sábado, 30 de março de 2013



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Quebrando Paradigmas
*Reflexão Sobre o Novo Modelo Incorpora o Bem-estar à Rotina de Trabalho!!!

Ao modificar a forma como a Saúde e Segurança do Trabalho é hoje tratada nas empresas, passando a considerá-la com o foco no bem-estar do trabalhador e na perspectiva que trata a prevenção como promoção da vida, os trabalhadores passam a incorporar em sua rotina de vida a desejada sensação de bem-estar. 

O mestre em educação e tecnologista da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), Luiz Brasil, também aponta que as empresas ganham muito mais com a adoção deste conceito que prima pela vida. “Ganham na redução dos custos, no cumprimento dos prazos, na diminuição do retrabalho, na melhoria do clima organizacional e na qualidade dos produtos. 

Por outro lado, os trabalhadores ganham mais educação para prevenção, menor número de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, melhores ambientes laborais, menor dependência dos benefícios da previdência, melhor qualidade de vida e respeito à dignidade”, complementa.

Promover o bem-estar faz com que o trabalhador se envolva mais nas discussões e proposições a cerca da prevenção de sua vida e da segurança de seu ambiente de trabalho. A Eucatex/SA, fabricante de chapas de fibras de madeira (Salto/SP), envolveu os seus colaboradores neste conceito e hoje já colhe os resultados.

Ao perceber que não tinha uma sistematização dos trabalhos da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e que cada gestão se comportava de uma forma, a empresa criou, em 2002 o projeto Cipativa. A intenção era fortalecer a atuação da CIPA e conseguir o engajamento de todos na CIPA: Eucatex acreditou no potencial da Comissão e já colhe os benefícios.

CULTURA DE PREVENÇÃO
“Tínhamos problema com relação à Comissão, dificuldade comum na maioria das empresas. As pessoas que se envolviam não se comprometiam com a Saúde e Segurança do Trabalho, estavam mais preocupadas com a estabilidade no emprego”, lembra Silvano de Oliveira Pinheiro, técnico de Segurança do Trabalho e supervisor do Departamento de Segurança do Trabalho e Patrimônio da empresa.

O primeiro passo para que a Comissão começasse a mudar foi a adequação do treinamento, que foi remodelado para mostrar a importância do cipeiro no contexto da prevenção. “Extrapolamos o legalmente exigido, já que a lei determina o currículo mínimo do curso de formação, cita as atribuições do cipeiro, mas não indica como ele pode fazer para cumpri-las”, afirma o técnico. Através de um treinamento diferenciado, a Eucatex passou a orientar os integrantes do grupo sobre como atuar na prática em prol de melhorias para os ambientes de trabalho. Para isso, a empresa começou a direcionar para que as atividades propostas tivessem relação com suas reais necessidades de melhoria, ouvindo os trabalhadores para a configuração inicial do Cipativa e em todos os ajustes promovidos.

RECONHECIMENTO
Hoje, as nove equipes da CIPA, compostas por 14 trabalhadores em cada uma e divididas de acordo com os setores da empresa são responsáveis por cerca de mil colaboradores, que recebem orientações dos técnicos da área de saúde e segurança. 

“O Diálogo Semanal de Segurança é um desses momentos, onde o cipeiro passa a ter contato com os trabalhadores e a ouvir as suas demandas e sugestões para a melhoria do ambiente laboral”, expõe o supervisor.


Para dar um reforço aos cipeiros, em 2009 a Eucatex ainda criou dentro da empresa a figura dos agentes de segurança, trabalhadores que em outras gestões já integraram a Comissão e agora surgem como um reforço para colaborar em prol da SST. “Tivemos uma adesão de 98% das pessoas que já integraram a Comissão e agora retornaram Saindo do discurso Empresas precisam envolver empregados nos processos.

Quando se fala no movimento que as empresas precisam fazer para modificar a abordagem negativa em relação à SST, é unanimidade entre os especialistas ouvidos por nossa reportagem que o começo desta mudança de mentalidade esteja no envolvimento e na participação ativa dos trabalhadores nos processos que envolvem a Saúde e Segurança do Trabalho. É o que ressalta o psicólogo Nelson Passagem: “não se trata somente de uma ação marcada pelo conhecimento técnico. 

O sucesso das ações somente se dá quando também está presente o conhecimento do trabalhador acerca de seu trabalho”, indica. O especialista acredita que as ações de SST precisam ganhar status de prioritárias nas empresas, e, como prova disso, é necessário o engajamento de todos e a participação respeitada e autônoma dos trabalhadores, que pode se dar através de comissões de saúde com suporte dos sincomo agentes de segurança”, comemora Pinheiro, destacando que com a instituição do novo modelo alguns resultados também já começaram a aparecer, entre eles, a redução das ocorrências de acidentes de trabalho e das taxas de frequência de acidentes.

De janeiro de 2003 a dezembro de 2007, a Unidade Chapas da Eucatex teve uma redução nos acidentes de 51% e as taxas de frequência caíram 38%. Outro reconhecimento veio do próprio setor de Saúde e Segurança do Trabalho com a conquista do Prêmio Proteção 2008 na categoria Ação de CIPA.

A mesma opinião é compartilhada pelo psicólogo Carlos Carrusca, que defende que um dos princípios para essa mudança é colocar a experiência e os saberes dos trabalhadores no centro das discussões e planejamentos das ações de SST. 

“Por que não pensar na prevenção a partir do diálogo com aquilo que os trabalhadores fazem efetivamente, com os problemas que enfrentam e estratégias que utilizam  cotidianamente?”, questiona. Ainda no que diz respeito ao envolvimento dos trabalhadores nos programas de gestão de SST, Carrusca diz que é necessário criar espaços onde o coletivo de trabalho possa se  fortalecer e refletir sobre as dificuldades e estratégias de trabalho. 

“Se a humanização do trabalho não sair do discurso e tocar a realidade, se não ousar se aproximar do próprio trabalho, da realidade vivida pelos trabalhadores, nunca deixará de ser uma falácia”, sentencia o especialista.

ENVOLVIMENTO...
O Grupo Alcoa (São Luiz/MA) vem dando exemplo neste aspecto ao propor aos empregados que desenvolvam alternativas e inovações para melhorar o seu ambiente laboral. Um bom exemplo foi o “guia de boas práticas” criado por eles com a sugestão de ferramentas para controlar riscos potenciais nas frentes de trabalho. 

Uma das ferramentas criadas é voltada aos Alumar: guia de boas práticas é elaborado em conjunto trabalhos com chapas e vigas. Os  trabalhadores criaram um sistema para que não precisem mais pegar diretamente com as mãos as lâminas, evitando a ocorrência de acidentes com esses membros. 

“Como eles estão ligados diretamente nas operações, são as pessoas mais indicadas para ajudar a solucionar problemas e propor alternativas para a melhoria do ambiente laboral”, reforça o técnico de Segurança do Trabalho da Alcoa, Wilson da Costa Júnior. Aos trabalhadores, também são distribuídos adesivos da campanha para que eles identifiquem os locais que possuem potencial de risco e sinalizem com as orientações.

RESULTADOS:
Ainda sobre o papel das empresas na mudança deste conceito, as ações não podem ficar restritas a campanhas, SIPAT’s (Semanas Internas de Prevenção de Acidentes de Trabalho) e ações pontuais, mas estender-se para atividades que se insiram no cotidiano do trabalhador. 

O psicólogo Nélson Passagem recomenda que sempre que houver mudanças na estrutura produtiva da empresa, novas tecnologias ou a introdução de um programa de qualidade total, por exemplo, é preciso se perguntar qual o impacto dessas ações para a saúde dos trabalhadores. 

“Se há impactos negativos, as mudanças devem ser feitas antes da efetiva implantação. Projetos, investimentos e reestruturações devem contar com o apoio dos  conhecimentos em SST e respeitar os limites dos trabalhadores”, complementa.

 O mestre em Educação e tecnologista da Fundacentro, Luiz Brasil, vai mais longe, e diz que a mudança passa pelo envolvimento de toda a sociedade, através da mídia, dos educadores nas escolas e igrejas e dos profissionais que atuam na área.

ENVOLVIMENTO...
Já para o pós-doutor em Ergonomia Aplicada à Qualidade de Vida no Trabalho, coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas em Ergonomia Aplicada ao Setor Público, da Universidade de Brasília (UNB) Mário César Ferreira, é preciso transcender a ideia corrente de segurança. Segundo ele, que é também professor pesquisador do Instituto de Psicologia da UNB, o problema é que a segurança aparece fortemente  associada às condições físicas (local, espaço, iluminação, temperatura), materiais (insumos), instrumentais (equipamentos, mobiliário, posto de trabalho) e de suporte (apoio técnico).

 Todos estes fatores influenciam a atividade laboral e colocam em risco a segurança física, porém ele reforça: “é tarefa urgente agregar a este conceito, a ideia de segurança psicológica, incorporando um conjunto de outras variáveis que influenciam a atividade cotidiana dos trabalhadores na empresa, como o reconhecimento no trabalho”, comenta. 

O princípio de toda essa transformação também está ligado ao envolvimento da alta direção da empresa em relação ao tema.

Na prática, o engenheiro de Segurança do Trabalho e consultor da Du Pont Safety Resources, Anis Saliba, diz que as organizações precisam instituir uma política de SST que reflita os princípios consistentes de uma cultura evoluída, com a capacitação da alta administração para adotar comportamentos que reforcem essa postura, através de: formação dentro da empresa, na comunidade ou nos sindicatos, programas de comunicação e de reconhecimento e motivação. 

Entre as ações e esforços, Anis destaca a promoção do conceito de responsabilidade de linha, através do qual, lideranças, supervisores e empregados sejam os responsáveis pela prevenção, sendo o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho) um facilitador. “Considero que organizações nas quais a prevenção é assunto somente dos SESMT's estão muito distantes de uma cultura preventiva verdadeira”, reflete. 
Outra iniciativa que pode auxiliar decisivamente na consolidação dessa cultura são programas de conscientização e informação para saúde e segurança fora do trabalho, como segurança no lar, direção segura, entre outros. “Esta atitude reforça a visão de prevenção nas situações mais corriqueiras das pessoas e isto se reverte para um estado mental de percepção de risco e valorização pela prevenção”, finaliza o engenheiro de segurança.

PAPEL DO GOVERNO...
Na visão da Fundacentro, a mudança deste modelo também está relacionada com a educação. Por isso, vem apostando fortemente em estabelecer parcerias com entidades de classe e instituições de diversos segmentos. Através de um protocolo de intenções firmado com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), o tema Saúde e Segurança do Trabalho será inserido em cursos e treinamentos, fazendo com que a formação do profissional transcenda a área técnica e colabore para criar uma consciência  preventiva desde a sua formação. 

Jorge Magdaleno, diretor-executivo da Fundacentro, diz que a intenção é transversalizar o conteúdo de Saúde e Segurança do Trabalho.

“Queremos auxiliar na formação da aprendizagem e colaborar para formar o trabalhador com essa consciência focada na vida”, completa.

Para isso, existe a previsão da assinatura de outras parcerias como a que pretende criar a Escola Nacional do Trabalhador (ENAT). O espaço deve ser estruturado dentro das próprias empresas, com a oferta de aulas voltadas para a promoção da vida e prevenção em Saúde e Segurança do Trabalho.

 A Fundacentro ainda entende que o processo de educação precisa começar a ser tratado desde a formação das crianças e jovens, que serão os trabalhadores do futuro. Por isso, vem dialogando com a Fundação Roberto Marinho para inserir o tema no projeto Aprendiz Legal, que atua para contribuir na inserção de jovens no mundo do trabalho.

“Nossa intenção é que esses futuros profissionais também sejam conscientizados sobre a importância da saúde e segurança antes mesmo de ingressarem no mercado de trabalho”, completa.

MULTIPLICADORES...
Outra parceria que em breve será concretizada deve atingir os pequenos e microempresários. No caso dos Conselhos Regionais de Contabilidade do País, a Fundacentro pretende sensibilizá-los sobre a importância do investimento em SST. 

O projeto deve começar pelo Conselho Regional do Estado do Rio de Janeiro   se estender para outras unidades ao longo dos anos. A intenção é agregar aos cursos dessas entidades conteúdos de qualificação em relação à SST. 

“Começamos por essa categoria, pois acreditamos que o contabilista é um dos primeiros profissionais a ter contato com este público e acreditamos que ele possa ser multiplicador do tema”, esclarece.

Para tornar o conteúdo mais acessível, desde fevereiro, os títulos da editora da Fundacentro também devem extrapolar as bibliotecas localizadas nas unidades da Fundação e ganhar as prateleiras das livrarias de todo o País.

Através do sistema de consignação, a instituição está trabalhando para viabilizar essa proposta, que deve ampliar o acesso das pessoas aos temas ligados à área. Para facilitar ao máximo a produção e  distribuição desses materiais, a gráfica que imprime os títulos da Fundacentro está sendo deslocada para situar-se ao lado da sede da instituição, uma vez que a tiragem dos exemplares deve aumentar. 

“Também queremos propor para as livrarias que criem uma sessão de Saúde e Segurança do Trabalho, reunindo em um único espaço os títulos que tratam de temas do setor”, finaliza Magdaleno.





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CULINÁRIA FÁCIL...
RECEITA:BACALHAU NA BATATA


# 1 kg de bachalhau
# 1 cebola em rodelas finas
# 1 tomate em rodelas finas
# Azeitonas
# 1 pimentão de qualquer cor em rodelas
# 1 concha da água do bacalhau
# 1 kg de batata grande
Modo de Preparo
# Escorra o bacalhau e depois coloque-o na 
geladeira com água 3 dias antes de usar.

# No dia retire-o, escorra, coloque nova água e 
leve ao fogo.

# Deixe ferver durante 20 minutos, reserve uma 
conha desta água.

# Corte a batata em rodelas grossas.

# Arrume um refratário quadrado e coloque as batatas forrando a primeira camada, colocando 
parte do bachalhau, da cebola, do tomate, e 
azeitona.

# Outra camada de batata e os outros 
ingredientes.

# Regue com a água reservada e meia lata de 
azeite puro.

# Leve ao forno até que as batatas estejam 
moles.

SOBREMESA:

MENSAGEM...
Foto: AOS Mestres DA Educação





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