claras e o açúcar e junte aos poucos ao creme reservado, misturando delicadamente.
Reparta o creme em duas porções iguais. Junte à primeira o café dissolvido no rum e à segunda, o chocolate em pó peneirado.
Despeje metade de cada creme em tacinhas e leve ao congelador por 3 a 4 horas.
Sirva a seguir.
MENSAGEM...
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