Nr 23 PROTEÇÃO CONTRA
INCENDIOS
CONCEITOS BÁSICOS
PREVENÇÃO
DE INCÊNDIO
Um dos
tópicos abordados na avaliação e planejamento da proteção de uma coletividade é
a prevenção de incêndio.
O termo
"prevenção de incêndio" expressa tanto a educação pública como as
medidas de proteção contra incêndio em um edifício.
A
implantação da prevenção de incêndio se faz por meio de atividades que visam a
evitar o surgimento do sinistro, possibilitar sua extinção e reduzir seus
efeitos antes da chegada do Corpo de Bombeiros.
As
atividades relacionadas com a educação consistem no preparo da população, por
meio da difusão de idéias que divulgam as medidas de segurança, para prevenir o
surgimento de incêndios nas ocupações.
Buscam, ainda, ensinar os procedimentos
a serem adotados pelas pessoas diante de um incêndio, os cuidados a serem
observados com a manipulação de produtos perigosos e também os perigos das
práticas que geram riscos de incêndio.
As
atividades que visam à proteção contra incêndio dos edifícios podem ser agrupadas
em:
1)
atividades relacionadas com as exigências de medidas de proteção contra
incêndio nas diversas ocupações;
2)
atividades relacionadas com a extinção, perícia e coleta de dados dos incêndios
pelos órgãos públicos, que visam aprimorar técnicas de combate e melhorar a
proteção contra incêndio por meio da investigação, estudo dos casos reais e
estudo quantitativo dos incêndios no estado de São Paulo.
A
proteção contra incêndio é definida como medidas tomadas para a detecção e
controle do crescimento do incêndio e sua conseqüente contenção ou extinção.
Essas
medidas dividem-se em:
1)
medidas ativas de proteção que abrangem a detecção, alarme e extinção do fogo
(automática e/ou manual); e
2)
medidas passivas que abrangem o controle dos materiais, meios de escape,
compartimentação e proteção da estrutura do edifício.
OBJETIVOS
DA PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
Os
objetivos da Prevenção são:
1) a
garantia da segurança à vida das pessoas que se encontrarem no interior de um
edifício, quando da ocorrência de um incêndio;
2) a
prevenção da conflagração e propagação do incêndio, envolvendo todo o edifício;
3) a
proteção do conteúdo e a estrutura do edifício;
4)
minimizar os danos materiais de um incêndio.
Esses
objetivos são alcançados pelo:
1)
controle da natureza e da quantidade de materiais combustíveis constituintes e
contidos no edifício;
2)
dimensionamento da compartimentação interna, do distanciamento entre edifícios
e da resistência ao fogo dos elementos de compartimentação;
3)
dimensionamento da proteção e de resistência ao fogo da estrutura do edifício;
4)
dimensionamento de sistemas de detecção e alarme de incêndio e/ou de sistemas
de chuveiros automáticos de extinção de incêndio e/ou equipamentos manuais para
combate;
5)
dimensionamento das rotas de escape e dos dispositivos para controle do
movimento da fumaça.
6)
controle das fontes de ignição e riscos de incêndio;
7) acesso
para os equipamentos de combate a incêndio;
8)
treinamento de pessoal habilitado a combater um princípio de incêndio e
coordenar o abandono seguro da população de um edifício;
9)
gerenciamento e manutenção dos sistemas de proteção contra incêndio instalado;
10)
controle dos danos ao meio ambiente decorrente de um incêndio.
PROPAGAÇÃO
DE FOGO, FUMAÇA E GASES QUENTES
O fogo
pode ser definido como um fenômeno físico-químico onde se tem lugar uma reação
de oxidação com emissão de calor e luz.
Devem
coexistir quatro componentes para que ocorra o fenômeno do fogo:
1)
combustível;
2)
comburente (oxigênio);
3) calor;
4) reação
em cadeia.
Os meios
de extinção se utilizam deste princípio, pois agem por meio da inibição de um
dos componentes para apagar um incêndio.
O
combustível pode ser definido como qualquer substância capaz de produzir calor
por meio da reação química.
O
comburente - substância que alimenta a reação química, sendo mais comum o
oxigênio.
O calor
pode ser definido como uma forma de energia que se transfere de um sistema para
outro em virtude de uma diferença de temperatura. Ele se distingue das outras
formas de energia porque, como o trabalho, só se manifesta num processo de
transformação.
Podemos,
ainda, definir incêndio como sendo o fogo indesejável, qualquer que seja sua
dimensão.
Como foi
dito, o comburente é o oxigênio do ar e sua composição percentual no ar seco, é
de 20,99%; os demais componentes são o nitrogênio com 78,03% e outros gases
(CO2, Ar, H2, He, Ne, Kr) com 0,98%.
O calor,
por sua vez, pode ter como fonte à energia elétrica, o cigarro aceso, os
queimadores a gás, a fricção ou mesmo a concentração da luz solar através de
uma lente.
O fogo se
manifesta diferentemente em função da composição química do material; mas, por
outro lado, um mesmo material pode queimar de modo diferente em função da sua
superfície específica, das condições de exposição ao calor, da oxigenação e da
umidade contida.
A maioria
dos sólidos combustíveis possui um mecanismo seqüencial para sua ignição. O
sólido precisa ser aquecido, quando desenvolve vapores combustíveis que se
misturam com o oxigênio, formando a mistura inflamável (explosiva), a qual, na
presença de uma pequena chama (mesmo fagulha ou centelha) ou em contato com uma
superfície aquecida acima de 500ºC, igniza-se; aparece então a chama na
superfície do sólido, que fornece mais calor, aquecendo mais materiais e assim
sucessivamente.
Alguns
sólidos pirofóricos (sódio, fósforo, magnésio etc.) não se comportam conforme o
mecanismo acima descrito.
Os
líquidos inflamáveis e combustíveis possuem mecanismos semelhantes, ou seja, o
líquido, ao ser aquecido, vaporiza-se e o vapor se mistura com o oxigênio,
formando a "mistura inflamável" (explosiva) que na presença de uma
pequena chama (mesmo fagulha ou centelha) ou em contato com superfícies
aquecidas acima de 500ºC, ignizam-se e aparece então a chama na superfície do
líquido, que aumenta a vaporização e a chama. A quantidade de chama fica
limitada à capacidade de vaporização do liquido.
Os
líquidos são classificados pelo seu ponto de fulgor, ou seja, pela menor
temperatura na qual liberam uma quantidade de vapor que ao contato com uma
chama produz um lampejo (uma queima instantânea).
Existe,
entretanto, uma outra classe de líquidos, denominados instáveis ou reativos,
cuja característica é de se polimerizar, decompor ou condensar violentamente ou
ainda, de se tornar auto-reativo sob condições de choque, pressão ou
temperatura, podendo desenvolver grande quantidade de calor.
A mistura
inflamável vapor-ar (gás-ar) possui uma faixa ideal de concentração para se
tornar inflamável ou explosiva, e os limites dessa faixa são denominados limite
inferior de inflamabilidade e limite superior de inflamabilidade, expressos em
porcentagem ou volume.
Estando a
mistura fora desses limites não ocorrerá a ignição.
Os
materiais sólidos não queimam por mecanismos tão precisos e característicos
como os dos líquidos e gases.
Nos
materiais sólidos, a área especifica é um fator importante para determinar sua
razão de queima, ou seja, a quantidade do material queimado na unidade de
tempo, que está associado à quantidade de calor gerado e, portanto, à elevação
da temperatura do ambiente.
Um material sólido com igual massa e com área
específica diferente, por exemplo, de 1 m2 e 10 m2, queima em tempos
inversamente proporcionais; porém, libera a mesma quantidade de calor. No
entanto, a temperatura atingida no segundo caso será bem maior.
Por outro
lado, não se pode afirmar que isto é sempre verdade, no caso da madeira,
observa-se que, quando apresentada em forma de serragem, ou seja, com áreas
especificas grandes, não se queima com grande rapidez.
Comparativamente,
a madeira em forma de pó pode formar uma mistura explosiva com o ar,
comportando-se desta maneira como um gás que possui velocidade de queima muito
grande.
No
mecanismo de queima dos materiais sólidos temos a oxigenação como um outro
fator de grande importância.
Quando a
concentração em volume de oxigênio no ambiente cai para valores abaixo de 14%,
a maioria dos materiais combustíveis existentes no local não mantém a chama na
sua superfície.
A duração
do fogo é limitada pela quantidade de ar e do material combustível no local.
EVOLUÇÃO
DE UM INCÊNDIO
A
evolução do incêndio em um local pode ser representada por um ciclo com três
fases características:
1) Fase
inicial de elevação progressiva da temperatura (ignição);
2) Fase
de aquecimento;
3) Fase
de resfriamento e extinção;
A
primeira fase inicia-se como ponto de inflamação inicial e caracteriza-se por
grandes variações de temperatura de ponto a ponto, ocasionadas pela inflamação
sucessiva dos objetos existentes no recinto, de acordo com a alimentação de ar.
Normalmente
os materiais combustíveis (materiais passíveis de se ignizarem) e uma variedade
de fontes de calor coexistem no interior de uma edificação.
A
manipulação acidental destes elementos é, potencialmente, capaz de criar uma
situação de perigo.
Os focos
de incêndio, deste modo, originam-se em locais onde fonte de calor e materiais
combustíveis são encontrados juntos, de tal forma que ocorrendo a decomposição
do material pelo calor são desprendidos gases que podem se inflamar.
Considerando-se
que diferentes materiais combustíveis necessitam receber diferentes níveis de
energia térmica para que ocorra a ignição é necessário que as perdas de calor
sejam menores que a soma de calor proveniente da fonte externa e do calor
gerado no processo de combustão.
Neste
sentido, se a fonte de calor for pequena, ou a massa do material a ser ignizado
for grande, ou, ainda, a sua temperatura de ignição for muito alta, somente
irão ocorrer danos locais sem a evolução do incêndio.
Se a
ignição definitiva for alcançada, o material continuará a queimar desenvolvendo
calor e produtos de decomposição. A temperatura subirá progressivamente,
acarretando a acumulação de fumaça e outros gases e vapores junto ao teto.
Há, neste
caso, a possibilidade de o material envolvido queimar totalmente sem
proporcionar o envolvimento do resto dos materiais contidos no ambiente ou dos
materiais constituintes dos elementos da edificação. De outro modo, se houver
caminhos para a propagação do fogo, através de convecção ou radiação, em
direção aos materiais presentes nas proximidades, ocorrerá simultaneamente à
elevação da temperatura do recinto e o desenvolvimento de fumaça e gases
inflamáveis.
Com a
evolução do incêndio e a oxigenação do ambiente, através de portas e janelas, o
incêndio ganhará ímpeto; os materiais passarão a ser aquecidos por convecção e
radiação acarretando um momento denominado de "inflamação generalizada -
Flash Over", que se caracteriza pelo envolvimento total do ambiente pelo
fogo e pela emissão de gases inflamáveis através de portas e janelas, que se
queimam no exterior do edifício.
Neste
momento torna-se impossível a sobrevivência no interior do ambiente.
O tempo
gasto para o incêndio alcançar o ponto de Inflamação generalizada é
relativamente curto e depende, essencialmente, dos revestimentos e acabamentos
utilizados no ambiente de origem, embora as circunstâncias em que o fogo comece
a se desenvolver exerçam grande influência.
A
possibilidade de um foco de incêndio extinguir ou evoluir para um grande
incêndio depende, basicamente dos seguintes fatores:
1)
quantidade, volume e espaçamento dos materiais combustíveis no local;
2)
tamanho e situação das fontes de combustão;
3) área e
locação das janelas;
4)
velocidade e direção do vento;
5) a
forma e dimensão do local.
Pela
radiação emitida por forros e paredes, os materiais combustíveis que ainda não
queimaram, são pré-aquecidos à temperatura próxima da sua temperatura de
ignição.
Se estes
fatores criarem condições favoráveis ao crescimento do fogo, a inflamação
generalizada irá correr e todo o compartimento será envolvido pelo fogo.
A partir
dai, o incêndio irá se propagar para outros compartimentos da edificação seja
por convecção de gases quentes no interior da casa ou através do exterior, na
medida em que as chamas que saem pelas aberturas (portas e janelas) podem
transferir fogo para o pavimento superior, quando este existir, principalmente
através das janelas superiores.
A fumaça,
que já na fase anterior è Inflamação generalizada, pode ter-se espalhado no
interior da edificação, se intensifica e se movimenta perigosamente no sentido
ascendente, estabelecendo, em instantes, condições críticas para a
sobrevivência na edificação.
Caso a
proximidade entre as fachadas da edificação incendiada e as adjacentes
possibilite a incidência de intensidades críticas de radiação, o incêndio
poderá se propagar (por radiação) para outras habitações, configurando uma
conflagração.
A
proximidade ainda maior entre habitações pode estabelecer uma situação ainda
mais crítica para a ocorrência da conflagração na medida em que o incêndio se
alastrar muito rapidamente por contato direto das chamas entre as fachadas.
No caso
de habitações agrupadas em bloco, a propagação do incêndio entre unidades
poderá se dar por condução de calor via paredes e forros, por destruição destas
barreiras, ou ainda, através da convecção de gases quentes que venham a
penetrar por aberturas existentes.
Com o
consumo do combustível existente no local ou decorrente da falta de oxigênio, o
fogo pode diminuir de intensidade, entrando na fase de resfriamento e
conseqüente extinção.
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A EVOLUÇÃO DE UM INCÊNDIO
Os
fatores que contribuem para a evolução de um incêndio, já citados acima, estão
relacionados com a transmissão de calor que ocorre de três formas fundamentais:
1) por
condução, ou seja, através de um material sólido de uma região de temperatura
elevada em direção a uma outra região de baixa temperatura;
2) por
convecção, ou seja, por meio de um fluido líquido ou gás, entre dois corpos
submersos no fluido, ou entre um corpo e o fluido;
3) por
radiação, ou seja, por meio de um gás ou do vácuo, na forma de energia
radiante.
Num
incêndio as três formas geralmente são concomitantes, embora em determinado
momento uma delas seja predominante.
INFLUÊNCIA
DO CONTEÚDO COMBUSTÍVEL (CARGA DE INCÊNDIO)
O
desenvolvimento e a duração de um incêndio são influenciados pela quantidade de
combustível a queimar.
Com ele,
a duração decorre dividindo-se a quantidade de combustível pela taxa ou
velocidade de combustão.
Portanto
pode-se definir um parâmetro que exprime o poder calorífico médio da massa de
materiais combustíveis por unidade de área de um local, que se denomina carga
de incêndio específica (ou térmico) unitário e corresponde à carga de incêndio
específica (fire load density).
Na carga
de incêndio estão incluídos os componentes de construção, tais como
revestimentos de piso, forro, paredes, divisórias etc. (denominada carga de
incêndio incorporada), mas também todo o material depositado na edificação,
tais como peças de mobiliário, elementos de decoração, livros, papéis, peças de
vestiário e materiais de consumo (denominada carga de incêndio temporal).
INFLUÊNCIA
DA VENTILAÇÃO
Durante
um incêndio o calor emana gases dos materiais combustíveis, que podem em
decorrência da variação de temperatura interna e externa a edificação, ser mais
ou menos densos que o ar.
Esta
diferença de temperatura provoca um movimento ascensional dos gases que são
paulatinamente substituídos pelo ar que adentra a edificação por meio das janelas
e portas.
Disto
ocorre uma constante troca entre o ambiente interno e externo, com a saída dos
gases quentes e fumaça e a entrada de ar.
Em um
incêndio ocorrem dois casos típicos, que estão relacionados com a ventilação e
com a quantidade de combustível em chama.
No
primeiro caso, no qual a vazão de ar que adentra ao interior da edificação
incendiada for superior á necessidade da combustão dos materiais, temos um fogo
aberto, aproximando-se a uma queima de combustível ao ar livre, cuja característica
será de uma combustão rápida.
No
segundo caso, no qual a entrada de ar é controlada, ou deficiente em
decorrência de pequenas aberturas externas, temos um incêndio com duração mais
demorada, cuja queima é controlada pela quantidade de combustível, ou seja,
pela carga incêndio. Na qual a estrutura da edificação estará sujeita a
temperaturas elevadas por um tempo maior de exposição, até que ocorra a queima
total do conteúdo do edifício.
Em
resumo, a taxa de combustão de um incêndio pode ser determinada pela velocidade
do suprimento de ar, estando implicitamente relacionada com a quantidade de
combustível e sua disposição da área do ambiente em chamas e das dimensões das
aberturas.
Deste
conceito decorre a importância da forma e quantidade de aberturas em uma
fachada.
MECANISMOS DE MOVIMENTAÇÃO DOS GASES QUENTES
Quando se
tem um foco de fogo num ambiente fechado, numa sala, por exemplo, o calor
destila gases combustíveis do material e há ainda a formação de outros gases
devido à combustão dos gases destilados.
Estes
gases podem ser mais ou menos densos de acordo com a sua temperatura, a qual é
sempre maior do que e ambiente e, portanto, possuem uma força de flutuação com
movimento ascensional bem maior que o movimento horizontal.
Os gases
quentes vão-se acumulando junto ao forro e se espalhando por toda a camada
superior do ambiente, penetrando nas aberturas existentes no local.
Os gases
quentes, assim como a fumaça, gerados por uma fonte de calor (material em
combustão), fluem no sentido ascendente com formato de cone Invertido.
EFEITOS
DA FUMAÇA
Associadas
ao incêndio e acompanhando o fenômeno da combustão, aparecem, em geral, quatro
causas determinantes de uma situação perigosa:
1) calor;
2)
chamas;
3)
fumaça;
4)
insuficiência de oxigênio.
Do ponto
de vista de segurança das pessoas, entre os quatro fatores considerados, a
fumaça indubitavelmente causa danos mais greves, e, portanto, deve ser o fator
mais importante a ser considerado.
A fumaça
pode ser definida como uma mistura complexa de sólidos em suspensão, vapores e
gases, desenvolvida quando um material sofre o processo de pirólise
(decomposição por efeito do calor) ou combustão.
Os
componentes desta mistura, associados ou não, influem diferentemente sobre as
pessoas, ocasionando os seguintes efeitos:
1)
diminuição da visibilidade devido à atenuação luminosa do local;
2)
lacrimejamento e irritações dos olhos;
3)
modificação de atividade orgânica pela aceleração da respiração e batidas
cardíacas;
4) medo;
5)
desorientação;
6)
Intoxicação e asfixia;
7)
vômitos e tosse.
A redução
da visibilidade do local impede e locomoção das pessoas fazendo com que fiquem
expostas por tempo maior aos gases e vapores tóxicos. Estes, por sua vez,
causam a morte se estiverem presentes em quantidade suficiente e se as pessoas
ficarem expostas durante o tempo que acarreta esta ação.
Daí
decorre a importância em se entender o comportamento da fumaça em uma
edificação.
A
propagação da fumaça está diretamente relacionada com a taxa de elevação da
temperatura; portanto, a fumaça desprendida por qualquer material, desde que
exposta à mesma taxa de elevação da temperatura, gerará igual propagação.
Se
conseguirmos determinar os valores de densidade ótica da fumaça e da toxicidade
na saída de um ambiente sinistrado, poderemos estudar o movimento do fluxo de
ar quente e, então, será possível determinar o tempo e a área do edifício que
se tornará perigosa, devido à propagação da fumaça.
A
movimentação da fumaça através de corredores e escadas dependerá, sobretudo das
aberturas existentes e da velocidade do ar nestes locais, porém, se o mecanismo
de locomoção for considerado em relação às características do
"Plume", pode-se, então, estabelecer uma correlação com o fluxo de
água. Em casos em que exista um exaustor de seção quadrada menor que e largura
do corredor; e se a fumaça vier fluindo em sua direção, parte desta fumaça será
exaurida e grande parte passará direta e continuará fluindo para o outro lado.
No entanto, se o fluxo de fumaça exaurir-se através de uma abertura que possua
largura igual à do corredor, a fumaça será retirada totalmente.
Foi
verificado que quanto mais a fumaça se alastrar, menor será a espessura de sua
camada, e que a velocidade de propagação de fumaça na direção horizontal, no
caso dos corredores, está em torno de 1 m/s, e na direção vertical, no caso das
escadas, está entre 2 m/s e 3 m/s.
PROCESSO
DE CONTROLE DE FUMAÇA
O
processo de Controle de Fumaça necessário em cada edifício para garantir a
segurança de seus ocupantes contra o fogo e fumaça é baseado nos princípios de
engenharia. O processo deve ter a flexibilidade e a liberdade de seleção de
método e da estrutura do sistema de segurança para promover os requisitos num
nível de segurança que se deseja.
Em outras
palavras, o objetivo do projeto da segurança de prevenção ao fogo (fumaça) é
obter um sistema que satisfaça as conveniências das atividades diárias, devendo
ser econômico, garantindo a segurança necessária sem estar limitado por método
ou estruturas especiais prefixados.
Existem
vários meios para controlar o movimento da fumaça, e todos eles têm por
objetivo encontrar um meio ou um sistema levando-se em conta as características
de cada edifício.
Como
condições que tem grande efeito sobre o movimento da fumaça no edifício,
podem-se citar:
1) momento
(época do ano) da ocorrência do incêndio;
2)
condições meteorológicas (direção e velocidade e coeficiente de pressão do
vento e temperatura do ar);
3)
localização do início do fogo;
4)
resistência ao fluxo do ar das portas, janelas, dutos e chaminés;
5)
distribuição da temperatura no edifício (ambiente onde está ocorrendo o fogo,
compartimentos em geral, caixa da escada, dutos e chaminés).
Devem-se
estabelecer os padrões para cada uma destas condições.
Entende-se
como momento de ocorrência do incêndio a época do ano (verão/inverno) em que
isto possa ocorrer, pois, para o cálculo, deve-se levar em conta a diferença de
temperatura existente entre o ambiente interno e o externo ao edifício. Esta
diferença será grande, caso sejam utilizados aquecedores ou ar condicionado no
edifício.
As
condições meteorológicas devem ser determinadas pelos dados estatísticos
meteorológicos da região na qual está situado o edifício, para as estações
quentes e frias.
Pode-se
determinar a temperatura do ar, a velocidade do vento, coeficiente de pressão
do vento e a direção do vento.
O andar
do prédio onde se iniciou o incêndio deve ser analisado, considerando-se o
efeito da ventilação natural (movimento ascendente ou descendente da fumaça)
através das aberturas ou dutos durante o período de utilização, ou seja, no
inverno o prédio é aquecido e no verão, resfriado. Considerando-se esses dados,
os estudos devem ser levados a efeito nos andares inferiores no inverno
(térreo, sobreloja e segundo andar) ou nos andares superiores e inferiores no
verão (os dois últimos andares do prédio e térreo).
Em muitos
casos, existem andares que possuem características perigosas, pois propiciam a
propagação de fumaça caso ocorra incêndio neste local. Em adição, para tais
casos, é necessário um trabalho mais aprofundado para estudar as várias
situações de mudança das condições do andar, por exemplo, num edifício com
detalhes especiais de construção.
Com
relação ao compartimento de origem do fogo, devem-se levar em consideração os
seguintes requisitos para o andar em questão:
1)
compartimento densamente ocupado, com ocupações totalmente distintas;
2) o
compartimento apresenta grande probabilidade de iniciar o incêndio;
3) o
compartimento possui características de difícil controle da fumaça.
Quando existirem
vários compartimentos que satisfaçam estas condições, devem-se fazer estudos em
cada um deles, principalmente se as medidas de controle de fumaça determinadas
levarem a resultados bastante diferentes.
O valor
da resistência ao fluxo do ar das aberturas à temperatura ambiente pode ser
facilmente obtido a partir de dados de projeto de ventilação, porém é muito
difícil estimar as condições das aberturas das janelas e portas numa situação
de incêndio.
Para se
determinar as temperaturas dos vários ambientes do edifício deve-se considerar
que os mesmos não sofreram modificações com o tempo.
A
temperatura média no local do fogo é considerada 900ºC com o Incêndio
totalmente desenvolvido no compartimento.
ISOLAMENTO
DE RISCO
A
Propagação do incêndio entre edifícios isolados pode se dar através dos
seguintes mecanismos:
1)
Radiação térmica, emitida:
a)
através das aberturas existentes na fachada do edifício incendiado;
b)
através da cobertura do edifício incendiado;
c) pelas
chamas que saem pelas aberturas na fachada ou pela cobertura;
d) pelas
chamas desenvolvidas pela própria fachada, quando esta for composta por
materiais combustíveis;
2)
Convecção, que ocorre quando os gases quentes emitidos pelas aberturas
existentes na fachada ou pela cobertura do edifício incendiado atinjam a
fachada do edifício adjacente;
3)
Condução, que ocorre quando as chamas da edificação ou parte da edificação
contígua a uma outra, atingem a esta transmitindo calor e incendiando a mesma.
Desta
forma há duas maneiras de isolar uma edificação em relação à outra. São:
1) por
meio de distanciamento seguro (afastamento) entre as fachadas das edificações;
2) por
meio de barreiras estanques entre edifícios contíguos;
Com a
previsão das paredes corta-fogo, uma edificação é considerada totalmente
estanque em relação à edificação contígua.
O
distanciamento seguro entre edifícios pode ser obtido por meio de uma distância
mínima horizontal entre fachadas de edifícios adjacentes, capaz de evitar a
propagação de incêndio entre os mesmos, decorrente do calor transferido por
radiação térmica através da fachada e/ou por convecção através da cobertura.
Em ambos
os casos o incêndio irá se propagar, ignizando através das aberturas, os
materiais localizados no interior dos edifícios adjacentes e/ou ignizando
materiais combustíveis localizados em suas próprias fachadas.
COMPARTIMENTAÇÃO
VERTICAL E HORIZONTAL
A partir
da ocorrência de inflamação generalizada no ambiente de origem do incêndio,
este poderá propagar-se para outros ambientes através dos seguintes mecanismos
principais:
1)
convecção de gases quentes dentro do próprio edifício;
2)
convecção dos gases quentes que saem pelas janelas (incluindo as chamas)
capazes de transferir o fogo para pavimentos superiores;
3)
condução de calor através das barreiras entre compartimentos;
4)
destruição destas barreiras.
Frente à
necessidade de limitação da propagação do incêndio, a principal medida a ser
adotada consiste na compartimentação, que visa dividir o edifício em células
capacitadas a suportar a queima dos materiais combustíveis nelas contidos,
impedindo o alastramento do incêndio.
Os
principais propósitos da compartimentação são:
1) conter
o fogo em seu ambiente de origem;
2) manter
as rotas de fuga seguras contra os efeitos do incêndio;
3)
facilitar as operações de resgate e combate ao incêndio.
A
capacidade dos elementos construtivos de suportar a ação do incêndio
denomina-se "resistência ao fogo" e se refere ao tempo durante o qual
conservam suas características funcionais (vedação e/ou estrutural).
O método
utilizado para determinar a resistência ao fogo consiste em expor um protótipo
(reproduzindo tanto quanto possível as condições de uso do elemento construtivo
no edifício), a uma elevação padronizada de temperatura em função do tempo.
Ao longo do
tempo são feitas medidas e observações para determinar o período no qual o
protótipo satisfaz a determinados critérios relacionados com a função do
elemento construtivo no edifício.
O
protótipo do elemento de compartimentação deve obstruir a passagem do fogo
mantendo, obviamente, sua integridade (recebe por isto a denominação de
corta-fogo).
A
elevação padronizada de temperatura utilizada no método para determinação da
resistência ao fogo constitui-se em uma simplificação das condições encontradas
nos incêndios e visa reproduzir somente a fase de inflamação generalizada.
Deve-se
ressaltar que, de acordo com a situação particular do ambiente incendiado, irão
ocorrer variações importantes nos fatores que determinam o grau de severidade
de exposição, que são:
1)
duração da fase de inflamação generalizada;
2)
temperatura média dos gases durante esta fase;
3) fluxo
de calor médio através dos elementos construtivos.
Os
valores de resistência ao fogo a serem requeridos para a compartimentação na
Especificação foram obtidos tomando-se por base:
1) a
severidade (relação temperatura x tempo) típica do incêndio;
2) a
severidade obtida nos ensaios de resistência ao fogo.
A
severidade típica do incêndio é estimada de acordo com a variável ocupação
(natureza das atividades desenvolvidas no edifício).
A
compartimentação horizontal se destina a impedir a propagação do incêndio de
forma que grandes áreas sejam afetadas, dificultando sobremaneira o controle do
incêndio, aumentando o risco de ocorrência de propagação vertical e aumentando
o risco à vida humana.
A
compartimentação horizontal pode ser obtida através dos seguintes dispositivos:
1)
paredes e portas corta-fogo;
2)
registros corta-fogo nos dutos que traspassam as paredes corta-fogo;
3)
selagem corta-fogo da passagem de cabos elétricos e tubulações das paredes
corta-fogo;
afastamento
horizontal entre janelas de setores compartimentados.
A
compartimentação vertical se destina a impedir o alastramento do incêndio entre
andares e assume caráter fundamental para o caso de edifícios altos em geral.
A
compartimentação vertical deve ser tal que cada pavimento componha um
compartimento isolado, para isto são necessários:
1) lajes
corta-fogo;
2)
enclausuramento das escadas através de paredes e portas corta-fogo;
3)
registros corta-fogo em dutos que intercomunicam os pavimentos;
4)
selagem corta-fogo de passagens de cabos elétricos e tubulações, através das
lajes;
5)
utilização de abas verticais (parapeitos) ou abas horizontais projetando-se
além da fachada, resistentes ao fogo e separando as janelas de pavimentos
consecutivos (neste caso é suficiente que estes elementos mantenham suas
características funcionais, obstruindo desta forma a livre emissão de chamas
para o exterior).
RESISTÊNCIA
AO FOGO DAS ESTRUTURAS
Uma vez
que o incêndio atingiu a fase de inflamação generalizada, os elementos
construtivos no entorno de fogo estarão sujeitos à exposição de intensos fluxos
de energia térmica.
A
capacidade dos elementos estruturais de suportar por determinado período tal
ação, que se denomina de resistência ao fogo, permite preservar a estabilidade
estrutural do edifício.
Durante o
incêndio a estrutura do edifício como um todo estará sujeita a esforços
decorrentes de deformações térmicas, e os seus materiais constituintes estarão
sendo afetados (perdendo resistência) por atingir temperaturas elevadas.
O efeito global das mudanças promovidas pelas altas temperaturas alcançadas nos incêndios sobre a estrutura do edifício, traduz-se na diminuição progressiva da sua capacidade portante.
Durante este processo pode ocorrer que, em determinado instante, o esforço atuante em uma seção se iguale ao esforço resistente, podendo ocorrer o colapso do elemento estrutural.
Os objetivos principais de garantir a resistência ao fogo dos elementos estruturais são:
1)
Possibilitar a saída dos ocupantes da edificação em condições de segurança;
2)
Garantir condições razoáveis para o emprego de socorro público, onde se permita
o acesso operacional de viaturas, equipamentos e seus recursos humanos, com
tempo hábil para exercer as atividades de salvamento (pessoas retidas) e
combate a incêndio (extinção);
3) Evitar
ou minimizar danos ao próprio prédio, a edificações adjacentes, à
infra-estrutura pública e ao meio ambiente.
Em suma,
as estruturas dos edifícios, principalmente as de grande porte,
independentemente dos materiais que as constituam, devem ser dimensionadas, de
forma a possuírem resistência ao fogo compatível com a magnitude do incêndio
que possam vir a ser submetidas.
MATERIAIS
Embora os materiais combustíveis contidos no edifício e constituintes do sistema construtivo possam ser responsáveis pelo início do incêndio, muito freqüentemente são os materiais contidos no edifício que se ignizam em primeiro lugar.
À medida que as chamas se espalham sobre a superfície do primeiro objeto ignizado e, talvez, para outros objetos contíguos, o processo de combustão torna-se mais fortemente influenciado por fatores característicos do ambiente.
Se a disponibilidade de ar for assegurada, a temperatura do compartimento subirá rapidamente e uma camada de gases quentes se formará abaixo do teto, sendo que intensos fluxos de energia térmica radiante se originarão, principalmente, a partir do teto aquecido.
Os materiais combustíveis existentes no compartimento, aquecidos por convecção e radiação, emitirão gases inflamáveis. Isto levará a uma inflamação generalizada e todo o ambiente tornar-se-á envolvido pelo fogo, sendo que e os gases que não queimam serão emitidos pelas aberturas do compartimento.
A possibilidade de um foco de incêndio extinguir-se ou evoluir em um grande incêndio (atingir a fase de inflamação generalizada) depende de três fatores principais:
1) Razão
de desenvolvimento de calor pelo primeiro objeto ignizado;
2)
Natureza, distribuição e quantidade de materiais combustíveis no compartimento
incendiado;
3)
Natureza das superfícies dos elementos construtivos sob o ponto de vista de
sustentar a combustão a propagar as chamas.
Os dois primeiros fatores dependem largamente dos materiais contidos no compartimento. O primeiro está absolutamente fora do controle do projetista. Sobre o segundo é possível conseguir-se no máximo, um controle parcial. O terceiro fator está, em grande medida, sob o controle do projetista, que pode adicionar minutos preciosos ao tempo da ocorrência da inflamação generalizada, pela escolha criteriosa dos materiais de revestimento.
Quando os materiais de revestimento são expostos a uma situação de início de incêndio, a contribuição que possa vir a trazer para o seu desenvolvimento, ao sustentar a combustão, e possibilitar a propagação superficial das chamas, denomina-se "reação ao fogo".
As características de reação ao fogo dos materiais, utilizadas como revestimento dos elementos construtivos, podem ser avaliadas em laboratórios, obtendo-se assim subsídios para a seleção dos materiais na fase de projeto da edificação.
Os métodos de ensaio utilizados em laboratório para estas avaliações estipulam condições padronizadas a que os materiais devem ser expostos, que visam a reproduzir certas situações críticas, características dos incêndios antes de ocorrência de inflamação generalizada.
O desempenho que a superfície de um elemento construtivo deve apresentar, para garantir um nível mais elevado de segurança contra incêndio, deve ser retirado de uma correlação entre os índices ou categorias obtidos nos ensaios e a função do elemento construtivo (conseqüentemente, sua provável influência no incêndio).
A influência de determinado elemento construtivo na evolução de um incêndio se manifesta de duas maneiras distintas.
A primeira delas se refere à posição relativa do elemento no ambiente, por exemplo, a propagação de chamas na superfície inferior do forro é fator comprovadamente mais crítico para o desenvolvimento do incêndio do que a propagação de chamas no revestimento do piso, pois a transferência de calor, a partir de um foco de incêndio, é, em geral muito mais intensa no forro; neste sentido o material de revestimento do forro deve apresentar um melhor desempenho nos ensaios de laboratório.
O outro tipo de influência se deve ao local onde o material está instalado: por exemplo, a propagação de chamas no forro posicionado nas proximidades das janelas, em relação ao forro afastado das janelas, a fator acentuadamente mais crítico para a transferência do incêndio entre pavimentos, pois além de sua eventual contribuição para a emissão de chamas para o exterior, estará mais exposto (quando o incêndio se desenvolver em um pavimento inferior) a gases quentes e chamas emitidas através das janelas inferiores.
Algo semelhante se dá em relação à propagação do incêndio entre edifícios, onde os materiais combustíveis incorporados aos elementos construtivos nas proximidades das fachadas podem facilitar a propagação do incêndio entre edifícios.
Os dois métodos de ensaio básicos para avaliar as características dos materiais constituintes do sistema construtivo, sob o ponto de vista de sustentar a combustão e propagar as chamas, são os seguintes;
1) Ensaio
de incombustibilidade que possibilitam verificar se os materiais são passíveis
de sofrer a ignição e, portanto, estes ensaios possuem capacidade de contribuir
para a evolução da prevenção de incêndio;
2) Ensaio
da propagação superficial de chamas, por meio do qual os materiais passíveis de
se ignizarem (materiais combustíveis de revestimento) podem ser classificados
com relação à rapidez de propagação superficial de chamas e a quantidade de
calor desenvolvido neste processo.
Uma outra característica que os materiais incorporados aos elementos construtivos apresentam, diz respeito a fumaça que podem desenvolver à medida em que são expostos a uma situação de início de incêndio. Em função da quantidade de fumaça que podem produzir e da opacidade desta fumaça, os materiais incorporados aos elementos construtivos podem provocar empecilhos importantes à fuga das pessoas e ao combate do incêndio.
Para avaliar esta característica deve-se utilizar o método de ensaio para determinação da densidade ótica da fumaça produzida na combustão ou pirólise dos materiais.
O controle da quantidade de materiais combustíveis incorporados aos elementos construtivos apresenta dois objetivos distintos. O primeiro é dificultar a ocorrência da inflamação generalizada no local em que o incêndio se origina. O segundo, considerando que a inflamação generalizada tenha ocorrido, é limitar a severidade além do ambiente em que se originou.
Com relação ao primeiro objetivo, a utilização intensiva de revestimentos combustíveis capazes de contribuir para o desenvolvimento do incêndio ao sofrerem a ignição e ao levar as chamas para outros objetos combustíveis além do material / objeto onde o fogo se iniciou.
Com relação ao segundo objetivo, quanto maior for a quantidade de materiais combustíveis envolvidos no incêndio maior severidade este poderá assumir, aumentando assim o seu potencial de causar danos e a possibilidade de se propagar para outros ambientes do edifício.
O método para avalizar a quantidade de calor com que os materiais incorporados aos elementos construtivos podem contribuir para o desenvolvimento do incêndio é denominado "ensaio para determinação do calor potencial".
SAÍDA DE
EMERGÊNCIA
Para salvaguardar a vida humana em caso de incêndio é necessário que as edificações sejam dotadas de meios adequados de fuga, que permitam aos ocupantes se deslocarem com segurança para um local livre da ação do fogo, calor e fumaça, a partir de qualquer ponto da edificação, independentemente do local de origem do incêndio.
Além disso, nem sempre o incêndio pode ser combatido pelo exterior do edifício, decorrente da altura do pavimento onde o fogo se localiza ou pela extensão do pavimento (edifícios térreos).
Nestes casos, há a necessidade da brigada de incêndio ou do Corpo de Bombeiros de adentrar ao edifício pelos meios internos a fim de efetuar ações de salvamento ou combate.
Estas ações devem ser rápidas e seguras, e normalmente utilizam os meios de acesso da edificação, que são as próprias saídas de emergência ou escadas de segurança utilizadas para a evacuação de emergência,
Para isto ser possível as rotas de fuga devem atender, entre outras, as seguintes condições básicas:
O número de saídas difere para os diversos tipos de ocupação, em função da altura, dimensões em planta e características construtivas.
Normalmente o número mínimo de saídas consta de códigos e normas técnicas que tratam do assunto.
A distância máxima a percorrer consiste no caminhamento entre o ponto mais distante de um pavimento até o acesso a uma saída neste mesmo pavimento.
Da mesma forma como o item anterior, essa distância varia conforme o tipo de ocupação e as características construtivas do edifício e a existência de chuveiros automáticos como proteção.
Os valores máximos permitidos constam dos textos de códigos e normas técnicas que tratam do assunto.
O número previsto de pessoas que deverão usar as escadas e rotas de fuga horizontais é baseado na lotação da edificação, calculada em função das áreas dos pavimentos e do tipo de ocupação.
As larguras das escadas de segurança e outras rotas devem permitir desocupar todos os pavimentos em um tempo aceitável como seguro.
Isto indica a necessidade de compatibilizar a largura das rotas horizontais e das portas com a lotação dos pavimentos e de adotar escadas com largura suficiente para acomodar em seus interiores toda a população do edifício.
As normas técnicas e os códigos de obras estipulam os valores das larguras mínimas (denominado de Unidade de Passagem) para todos os tipos de ocupação.
As saídas (para um local seguro) e as escadas devem ser localizadas de forma a propiciar efetivamente aos ocupantes a oportunidade de escolher a melhor rota de escape.
Para isto devem estar suficientemente afastadas uma das outras, uma vez que a previsão de duas escadas de segurança não estabelecerá necessariamente rotas distintas de fuga, pois em função de proximidade de ambas, em um único foco de incêndio poderá torná-las inacessível.
A descarga das escadas de segurança deve se dar preferencialmente para saídas com acesso exclusivo para o exterior, localizado em pavimento ao nível da via pública.
Outras saídas podem ser aceitas, como as diretamente no átrio de entrada do edifício, desde que alguns cuidados sejam tomados, representados por:
1)
sinalização dos caminhos a tomar;
2) saídas
finais alternativas;
3)
compartimentação em relação ao subsolo e proteção contra queda de objetos
(principalmente vidros) devido ao incêndio e etc.
A largura mínima das escadas de segurança varia conforme os códigos e Normas Técnicas, sendo normalmente 2,20 m para hospitais e entre 1,10 m a 1,20 m para as demais ocupações, devendo possuir patamares retos nas mudanças de direção com largura mínima igual à largura da escada.
As escadas de segurança devem ser construídas com materiais incombustíveis, sendo também desejável que os materiais de revestimento sejam incombustíveis.
As escadas de segurança devem possuir altura e largura ergométrica dos degraus, corrimãos corretamente posicionados, piso antiderrapante, além de outras exigências para conforto e segurança.
ESCADAS
DE SEGURANÇA
Todas as escadas de segurança devem ser enclausuradas com paredes resistentes ao fogo e portas corta-fogo. Em determinadas situações estas escadas também devem ser dotadas de antecâmaras enclausuradas de maneira a dificultar o acesso de fumaça no interior da caixa de escada. As dimensões mínimas (largura e comprimento) são determinadas nos códigos e Normas Técnicas.
A antecâmara só deve dar acesso à escada e a porta entre ambas, quando aberta, não deve avançar sobre o patamar da mudança da direção, de forma a prejudicar a livre circulação.
Para prevenir que o fogo e a fumaça desprendidos por meio das fachadas do edifício penetrem em eventuais aberturas de ventilação na escada e antecâmara, deve ser mantida uma distância horizontal mínima entre estas aberturas e as janelas do edifício.
ACESSOS
Quando a rota de fuga horizontal incorporar corredores, o fechamento destes deve ser feito de forma a restringir a penetração de fumaça durante o estágio inicial do incêndio. Para isto suas paredes e portas devem apresentar resistência ao fogo.
Para prevenir que corredores longos se inundem de fumaça, é necessário prever aberturas de exaustão e sua subdivisão com portas à prova de fumaça.
As portas
incluídas nas rotas de fuga não podem ser trancadas, entretanto devem
permanecer sempre fechadas, dispondo para isto de um mecanismo de fechamento
automático.
Alternativamente, estas portas podem permanecer abertas, desde que o fechamento seja acionado automaticamente no momento do incêndio.
Estas portas devem abrir no sentido do fluxo, com exceção do caso em que não estão localizadas na escada ou na antecâmara e não são utilizadas por mais de 50 pessoas. Para prevenir acidentes e obstruções, não devem ser admitidos degraus junto à soleira, e a abertura de porta não deve obstruir a passagem de pessoas nas rotas de fuga.
O único tipo de porta admitida é aquele com dobradiças de eixo vertical com único sentido de abertura.
Dependendo da situação, tais portas podem ser a prova de fumaça, corta fogo ou ambos.
A largura mínima do vão livre deve ser de 0,8 m.
SISTEMA
DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Esse sistema consiste em um conjunto de componentes e equipamentos que, em funcionamento, propicia a iluminação suficiente e adequada para:
1)
permitir a saída fácil e segura do público para o
2)
exterior, no caso de interrupção de alimentação normal;
3)
garantir também a execução das manobras de interesse da segurança e intervenção
de socorro.
A iluminação de emergência para fins de segurança contra incêndio pode ser de dois tipos:
1) de
balizamento;
2) de
aclaramento.
A iluminação de balizamento é aquela associada à sinalização de indicação de rotas de fuga, com a função de orientar a direção e o sentido que as pessoas devem seguir em caso de emergência.
A iluminação de aclaramento se destina a iluminar as rotas de fuga de tal forma que os ocupantes não tenham dificuldade de transitar por elas.
A iluminação de emergência se destina a substituir a iluminação artificial normal que pode falhar em caso de incêndio, por isso deve ser alimentada por baterias ou por moto-geradores de acionamento automático e imediato; a partir da falha do sistema de alimentação normal de energia.
Dois métodos de iluminação de emergência são possíveis:
1)
iluminação permanente, quando as instalações são alimentadas em serviço normal
pela fonte normal e cuja alimentação é comutada automaticamente para a fonte de
alimentação própria em caso de falha da fonte normal;
2)
iluminação não permanente, quando as instalações não são alimentadas em serviço
normal e, em caso de falha da fonte normal, são alimentadas automaticamente
pela fonte de alimentação própria.
Sua previsão deve ser feita nas rotas de fuga, tais como corredores, acessos, passagens antecâmara e patamares de escadas.
Seu posicionamento, distanciamento entre pontos e sua potência são determinados nas Normas Técnicas Oficiais.
ELEVADOR
DE SEGURANÇA
Para o caso de edifícios altos, adicionalmente a escada, é necessária a disposição de elevadores de emergência, alimentada por circuito próprio e concebida de forma a não sofrer interrupção de funcionamento durante o incêndio.
Esses
elevadores devem:
1)
apresentar a possibilidade de serem operados pela brigada do edifício ou pelos
bombeiros.
2) estar
localizados em área protegida dos efeitos do incêndio.
O número de elevadores de emergência necessário a suas localizações são estabelecidos levando-se em conta as áreas dos pavimentos e as distâncias a percorrer para serem alcançados a partir de qualquer ponto do pavimento.
ACESSO A
VIATURAS DO CORPO DE BOMBEIROS
Os equipamentos de combate devem-se aproximar ao máximo do edifício afetado pelo incêndio, de tal forma que o combate ao fogo possa ser iniciado sem demora e não seja necessária a utilização de linhas de mangueiras muito longas.
Para isto, se possível, o edifício deve estar localizado ao longo de vias públicas ou privadas que possibilitam a livre circulação de veículos de combate e o seu posicionamento adequado em relação às fachadas, aos hidrantes e aos acessos ao interior do edifício. Tais vias também devem ser preparadas para suportar os esforços provenientes da circulação, estacionamento a manobras destes veículos.
O número de fachada que deve permitir a aproximação dos veículos de combate deve ser determinado tendo em conta a área de cada pavimento, a altura e o volume total do edifício.
MEIOS DE AVISO
E ALERTA
Sistema
de alarme manual contra incêndio e detecção automática de fogo e fumaça
Quanto
mais rapidamente o fogo for descoberto, correspondendo a um estágio mais
incipiente do incêndio, tanto mais fácil será controlá-lo; além disso, tanto
maiores serão as chances dos ocupantes do edifício escaparem sem sofrer
qualquer injúria.
Uma vez que o fogo foi descoberto, a seqüência de ações normalmente adotada é a seguinte: alertar o controle central do edifício; fazer a primeira tentativa de extinção do fogo, alertar os ocupantes do edifício para iniciar o abandono do edifício, e informar o serviço de combate a incêndios (Corpo de Bombeiros).
A detecção automática é utilizada com o intuito de vencer de uma única vez esta série de ações, propiciando a possibilidade de tomar-se uma atitude imediata de controle de fogo e da evacuação do edifício.
O sistema de detecção e alarme pode ser dividido basicamente em cinco partes:
1)
Detector de incêndio, que se constitui em partes do sistema de detecção que
constantemente ou em intervalos para a detecção de incêndio em sua área de
atuação. Os detectores podem ser divididos de acordo com o fenômeno que
detectar em:
a)
térmicos, que respondem a aumentos da temperatura;
b) de
fumaça, sensíveis a produtos de combustíveis e/ou pirólise suspenso na
atmosfera;
c) de
gás, sensíveis aos produtos gasosos de combustão e/ou pirólise;
d) de
chama, que respondem as radiações emitidas pelas chamas.
2)
Acionador manual, que se constitui em parte do sistema destinada ao acionamento
do sistema de detecção;
3)
Central de controle do sistema, pela qual o detector é alimentado eletricamente
a ter a função de:
a)
receber, indicar e registrar o sinal de perigo enviado pelo detector;
b)
transmitir o sinal recebido por meio de equipamento de envio de alarme de
incêndio para, por exemplo:
• dar o
alarme automático no pavimento afetado pelo fogo;
• dar o
alarme automático no pavimento afetado pelo fogo;
• dar o
alarme temporizado para todo o edifício; acionar uma instalação automática de
extinção de incêndio; fechar portas; etc;
•
controlar o funcionamento do sistema;
•
possibilitar teste.
4)
Avisadores sonoros e/ou visuais, não incorporados ao painel de alarme, com
função de, por decisão humana, dar o alarme para os ocupantes de determinados
setores ou de todo o edifício;
5) Fonte
de alimentação de energia elétrica, que deve garantir em quaisquer
circunstâncias o funcionamento do sistema.
O tipo de detector a ser utilizado depende das características dos materiais do local e do risco de incêndio ali existente. A posição dos detectores também é um fator importante e a localização escolhida (normalmente junto à superfície inferior do forro) deve ser apropriada à concentração de fumaça e dos gases quentes.
Para a
definição dos aspectos acima e dos outros necessários ao projeto do sistema de
detecção automática devem ser utilizadas as normas técnicas vigentes.
O sistema de detecção automática deve ser instalado em edifícios quando as seguintes condições sejam simultaneamente preenchidas:
1) início
do incêndio não pode ser prontamente percebido de qualquer parte do edifício
pelos seus ocupantes;
2) grande
número de pessoas para evacuar o edifício;
3) tempo
de evacuação excessivo;
4) risco
acentuado de início e propagação do incêndio;
5) estado
de inconsciência dos ocupantes (sono em hotel, hospitais etc);
6)
incapacitação dos ocupantes por motivos de saúde (hospitais, clínicas com
internação).
Os acionadores manuais devem ser instalados em todos os tipos de edifício, exceto nos de pequeno porte onde o reconhecimento de um princípio de incêndio pode ser feito simultaneamente por todos os ocupantes, não comprometendo a fuga dos mesmos ou possíveis tentativas de extensão.
Os acionadores manuais devem ser instalados mesmo em edificações dotadas de sistema de detecção automática e/ou extinção automática, já que o incêndio pode ser percebido pelos ocupantes antes de seus efeitos sensibilizarem os detectores ou os chuveiros automáticos.
A partir daí, os ocupantes que em primeiro lugar detectarem o incêndio, devem ter rápido acesso a um dispositivo de acionamento do alarme, que deve ser devidamente sinalizado a propiciar facilidade de acionamento.
Os acionadores manuais devem ser instalados nas rotas de fuga, de preferência nas proximidades das saídas (nas proximidades das escadas de segurança, no caso de edifícios de múltiplos pavimentos). Tais dispositivos devem transmitir um sinal de uma estação de controle, que faz parte integrante do sistema, a partir do qual as necessárias providências devem ser tomadas.
SINALIZAÇÃO
A sinalização de emergência utilizada para informar e guiar os ocupantes do edifício, relativamente a questões associadas aos incêndios, assume dois objetivos:
1)
reduzir a probabilidade de ocorrência de incêndio;
2)
indicar as ações apropriadas em caso de incêndio.
O primeiro objetivo tem caráter preventivo e assume as funções de:
1)
alertar para os riscos potenciais;
2)
requerer ações que contribuam para a segurança contra incêndio;
3)
proibir ações capazes de afetar a segurança contra incêndio.
O segundo objetivo tem caráter de proteção, e assume as funções de:
1)
indicar a localização dos equipamentos de combate;
2)
orientar as ações as de combate;
3)
indicar as rotas de fuga e os caminhos a serem seguidos.
A sinalização de emergência deve ser dividida de acordo com suas funções em seis categorias:
1)
sinalização de alerta, cuja função é alertar para áreas e materiais com
potencial de risco;
2)
sinalização de comando, cuja função é requerer ações que condições adequadas
para a utilização das rotas de fuga;
3)
sinalização de proibição, cuja função é proibir ações capazes de conduzir ao
início do incêndio;
4)
sinalização de condições de orientação e salvamento, cuja função é indicar as
rotas de saída e ações necessárias para o seu acesso;
5)
sinalização dos equipamentos de combate, cuja função é indicar a localização e
os tipos dos equipamentos de combate.
EXTINTORES
PORTÁTEIS E EXTINTORES SOBRE
RODAS (CARRETAS).
O
extintor portátil é um aparelho manual, constituído de recipiente e acessório,
contendo o agente extintor, destinado a combater princípios de incêndio.
O extintor sobre rodas (carreta) também é constituído em um único recipiente com agente extintor para extinção do fogo, porém com capacidade de agente extintor em maior quantidade.
As previsões destes equipamentos nas edificações decorrem da necessidade de se efetuar o combate ao incêndio imediato, após a sua detecção, em sua origem, enquanto são pequenos focos.
Estes equipamentos primam pela facilidade de manuseio, de forma a serem utilizados por homens e mulheres, contando unicamente com um treinamento básico.
Além disso, os preparativos necessários para o seu manuseio não consomem um tempo significativo, e conseqüentemente , não inviabilizam sua eficácia em função do crescimento do incêndio.
Os extintores portáteis e sobre rodas podem ser divididos em cinco tipos, de acordo com o agente extintor que utilizam:
1) água;
2) espuma
mecânica;
3) pó
químico seco;
4)
bióxido de carbono;
5) halon.
Esses agentes extintores se destinam a extinção de incêndios de diferentes naturezas.
A quantidade e o tipo de extintores portáteis e sobre rodas devem ser dimensionados para cada ocupação em função:
1) da
área a ser protegida;
2) das
distâncias a serem percorridas para alcançar o extintor;
3) os
riscos a proteger (decorrente de variável "natureza da atividade
desenvolvida ou equipamento a proteger").
Os riscos especiais como casa de medidores, cabinas de força, depósitos de gases inflamáveis devem ser protegidos por extintores, independentemente de outros que cubram a área onde se encontram os demais riscos.
Os extintores portáteis devem ser instalados, de tal forma que sua parte superior não ultrapasse a 1,60 m de altura em ralação ao piso acabado, e a parte inferior fique acima de 0,20 m (podem ficar apoiados em suportes apropriados sobre o piso);
Deverão ser previstas no mínimo, independente da área, risco a proteger e distância a percorrer, duas unidades extintoras, sendo destinadas para proteção de incêndio em sólidos e equipamentos elétricos energizados.
Os parâmetros acima descritos são definidos de acordo com o risco de incêndio do local.
Quanto aos extintores sobre rodas, estes podem substituir até a metade da capacidade dos extintores em um pavimento, não podendo, porém, ser previstos como proteção única para uma edificação ou pavimento.
Tanto os extintores portáteis como os extintores sobre rodas devem possuir selo ou marca de conformidade de órgão competente ou credenciado e ser submetidos a inspeções e manutenções freqüentes.
SISTEMA
DE HIDRANTES
É um sistema de proteção ativa, destinado a conduzir e distribuir tomadas de água, com determinada pressão e vazão em uma edificação, assegurando seu funcionamento por determinado tempo.
Sua finalidade é proporcionar aos ocupantes de uma edificação, um meio de combate para os princípios de incêndio no qual os extintores manuais se tornam insuficientes.
Os componentes de um sistema de hidrantes são:
1)
reservatório de água, que pode ser subterrâneo, ao nível do piso elevado;
2) sistema de pressurização.
O sistema de pressurização consiste normalmente em uma bomba de incêndio, dimensionada a propiciar um reforço de pressão e vazão, conforme o dimensionamento hidráulico de que o sistema necessitar.
Quando os desníveis geométricos entre o reservatório e os hidrantes são suficientes para propiciar a pressão e vazão mínima requeridas ao sistema, as bombas hidráulicas são dispensadas.
Seu volume deve permitir uma autonomia para o funcionamento do sistema, que varia conforme o risco e a área total do edifício.
3) Conjunto de peças hidráulicas e acessórios.
São
compostos por registros (gaveta, ângulo aberto e recalque), válvula de
retenção, esguichos e etc.;
A
tubulação é responsável pela condução da água, cujos diâmetros são determinados,
por cálculo hidráulico.
5) Forma de acionamento do sistema
As bombas
de recalque podem ser acionadas por botoeiras do tipo liga-desliga,
pressostatos, chaves de fluxo ou uma bomba auxiliar de pressurização (jockey).
O Corpo de Bombeiros, em sua intervenção a um incêndio, pode utilizar a rede hidrantes (principalmente nos casos de edifícios altos). Para que isto ocorra, os hidrantes devem ser instalados em todos os andares, em local protegido dos efeitos do incêndio, nas proximidades das escadas de segurança.
A canalização do sistema de hidrante deve ser dotada de um prolongamento até o exterior da edificação de forma que possa permitir, quando necessário, recalcar água para o sistema pelas viaturas do Corpo de Bombeiros.
O dimensionamento do sistema é projetado:
1) de
acordo com a classificação de carga de incêndio que se espera;
2) de
forma a garantir uma pressão e vazão mínima nas tomadas de água (hidrantes)
mais desfavoráveis;
3) que
assegure uma reserva de água para que o funcionamento de um número mínimo de
hidrantes mais desfavoráveis, por um determinado tempo.
Um outro sistema que pode ser adotado no lugar dos tradicionais hidrantes internos são os mangotinhos.
Os mangotinhos apresentam a grande vantagem de poder ser operado de maneira rápida por uma única pessoa. Devido a vazões baixas de consumo, seu operador pode contar com grande autonomia do sistema.
Por estes motivos os mangotinhos são recomendados pelos bombeiros, principalmente nos locais onde o manuseio do sistema é executado por pessoas não habilitadas (Ex.: uma dona de casa em um edifício residencial).
O dimensionamento do sistema de mangotinhos é idêntico ao sistema de hidrantes.
SISTEMA
DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS
("SPRINKLERS").
O sistema de chuveiros automáticos para extinção a incêndios possui grande confiabilidade, e se destina a proteger diversos tipos de edifícios.
Deve ser utilizado em situações:
1) quando
a evacuação rápida e total do edifício é impraticável e o combate ao incêndio é
difícil;
2) quando
se deseja projetar edifícios com pavimentos com grandes áreas sem
compartimentação.
Pode-se dizer que, via de regra, o sistema de chuveiros automáticos é a medida de proteção contra incêndio mais eficaz quanto à água for o agente extintor mais adequado.
De sua performance, espera-se que:
1) atue
com rapidez;
2)
extingua o incêndio em seu início;
3)
controle o incêndio no seu ambiente de origem, permitindo aos bombeiros a
extinção do incêndio com relativa facilidade.
O dimensionamento do sistema é feito:
1) de
acordo com a severidade do incêndio que se espera;
2) de
forma a garantir em toda a rede níveis de pressão e vazão em todos os chuveiros
automáticos, a fim de atender a um valor mínimo estipulado;
3) para
que a distribuição de água seja suficientemente homogênea, dentro de uma área
de influência predeterminada.
SISTEMA
DE ESPUMA
A espuma mecânica é amplamente aplicada para combate em incêndio em líquidos combustíveis e inflamáveis.
A espuma destinada à extinção dos incêndio é um agregado estável de bolhas, que tem a propriedade de cobrir e aderir aos líquidos combustíveis e inflamáveis, formando uma camada resistente e contínua que isola do ar, e impede a saída para a atmosfera dos vapores voláteis desses líquidos.
Sua atuação se baseia na criação de uma capa de cobertura sobre a superfície livre dos líquidos, com a finalidade de:
1)
Separar combustível e comburente;
2)
Impedir e reduzir a liberação de vapores inflamáveis;
3)
Separar as chamas da superfície dos combustíveis;
4)
Esfriar o combustível e superfícies adjacentes.
Sua aplicação destina-se ao combate de fogos de grandes dimensões que envolvam locais que armazenem líquido combustível e inflamável.
Também se destina a:
1)
extinção de fogos de líquidos de menor densidade que a água;
2)
prevenção da ignição em locais onde ocorra o derrame de líquidos inflamáveis;
3)
extingua incêndios em superfície de combustíveis sólidos;
4) outras
aplicações especiais, tais como derrame de gases na forma líquida, isolamento e
proteção de fogos externos, contenção de derrames tóxicos e etc.;
5) Estas
últimas aplicações dependem de características especiais da espuma, condições
de aplicação e ensaios específicos ao caso a ser aplicado.
A espuma não é eficaz em:
1) fogo
em gases;
2) fogo
em vazamento de líquidos sobre pressão;
3) fogo
em materiais que reagem com a água.
A espuma é um agente extintor condutor de eletricidade e, normalmente, não deve ser aplicada na presença de equipamentos elétricos com tensão, salvo aplicações específicas.
Cuidado especial deve se ter na aplicação de líquidos inflamáveis que se encontram ou podem alcançar uma temperatura superior a ponto de ebulição da água; evitando-se a projeção do líquido durante o combate (slop-over).
Os vários
tipos de espuma apresentam características peculiares ao tipo de fogo a
combater, que as tornam mais ou menos adequadas. Na escolha da espuma devem-se
levar em consideração:
1)
aderência;
2)
capacidade de supressão de vapores inflamáveis;
3)
estabilidade e capacidade de retenção de água;
4)
fluidez;
5) resistência
ao calor;
6)
resistência aos combustíveis polares.
Os tipos de espuma variam:
1)
segundo sua origem:
a)
química, que é obtida pela reação entre uma solução de sal básica (normalmente
bicarbonato de sódio), e outra de sal ácida (normalmente sulfato de alumínio),
com a formação de gás carbônico na presença de um agente espumante. Este tipo
de espuma é totalmente obsoleto e seu emprego não está mais normatizado.
b) Física
ou mecânica, que é formada ao introduzir, por agitação mecânica, ar em uma
solução aquosa (pré-mistura), obtendo-se uma espuma adequada. Esta é o tipo de
espuma mais empregada atualmente.
2) segundo a composição:
a) Base
proteínica, que se dividem:
•
Proteínicas, que são obtidas pela hidrólise de resíduos proteínicos naturais.
Caracteriza-se por uma excelente resistência à temperatura.
•
Fluorproteínicas, que são obtidas mediante a adição de elementos fluorados
ativos a concentração proteínica, da qual se consegue uma melhora na fluidez e
resistência a contaminação.
b) Base
sintética.
3) segundo
ao coeficiente de expansão:
O
coeficiente de expansão é a relação entre o volume final de espuma e o volume
inicial da pré-mistura. E se dividem em:
a) Espuma
de baixa expansão, cujo coeficiente de expansão está entre 3 e 30;
b) Espuma
de média expansão, cujo coeficiente de expansão está entre 30 e 250;
c) Espuma
de alta expansão, cujo coeficiente de expansão está entre 250 e 1.000.
4) segundo as características de extinção;
a) Espuma
convencional, que extingue somente pela capa de cobertura de espuma aplicada;
b) Espuma
aplicadora de película aquosa (AFFF), que forma uma fina película de água que
se estende rapidamente sobre a superfície do combustível.
Espuma
antiálcool, que forma uma película que protege a capa de cobertura de espuma
frente à ação de solventes polares.
Os sistemas de espuma são classificados conforme:
1) a sua
capacidade de mobilidade em:
a) Fixos,
que são equipamentos para proteção de tanque de armazenamento de combustível,
cujos componentes são fixos, permanentemente, desde a estação geradora de
espuma até à câmara aplicadora;
b)
Semifixos, que são equipamentos destinados à proteção de tanque de
armazenamento de combustível, cujos componentes, permanentemente fixos, são
complementados por equipamentos móveis para sua operação. São, normalmente,
móveis o reservatório de extrato e o conjunto dosador (proporcionador).
c)
Móveis, que são as instalações totalmente independentes, normalmente veículos
ou carretas, podendo se locomover e aplicar session("aonde") forem
necessários, requerendo somente sua conexão a um abastecimento de água
adequado.
2) Segundo a sua forma de funcionamento, que pode ser:
a)
automático;
b)
semi-automático;
c)
manual.
Componentes do Sistema
1)
Reserva (tanque) de extrato
São reservatórios, tanques nos quais se armazena a quantidade de líquido gerador de espuma necessária para o funcionamento do sistema.
Deve dispor dos seguintes componentes básicos:
a)
Indicador de nível, com válvula de isolamento;
b)
registro para abertura e fechamento;
c)
conexão para enchimento e esvaziamento;
d)
conexão para o proporcionador;
e) domo
de expansão (espaço), preferencialmente com válvula de pressão-vácuo.
O material com que é construído o tanque de extrato deve ser adequado ao líquido gerador que armazena (problemas de corrosão e etc.).
2) Elemento dosador (proporcionador)
São
equipamentos responsáveis pela mistura do líquido gerador de espuma e a água,
na proporção adequada para formação da espuma que se deseja.
Seu funcionamento se baseia no efeito "venturi", que é passagem da água proporcionando a sucção do líquido gerador de espuma na dosagem preestabelecida.
Normalmente funcionam com pressões acima de 7 bar para permitir que proceda a pré-mistura necessária.
A proporção é fundamental para permitir uma espuma eficiente ao combate ao fogo que se espera.
Normalmente a proporção é de 3% para hidrocarburentes e 6% para combustíveis polares.
3) Bombas hidráulicas para dosificar a pré-mistura
Também
denominado de dosificação por equilíbrio de pressão, consiste em uma bomba
hidráulica que possibilita uma regulagem automática da proporção de
pré-mistura, sobre uma grande demanda de vazão necessária.
Esta regulagem consiste de orifícios calibrados no proporcionador, com uma válvula diafragma que controla a pressão da linha de extrato, em função do diferencial de pressão entre está e a linha de abastecimento de água.
4) Esguichos e canhões lançadores de espuma
São
elementos portáteis e fixos, cuja função é dar forma a espuma de baixa e média
expansão e faze-la atingir ao tanque de combustível em chama.
Os esguichos lançadores (linhas manuais) podem ou não possuir um dosificador em seu corpo (proporcionador).
A diferença de emprego entre o esguicho lançador de espuma e os canhões de espuma está na capacidade de lançar e alcançar os tanques no que tange sua altura.
Os esguichos são recomendados para tanques até 6m de altura, enquanto que os canhões atingem alturas mais elevadas.
Os esguichos de espuma são recomendados como complemento de apoio às instalações fixas, pois como medida de proteção principal, expõem os operadores a sérios riscos .
5) Câmaras de espuma
São
elementos especialmente projetados para a aplicação de espuma de baixa
expansão, sobre a superfície de combustíveis contidos em tanques de armazenamento
de grande diâmetro e altura.
Têm a característica de aplicar a espuma no interior do tanque em chamas por meio da descarga na parede do tanque. Pode ser constituído de elementos especiais no interior do tanque, que fazem com que a espuma caia de forma mais suave sobre a superfície do líquido.
É composta por um selo de vidro que impede a saída de vapores voláteis do interior do tanque, mas que se rompem quando o sistema entra em funcionamento, permitindo a passagem da espuma.
Dispõe também de uma placa de orifício que regula a pressão, de forma a possibilitar a formação de uma espuma adequada.
É utilizada para tanque acima de 10 m de altura e ou diâmetro superior a 24m, normalmente em tanque de teto fixo, podendo também ser projetada para tanques de teto flutuante.
em cozi
6) Geradores de alta expansão
São
elementos de geração e aplicação de espuma de alta expansão, formando uma
espuma com uma maior proporção de ar.
São compostos por um ventilador que podem ser acionados por um motor elétrico, ou pela própria passagem da solução de pré-mistura.
Podem ser do tipo móvel ou fixo, aplicando a espuma diretamente ou por meio de mangas e condutos especialmente projetados.
Sua pressão de funcionamento varia de 5 a 7 bar.
7) Tubulações e acessórios
As
tubulações são responsáveis pela condução da água ou pré-mistura para os
equipamentos que formam ou aplicam espuma.
Deve ser resistente à corrosão.
Quantos aos acessórios, estes devem resistir a altas pressões uma vez que os sistemas de espuma, normalmente, trabalham com valores elevados de pressão, decorrente das perdas de carga nos equipamentos e pressões mínimas para a formação da espuma.
O dimensionamento do sistema varia conforme o tipo, dimensão e arranjo físico dos locais que armazenam líquidos inflamáveis e combustíveis, devendo seguir as normas técnicas oficiais e Instruções Técnicas baixadas pelo Corpo de Bombeiros.
A reserva de incêndio também varia conforme o tamanho das áreas de armazenamento, mas possuem capacidade de reserva maior que aos destinados a sistema de hidrantes.
SISTEMA
FIXO DE CO2.
O sistema fixo de baterias de cilindros de CO2, consiste de tubulações, válvulas, difusores, rede de detecção, sinalização, alarme, painel de comando e acessórios, destinado a extinguir incêndio por abafamento, por meio da descarga do agente extintor.
Seu emprego visa à proteção de locais onde o emprego de água é desaconselhável, ou locais cujo valor agregado dos objetos e equipamentos é elevado nos quais a extinção por outro agente causará a depreciação do bem pela deposição de resíduos.
Ë recomendado normalmente nos locais onde se buscam economia e limpeza, e naqueles que o custo agente/instalação é muito mais inferior do que outro agente extintor empregado.
Possui uma efetiva extinção em:
1) Fogos
de classe "B" e "C" (líquidos inflamáveis e gases
combustíveis, e equipamentos elétricos energizados de alta tensão), em:
a)
recintos fechados, por inundação total, onde o sistema extingue pelo
abafamento, baixando-se a concentração de oxigênio do local necessária para a
combustão, criando uma atmosfera inerte.
b)
recintos abertos, mediante aplicação local sob determinada área.
2) Fogos de Classe "A" (combustíveis sólidos):
a)
decorrente de seu efeito de resfriamento, nos incêndio em sólidos, em que o
fogo é pouco profundo e o calor gerado é baixo;
b) nos
usos de inundação total, aliados a uma detecção prévia, a fim de evitar a
formação de brasas profundas;
c) nos
usos de aplicação local, leva-se em conta o tipo e disposição do combustível,
uma vez que a descarga do CO2 impedirá a extinção nas regiões não acessíveis
diretamente pelo sistema.
O sistema não é capaz de extinguir:
1) fogos
em combustíveis (não pirofóricos) que não precisam de oxigênio para a sua
combustão, pois permitem uma combustão anaeróbia;
2) fogos
em combustíveis de classe "D" (materiais pirofóricos);
Os tipos de sistema são:
1)
Inundação total, onde a descarga de CO², é projetada para uma concentração em
todo o volume do risco a proteger;
2)
Aplicação local, onde o CO2 é projetado sobre elementos a proteger não confinados;
3)
Modulares, que consiste em um pequeno sistema de inundação total instalado no
interior dos compartimentos dos equipamentos a proteger.
Os componentes dos sistemas são:
1)
Cilindros, que contém o agente extintor pressurizado, onde a própria pressão do
cilindro será utilizada para pressurização do sistema, sendo responsáveis pela
descarga dos difusores.
Sua localização deve ser próxima a área/ equipamento a proteger, a fim de evitar perdas de carga; diminuir a possibilidade de danos à instalação e baratear o custo do sistema; mas não deve ser instalada dentro da área de risco, devendo ficar em local protegido (exceto para os sistemas modulares).
Os cilindros devem ser protegidos contra danos mecânicos ou danos causados pelo ambiente agressivo.
No conjunto
de cilindros, há um destinado a ser "cilindro-piloto", cuja função é,
mediante acionamento de um dispositivo de comando, estabelecer um fluxo inicial
do agente, a fim de abrir por pressão as demais cabeças de descarga dos demais
cilindros da bateria.
Os cilindros podem ser de dois tipos:
a) Alta
pressão, na qual o CO2 encontra-se contido a uma temperatura de 20°C e uma
pressão de 60bar. Este sistema é o mais comum.
b) Baixa
pressão, na qual o CO2 encontra-se resfriado a -20°C e com uma pressão de 20bar.
2) Cabeça de descarga, que consiste de um dispositivo fixo adaptado à válvula do cilindro, a fim de possibilitar sua abertura e conseqüente descarga ininterrupta do gás.
3) Tubulação e suas conexões, responsáveis pela condução do agente extintor devem ser resistentes a pressão, a baixa temperatura e a corrosão, tanto internamente como externamente. Devem resistir a uma pressão de ruptura 5,5 vezes maior que a pressão nominal do cilindro;
4) Válvulas, com a função de direcionamento (direcional) do agente extintor ou de purga do coletor de distribuição de gás (evitar que fugas do sistema acionem os difusores fechados). Essas válvulas devem resistir a uma pressão de ruptura 7 vezes maior que a pressão nominal do cilindro;
5) Difusores, que consiste de dispositivo fixo de funcionamento automático, equipado com espalhador de orifícios calibrados, destinados a proporcionar a descarga do CO2 sem congelamento interno e com espalhamento uniforme;
BRIGADA
DE INCÊNDIO
A população do edifício deve estar preparada para enfrentar uma situação de incêndio, quer seja adotando as primeiras providências no sentido de controlar o incêndio, quer seja abandonando o edifício de maneira rápida e ordenada.
Para isto ser possível é necessário como primeiro passo, a elaboração de planos para enfrentar a situação de emergência que estabeleçam em função dos fatores determinantes de risco de incêndio, as ações a serem adotadas e os recursos materiais e humanos necessários.
A formação de uma equipe com este fim específico é um aspecto importante deste plano, pois permitirá a execução adequada do plano de emergência.
Essas equipes podem ser divididas em duas categorias, decorrente da função a exercer:
1)
Equipes destinadas a propiciar o abandono seguro do edifício em caso de
incêndio.
2) Equipe
destinada a propiciar o combate aos princípios de incêndio na edificação.
Em um edifício pode ocorrer que haja esta equipe distinta ou executada as funções simultaneamente.
Tais
planos devem incluir a provisão de quadros sinóticos em distintos setores do
edifício (aqueles que apresentem parcela significativa da população flutuante
como, por exemplo, hotéis) que indiquem a localização das saídas, a localização
do quadro sinótico com o texto " você está aqui" e a localização dos
equipamentos de combate manual no setor.
Por último deve-se promover o treinamento periódico dos brigadistas e de toda a população do edifício.
PLANTA DE
RISCO
É fundamental evitar qualquer perda de tempo quando os bombeiros chegam ao edifício em que está ocorrendo o incêndio. Para isto é necessário existir em todas as entradas do edifício (cujo porte pode definir dificuldades as ações dos bombeiros) informações úteis ao combate, fáceis de entender, que localizam por meio de plantas os seguintes aspectos:
1) ruas
de acesso;
2)
saídas, escadas, corredores e elevadores de emergência;
3)
válvulas de controle de gás e outros combustíveis;
4) chaves
de controle elétrico;
5)
localização de produtos químicos perigosos;
6)
reservatórios de gases liquefeitos, comprimidos e de produtos perigosos.
7)
registros e portas corta-fogo, que fecham automaticamente em caso de incêndios
e botoeiras para acionamento manual destes dispositivos;
8) pontos
de saídas de fumaça;
9)
janelas que podem ser abertas em edifícios selados;
10)
painéis de sinalização e alarme de incêndio;
11) casa
de bombas do sistema de hidrantes e de chuveiros automáticos;
12)
extintores etc.
13)
sistema de ventilação e localização das chaves de controle;
14)
sistemas de chuveiros automáticos e respectivas válvulas de controle;
15)
hidrantes internos e externos e hidrantes de recalque e respectivas válvulas de
controle;
$$$EMPREENDA, FAÇA E VENDA$$$ JULHO É O MÊS DOS AVÓS...ENTÃO, AQUI POSTAMOS ALGUMAS IDÉIAS PARA MELHORAR SEU ORÇAMENTO NAS FÉRIAS!!!
VALORIZAR OS LAÇOS FAMILIARES É FORTALECER OS VALORES MORAIS E ASSEGURAR QUE SUA VELHICE SERÁ VALORIZADA E MUITO BEM CUIDADA!!!
PENSE NISSO!!!
CULINÁRIA FÁCIL...
MACARRONADA DE PANELA DE PRESSÃO!!!
MACARRONADA DE PANELA DE PRESSÃO
Ingredientes:
500 g de macarrão fuzzili(parafuso),conchinha ou á gosto
1 pacote ou lata de purê de tomates ou molho pronto
250 g de carne moída
1 lata de creme de leite sem soro(ou 1 caixinha)
tempero pronto (se gostar) para carnes
salsinha e cebolinha gosto
queijo ralado a gosto
óleo ou azeite
alho
cebola
sal a gosto
água
Na panela de pressão(4,5 litros), coloque óleo ou azeite e frite o alho e cebola, em seguida adicione a carne moída e deixe fritar e refogar bem. Depois coloque o molho de tomate, tempere com sal a gosto, em seguida o macarrão cru, mexa e cubra tudo com água até a marca do primeiro rebite da panela de pressão(lado de dentro), mais ou mesnos 1,5 litros a 2 litros. Feche a panela e deixe até pegar pressão, quando começar a chiar, deixe três minutos e desligue. Assim que estiver sem pressão, abra a panela e adicione uma lata ou caixinha de creme de leite sem soro. Coloque em um marinex, polvilhe queijo ralado e sirva.
Obs.:
Ele fica todo cremoso, dá para ver na foto; se gostar de menos molho coloque menos água, fica como nas fotos. Caso queira fazer menos quantidade é só diminuir os ingredientes, este macarrão é super prático, e delicioso
RABANADAS COM MAÇÃ E CANELA (LIGHT)
Ingredientes:
1 ovo
1 xícara(chá) de leite desnatado
Adoçante em pó equivalente a 4 colheres(sopa)de açúcar
1 pitada de cravo moído
1 pão para rabanada cortado em cubos pequenos
(200 g)
2 maçãs vermelhas descascadas sem sementes picadas
4 colheres(sopa) de farinha de trigo
Adoçante em pó equivalente a 2 colheres(sopa)de açúcar
2 colheres(café) de margarina light
1 pitada de canela em pó
Unte uma forma refratária média com gotas de óleo e reserve.
À parte, bata levemente o ovo e acrescente o leite, o adoçante e o cravo, misturando bem.
Adicione os cubos de pão e as maçãs, misturando
levemente. Reserve até o pão absorver todo o líquido.
Numa tigela, junte a farinha de trigo, o adoçante, a margarina e a canela. Com um garfo, misture e esfarele. Espalhe o pão com a maçã na forma reservada. Cubra com a mistura da canela. Asse em forno preaquecido moderado (180° C) por 30 minutos ou até dourar.
Obs.: É saudáve, e gostosa e possui somente 127 calorias.
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