Percepção de Risco...
A percepção de risco deve ser entendida por duas perspectivas diferentes a dos leigos e a dos técnicos, ambas as perspectivas podem não coincidir pois a avaliação do técnico baseia-se em conhecimentos técnicos sobre a situação de risco e a avaliação do leigo baseia-se numa análise percepcional sem recorrer a informações técnicas.
As pessoas sentem-se perante um risco maior quando viajam de avião, do que quando viajam de carro, ainda que o risco objetivo de morrer num avião seja inferior e a nossa percepção de risco desenvolve-se com base no nosso controle sobre a situação e a perigosidade que o risco representa para nós (Cox e Cox, 1996).
Posteriormente a nossa percepção sobre o risco transforma-se em realidade e vai contribuir para desenvolvermos determinados comportamentos face a esse risco.
Lima (1998) distingue as perspectivas dos leigos (percepção de risco) da perspectiva dos especialistas (avaliação do risco). Enquanto que a percepção do risco tem a ver com o que os não especialistas pensam sobre o risco, a avaliação do risco diz respeito ao risco objetivo a que as populações estão sujeitas. Na prática verifica-se alguma controvérsia entre estas duas perspectivas, já que perante alguns riscos detemos uma avaliação elevada, mas uma percepção diminuta (e.g. sismos, tabaco) ao contrário existem outros fenomenos para os quais existe uma avaliação diminuta e uma percepção elevada (e.g. incineradora, central nuclear).
Esta controvérsia deve-se em parte ao fato dos objetos relativos ao risco, utilizados pelos leigos e pelos especialistas serem diferentes. Enquanto os especialistas se regem pelas causas do acontecimento, os leigos regem-se pelas suas consequências.
Noutro estudo sobre a percepção de risco, Rundmo (1996) verifica as associações entre a percepção de risco e comportamento de risco dos trabalhadores e risco objetivo, sendo que a nossa percepção do risco pode não corresponder ao risco existente. Segundo Rundmo, (1996) existem três abordagens sobre as associações entre percepção de risco, comportamentos de risco e experiência de acidentes: 1) os acidentes podem causar percepção de risco, 2) a percepção de risco pode causar acidentes e 3) a percepção de risco e acidentes são ambas variáveis endógenas.
As conclusões do estudo de Rundmo (1996) indicam-nos que a percepção de risco não é preditora do comportamento de risco, o autor verificou que embora, exista uma certa influência da percepção de risco, no comportamento de segurança, são as percepções sobre as condições de trabalho que melhor explicam um comportamento de risco.
A percepção de risco é uma variável intimamente relacionada com os comportamentos de risco e, que pode ser influenciada pela experiência de acidentes. A percepção de risco é definida por Lima, 2005 como a “…avaliação subjetiva do grau de ameaça potencial de um determinado acontecimento ou atividade.” A percepção do risco tem a ver com a interpretação que o trabalhador faz de um determinado fator que considera como risco, no entanto este factor pode realmente representar um risco ou pelo contrário não representar uma verdadeira ameaça, contudo é visto pelo trabalhador como algo que o coloca em risco.
No entanto existem alguns fatores que não foram considerados no estudo de Cree & Kelloway (1997) mas que são agora abordados no nosso estudo, como a influência do conhecimento de segurança ou da motivação para a segurança, muito importante é ainda o fato dos comportamentos de segurança terem sido avaliados e abordados pela sua multidimensionalidade de acordo com Burke et al (2002).
No Modelo de Griffin & Neal mostra o papel da Motivação e do Conhecimento de segurança permiti-nos abordar outras variáveis que influenciam os comportamentos de segurança mas que não foram estudadas no outro modelo também aplicado neste estudo (i.e. Cree & Kelloway, 1997), como a motivação para a segurança e o conhecimento de segurança.
Griffin & Neal (2000) referem que a relação entre o clima de segurança e os comportamentos de segurança é mediada pela motivação para a segurança e o conhecimento de segurança. Estes dois constructos são influenciados pelo clima de segurança e predizem os comportamentos de segurança, no entanto um não implica o outro, são independentes e a forma como são influenciados e influenciam as restantes variáveis diverge entre eles, daí a importância dos gestores conhececerem a disciplina de Comportamento Organizacional para a aplicabilidade destes dois construtos.
Os trabalhadores podem deter um elevado conhecimento de segurança mas isso não significa que estejam motivados para cumprir as regras de segurança devido aos mais diversos fatores organizacionais (i.e. pressão para atingir determinados níveis e índices de produtividade). Da mesma forma uma elevada motivação para a segurança permite o desenvolvimento de comportamentos de segurança com maior frequência.
No entanto, se o conhecimento não for suficiente ou adequado, os comportamentos de segurança protagonizados poderão não ser os mais corretos e adequados à situação de risco verificada. Assim, ainda que o trabalhador desenvolva comportamentos de segurança estes não serão eficazes na prevenção e na diminuição dos acidentes de trabalho. Nesta perspectiva, Probst & Brubaker (2001) referem que a avaliação da motivação para a segurança e do conhecimento de segurança deve ser em separado.
Neste estudo os dois constructos são medidos em separado e considerados individualmente pelo pressuposto que a motivação, é influenciada por mecanismos individuais resultantes da socialização, de atribuição de valor e sige objetos que avaliamos (Oliveira, 1999) e, muitas vezes influenciada por processos e mecanismos compensatórios.
Enquanto que o conhecimento implica necessariamente um processo de aprendizagem através de formação ou programas de educação e a aquisição de conhecimento não depende de formas compensatórias, além de poder ou não ser transferido para o posto de trabalho e apenas nos casos de transferência de conhecimento será eficaz ou originará resultados concretos.
A influência da motivação no desenvolvimento de comportamentos de segurança ocorre após o processo de atribuição de significado e valor a certas características do contexto laboral, o qual é influenciado pelos nossos valores resultantes do processo de socialização. A motivação neste estudo é abordada pela perspectiva da motivação que um individuo tem para cumprir regras de segurança nas suas tarefas e assim desenvolver comportamentos de
segurança.
O conhecimento de segurança desenvolve-se normalmente em contextos organizacionais de climanificado às situaçõesde segurança forte e que permitem a promoção de actividades (e.g. formação nas mais diversas áreas da segurança) cuja consequência é o desenvolvimento do conhecimento nessas mesmas áreas (Neal & Griffin, 2000).
O conhecimento de segurança também pode resultar dos programas de educação em contexto escolar (e.g. o Programa Nacional de Educação para a Segurança e Saúde no Trabalho [PNESST] desenvolvido pelas instituições governamentais relacionadas com os aspectos da segurança) para além da aprendizagem em contexto formativo.
No primeiro caso quando se desenvolvem os níveis de conhecimento de segurança entre as populações mais jovens e com referência às regras de segurança e medidas preventivas face aos riscos, contribuímos para o potencial desenvolvimento de comportamentos de segurança. (Wong, Chien, Luh et al, 2005).
Griffin & Neal (2000) consideram dois componentes dos comportamentos de segurança: o desempenho da tarefa e o desempenho contextual. Enquanto que o primeiro implica conhecermos as nossas tarefas, como as desenvolvemos, o desempenho contextual refere-se aos conteúdos e contextos inerentes aos nossos desempenhos e que exige um conhecimento mais profundo da tarefa e de toda a envolvente ambiental.
O modelo de Griffin & Neal (2000): Antecedentes dos desempenhos de segurança, Determinantes dos desempenhos de segurança, e Componentes dos desempenhos de segurança .
O conhecimento de segurança corresponde ao conjunto de conhecimentos necessários ao indivíduo para que este possa cumprir as regras de segurança e realizar as suas tarefas em segurança.
A motivação para a segurança corresponde aos motivos que o trabalhador tem para cumprir as regras e executar a sua tarefa em segurança. O nosso modelo define uma relação entre a experiência de acidentes de trabalho e clima de segurança com o desenvolvimento de comportamentos de segurança. Esta relação é mediada pela percepção de risco (i.e. cognitiva e emocional), pela motivação para a segurança e pelo conhecimento de segurança.
Objetivos e hipóteses de investigação
Os objetivos e hipóteses de investigação de seguida apresentadas baseiam-se na revisão de literatura com o intuito de analisarmos qual o contributo da experiência de acidentes de trabalho e do clima de segurança no desenvolvimento dos comportamentos de segurança.
Objetivos do presente estudo
O estudo incide sobre a questão do desenvolvimento de comportamentos de segurança como forma de prevenirmos os acidentes de trabalho e diminuirmos as taxas de sinistralidade. Essa abordagem é no sentido de analisarmos as relações entre os comportamentos de segurança e os seus preditores. Neste sentido iremos analisar as relações entre a experiência de acidentes de trabalho e clima de segurança com os comportamentos de segurança.
A sua análise também considera a influência e o modo como se estabelecem as relações entre estas variáveis e os mediadores por nós identificados (i.e. percepção de risco, motivação para a segurança e conhecimento de segurança).
A operacionalização da experiência de acidentes de trabalho através da identificação de quatro grupos distintos de experiência de acidentes de trabalho, além de duas medidas de auto-relato é uma das características mais inovadoras deste estudo, até porque esta variável é normalmente abordada apenas pelo estudo e análise das estatísticas das empresas.
Mas o próprio modelo empírico proposto é também ele inovador ao abordar as relações entre as variáveis em causa e que até agora não tinha sido feito num mesmo modelo. A abordagem da percepção de risco através de duas escalas (i.e. a escala cognitiva e a escala emocional) surge também como inovação, sobretudo numa escala desenvolvida para este estudo e que aborda riscos específicos do sector de actividade onde o estudo decorreu (i.e. indústria de moldes).
Através do estudo das variáveis do nosso modelo que de acordo com a literatura predizem os comportamentos de segurança pretendemos compreender e caracterizar os fatores que de alguma forma promovem o desenvolvimento dos comportamentos de segurança entre os trabalhadores e, que a partir dessa perspectiva podem influenciar a diminuição dos acidentes de trabalho nas organizações.
$$$EMPREENDA, FAÇA E VENDA!!!"
ARTE EM PALITOS...
PALITOS DE FÓSFORO...UAU!!!
CULINÁRIA FÁCIL...
RECEITA:
PUDIM
DE MANDIOCA...
Ingredientes
1 kg de mandioca crua e ralada
1/2 litro de leite
3 ovos
2 colheres (sopa) de margarina
4 xicaras (chá) de açúcar
Calda
Caramelo de açúcar
100 g de coco ralado
Modo de preparo
Misture a mandioca com os outros ingredientes.
Leve para assar.
Depois de assado, corte em quadrados (sem tirar da forma,
opcional).
Faça uma calda de açúcar (caramelo).
Misture o coco ralado e coloque por cima.
Sirva em seguida.
Rendimento: 8 porções
NESTE VERÃO TRABALHADOR(A):
PROTEJA-SE:
MENSAGEM...
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