CONCEITO DE PREVENIR
v t prevenir [prəvə'nir]
1 informar com antecedência, avisar
Ele preveniu que não vinha.
2 tomar medidas para evitar um mal
Mais vale prevenir que
remediar.
v pron prevenir-se [prəvə'nirsə]
preparar-se
PREVENÇÃO E EPI'S - ADMINISTRANDO A PROTEÇÃO
INDIVIDUAL
Há certas atividades dentro da
área de prevenção de acidentes que para a maioria das pessoas parece ser algo
simples demais. Talvez por isso muitos suponham que “ entendem de segurança” –
e por toda parte encontramos verdadeiras barbaridades traduzidas em ações que
deveriam ser objeto de ações na justiça. Uma das atividades mais expostas a
este tipo de ação diz respeito a administração da proteção individual. Por toda
parte deste pais existem milhares de pessoas que indicam e compram EPI e fazem
isso sem qualquer critério técnico levando em conta apenas fatores como o
preço.
Obviamente não é preciso ser especialista em prevenção de acidentes para
entender que dois objetos muito similares com preços muito distintos pode
significar algum tipo de diferença que foge aos olhos do leigo – e estas mesmas
diferenças podem fazer também diferença para a saúde do usuário e em alguns
casos – contribuir para a ocorrência de acidentes fatais.
A indicação do EPI nâo usada
corretamente, entendi que com certeza seria esta mais umrazão para em infindas
brigas entre os integrantes da NR 4 – e como estas me causam espécie –entendi
por melhor deixar de lado.
No entanto, com um pouco mais de análise parece
fácil entender os danos que por exemplo a indicação de um tipo inadequado de
máscara ou respirador podem causar – muitos deles irreversíveis inclusive.
Interessante lembrar – que em muitos casos a indicação do EPI é a o “ alvará”
–inclusive garantido pela lei – de permitir a exposição do trabalhador a
determinado risco por um determinado tempo – fica claro que sendo o EPI
indicado impróprio – os danos possivelmente irão ocorrer.
É evidente também
–que o trabalhador na maioria da vezes mal informado sobre o assunto – entende
que fazendo uso do EPI protege-se e acaba expondo-se mais pela confiança no
meio de proteção – que em muitos casos – quando indicado incorretamente - não
passa de um mero enfeite.
Fico aqui pensando que meio há
tantos debates sobre NR, sobre possibilidade de fazer PPRA ou outras coisas do
gênero – seria interessante que fossem abertos espaços para questões tais como
esta – que de certa forma chegam a ser simples – mas cujas conseqüências são
graves demais.
EPI: A Complexa Simplicidade
Pouca gente de fato se dá conta
da complexidade de relações e fatos que dizem respeito aos equipamentos de
proteção individual e seu uso. Parece que o EPI caiu no campo das coisas
implícitas quando não deve ser bem assim.
Em primeiro lugar estamos falando
de algo que vai ser colocado junto ao corpo alheio. Em muitas oportunidades
quando falo com pessoas costumo dizer que se alguém chegasse até mim, me desse
um óculos ou um protetor auricular e me falasse simplesmente “você tem que usar
isso ai” – a briga seria muito boa. É importante que todos entendam o quanto
esta relação é complexa – e mais ainda – a diversidade de fatores existentes
dentro desta mesma complexidade.
Parece que há um entendimento de que
“trabalhador deve usar EPI é ponto final” – mas não há como esquecer que o
“estar trabalhador” é um dos momentos da pessoa humana – e que ela não deixa
ter vontade, vaidade, auto estima porque “está trabalhador”. Portanto a relação
EPI x Usuário é muito mais do que apenas uma faceta da relação capital x
trabalho e como tal carece de ações bem elaboradas para que tenha sucesso.
E geralmente
não é o que acontece. Em muitos dos casos a relação fica resumida pura e
simplesmente a questão da obrigatoriedade – é lei é pronto ! Como se
estivéssemos numa terra onde todas as leis fossem tratadas assim. Em tantos
outros casos a questão acaba sendo conduzida a abordagem emocional pura e
simples.
Lamentavelmente não podemos deixar de citar que também o uso do EPI
está no rol das grandes diferenciações feitas na maioria das empresas – onde
alguns usam uniformes, crachás, tem suas bolsas revistadas, andam a pé e USAM
EPI – enquanto outros – que muitas vezes ocupam os mesmos espaços no chão de
fábrica – mas que te que algum tipo de função diferenciada – não recebem o
mesmo tratamento.
Penso que o assunto – para
alcançar sucesso – deve sair da obscuridade das coisas meramente obrigatórias –
e passar para o entendimento até mesmo do modelo de trabalhador que dizem ser
compatível com os tempos atuais. Ora, se muitas empresas hoje em dia afirmam
que o perfil do empregado deve corresponder ao trabalhador capaz de ações
inovadoras, criatividade, de cuidar da qualidade de seu próprio trabalho e da
manutenção de seu instrumento de trabalho – talvez seja interessante que em
determinada fase da administração da proteção individual seja este mesmo
trabalhador chamado a escolher o tipo de EPI que mais lhe chame a atenção –
isso me parece ser de bom senso e um bom começo para uma nova relação para este
assunto.
O implantar o EPI – que como foi
dito logo no inicio deste artigo – no entendimento de muitos é tarefa das mais
simples – deve merecer atenção das mais especiais. Não querendo chover molhado
– mais sabendo que muitas das pessoas que nos lêem não são especialistas em
prevenção – tudo deve começar por uma boa avaliação – e sem esta – todo
processo realmente não terá qualquer validade e muitas vezes além de estar se
prejudicando trabalhadores estaremos jogando muito dinheiro fora.
Tanto a
própria legislação como todas as bases do conhecimento técnico e ético da
prevenção são claras quanto a necessidade de esgotarmos todas as outras
possibilidades de proteção antes de chegarmos a proteção individual. Isso, que
também pode parecer tarefa das mais simples é na verdade a porta de um mundo
vasto de inúmeras possibilidades.
Verdade seja dita que muita gente ainda EPI em
nosso pais pela falta de capacidade técnica de muitos profissionais. Verdade
também que a comodidade de muitas destas e outras tantas pessoas – desprovidas
de respeito ao trabalhador– contribui demais para as coisas sejam assim. De
tudo isso – e principalmente pela uso indiscriminado – surge parte da aversão
dos trabalhadores por alguns destes equipamentos.
Tenham certeza absoluta que
com CONHECIMENTO, interesse boa vontade – em muitos dos locais de trabalho
seria possível eliminar a necessidade do EPI. Vou citar aqui três casos, ambos
ocorridos dentro de grandes empresas. O primeiro deles diz respeito a uma área
com quase 700 empregados – onde o uso do calçado de segurança com biqueira de
aço era obrigatório.
Tal obrigação além de causar imensos incômodos aos
trabalhadores também contribuía para o aumento do absenteísmo devido as
calosidades – já que as atividades naquele local obrigavam os empregados a
mudarem com muita freqüência de partes baixas para partes altas e vice-versa.
Isso ocorreu durante anos – até que um dia – um Técnico de Segurança recém
contratado resolveu questionar a situação.
Feitas as análises, chegou-se a
conclusão que o uso do calçado naquela local ocorria devido a “tradição
histórica” (foi esta mesma a expressão usada nos relatórios sobre o assunto).
Logo em seguida os calçados foram trocados por tênis de segurança – valendo-se
apenas dos benefícios do solado anti derrapante devido ao piso da área
apresentar alguns problemas neste sentido.
Em uma outra empresa– em uma área
bastante quente - grande parte dos empregados trabalham com camisas de mangas
compridas – e embora camisas de mangas compridas não seja EPI– a finalidade ali
era de proteção. Analisado e estudado o assunto –concluiu-se que a exigência
foi definida pelo SESMT local para proteger os empregados do contato com
solventes.
Ficou claro que neste caso a tentativa de proteger acabava mesmo
agravando a situação já que o solvente que caia sobre a manga ficava ainda mais
tempo em contato com o corpo. Muito pior do que estes dois casos ocorreu em
outra conhecida empresa situada também no interior de São Paulo. Lá durante
anos ocorreram diversos conflitos e mesmo algumas demissões devido a recusa do
uso do capacete.
O que parecia normal – e contava com a anuência de um SESMT
completo – foi um dia questionado por uma Ajudante da Limpeza em uma destas
reuniões que a alta direção fazem com os empregados. Feito o estudo– que com
certeza caberia ao SESMT por sua própria iniciativa – chegou-se a conclusão que
o uso do capacete era de fato desnecessário e que firmou-se como norma vigente
em razão da maioria dos empregados que atuavam na empresa serem os mesmos que
haviam atuado na construção da fábrica. Fico aqui imaginando que se isso ocorre
dentro de grandes e conhecidas empresas – tendo dentro delas especialistas no
assunto – não é difícil imaginar o que deve ocorrer em outros locais de
trabalho.
Não existe implantação de EPI
correta sem análise de risco bem feita. Não existe análise de risco bem feita
sem conhecimento e entendimento do que de fato é risco. Isso é básico – na
teoria. É feita a análise de riscos de forma alguma – quando identificados os
mesmos – a próxima fase do processo será a indicação do EPI pura e
simplesmente. Vamos trabalhar gente ! Vamos procurar soluções. Conheci uma
grande empresa de alimentos da região sudeste onde 48 trabalhadores usavam
protetor auricular porque ninguém teve o discernimento de inverter a posição do
cano de um purgador. Por fim, com 6 horas de trabalho de um pedreiro e um
encanador, inverteu-se a posição de um cano e o ruído gerado foi jogado para
fora do prédio.Tenham certeza que soluções para evitar o uso do EPI nem sempre
estão associadas a altos custos – talvez o problema seja mesmo – baixas
vontades.
Passando pela coisa da avaliação
– com toda sua complexidade quando tratamos em especial das formas
quantitativas – teremos então definido em quais postos de trabalho há
necessidade do uso do EPI. Sim, entendo que a definição não deva ser feita de
outra forma – acho que a generalização do uso do EPI pode parecer muito cômoda
tanto para o SESMT como para a Liderança – mas com certeza é desrespeitosa com
o trabalhador. EPI deve ser usado quando de fato for necessário e a
generalização contribui imensamente para banalização dos equipamentos que acabam
virando quase que partes dos uniformes das empresas.
A Indicação ou Determinação do
EPI deve ser escrita e formal. Por toda parte encontramos bons modelos que
podem ser copiadas ou mesmo adaptados – de forma geral eles devem conter no
cabeçalho no nome da empresa, logo abaixo o nome da Gerência, Departamento ou
Área a qual diz respeito aquela determinação. No corpo do documento devem
constar as operações e os respectivos EPI a serem usados.
Um ponto importante e
que estes documentos – embora devam ser assinados pelo responsável pela
indicação – na verdade deverão ter principalmente a assinatura do Gerente ou
Superintendente da Área – ficando claro que o emissor do documento tecnicamente
falando é o integrante do SESMT, mas que a Determinação para o uso é uma
atribuição do Gestor da Área em questão. Por fim, todas as indicações devem ser
datadas – de tal forma que seja possível avaliar a validade da indicação – e no
mesmo campo – seguindo as formalidades dos conhecidos sistemas de gestão –
datas para futuras revisões e outras formalidades do gênero.
Feito isso, tenham certeza que
ainda estamos apenas começando!
De certa forma viemos até aqui resolvendo a
parte mais voltada aos conhecimentos técnicos da prevenção de acidentes.
Complementando a parte de documentos é importante pensarmos e executarmos uma
boa forma de controle para registrar a entrega dos EPI.
Estamos aqui diante de
mais uma destas coisas que para muitos parece ser não mais do que fazer uma
folha de papel – e entre estes estão os grandes colaboradores para que as
empresas que representam percam diariamente inúmeros processos trabalhistas -
gente com muita boa vontade e não mais do que isso.
Primeiro é preciso que
fique claro que o controle da entrega da EPI não pode ser apenas o mero
controle de almoxarifado ou depósito – isso geralmente presta-se tão somente as
necessidades da Área de Logística.
É preciso – e não sou eu quem diz isso mas a
legislação – estar evidenciado que o empregado recebeu os EPI necessários e
compatíveis aos riscos de seu trabalho. Este evidenciar geralmente passa por
uma Ficha ou Registro de Entrega de EPI – que deve ser mantida sem rasuras, com
todos os eventos datados – dia, mês e ano, sem possibilidade de espaços em
branco e com cada entrega assinada pelo empregado.
Só isso ??? Não !!! Cuidados
devem ser tomados para que em alguns casos a descrição do EPI entregue não seja
generalista ou simples demais. Como exemplo disso deve ser levado em conta o
grau de atenuação que se busca por exemplo com a proteção auricular – nos casos
mais simples talvez a mera descrição de “protetor auricular” seja satisfatória
– no entanto em alguns casos será preciso escrever “protetor auricular tipo
concha” – ou classicamente falando “protetor circum-auricular”.
Cuidado
especial devem ser tomados com EPI como máscaras, respiradores e cremes
protetivos visto que cada modelo ou tipo tem uma atuação toda especifica.
Parece desnecessário lembrar que por detrás disso tudo há a necessidade de
mantermos um arquivo de Certificados de Aprovação e sempre que possível cópias
das Notas Fiscais que comprovem a aquisição dos equipamentos.
Ainda tratando da Ficha ou
Registro de Entrega do EPI – devemos lembrar que a entrega deve ser acompanhada
de treinamento ou orientação para o uso. É comum que no cabeçalho destas fichas
ou registros existam textos que são uma declaração do empregado informando que
recebeu a orientação necessária para o uso dos EPI abaixo descritos.
De minha
parte entendo e tenho visto que juridicamente esta é uma prática que vem sendo
aceita. No entanto, mais interessante seria que por exemplo no verso da própria
ficha tivéssemos descrições sucintas quanto as orientações e que com alguma
freqüência novas assinaturas – mediante novas orientações –fossem sendo feitas
– evidenciando a continuidade da ação – que de alguma forma é mencionada no
texto mais recente da NR 6.
Por fim, falando ainda dos
tramites burocráticos – é importante que exista a formalização quanto a
necessidade da freqüência da entrega. Traduzindo quero dizer com isso – por
exemplo - que manter uma ficha destas e nela registrar a entrega de um protetor
auricular de inserção destes descartáveis – para empregado que trabalhe em área
hostil (sujidades, calor, etc) a cada ano – na verdade está gerando-se uma
evidência negativa – ou seja – uma prova da total falta de critérios e
administração para a proteção pessoal.
A aplicação do bom senso deve falar mais
alto – pois embora não exista uma definição quanto a durabilidade deste tipo de
EPI utilizado como exemplo – o entendimento geral é que ele é descartável e
portanto – o uso de um EPI descartável por um período muito grande pode
implicar na nulidade dos efeitos protetivos do mesmo. Cabe ao profissional
p-conforme o rigor do trabalho executado e as condições do ambiente onde ele é
feito desenvolver um trabalho e definir os níveis mínimos de trocas – com
período e tudo mais que tem direito.
EPI X PESSOA: Uma Relação Difícil
Embora não tenhamos ainda
concluído todas as fases doa processo técnico – visto que ainda falaremos das
necessidade de substituição e higiene, da possibilidade de recuperação e
atenções que devem ser dadas a questão do descarte – e ainda – da sinalização
para o uso – faremos aqui um paranteses para falarmos da fase que diz respeito
ao treinamento do homem.
Primeiro é bom trazermos de volta a mente os pontos
citados em outra parte deste artigo quando nos referimos a necessidade de
entender que a relação com o EPI não limita-se a “figura do trabalhador”. Logo
em seguida devemos caminhar na direção de tornarmos mais amplo o conceito
“treinamento para o uso” – em primeiro lugar porque a grande maioria dos EPI –
para seu uso correto – não implica de maiores esforços – visto que são simples
os princípios do uso.
Deve então ficar claro que o “treinamento” deve estar
mais voltado a questões comportamentais do que a mecânica do uso – sendo
aprimorada a questão da mecânica sempre que o tipo de EPI exigir. Neste ponto
então deve haver muito bom senso e com certeza o Engenheiro ou o Técnico de
Segurança devem valer-se de outros profissionais.
Não estamos aqui reinventando
a roda – afinal de contas sabemos das dificuldades que os SESMT encontram em
grande partes das empresas – mas se estas de fato desejam a IMPLANTAÇÃO do EPI
– precisam ter visão dos problemas. Pessoalmente entendo que qualquer processo
de implantação deveria contar com o envolvimento de uma profissional ligado a
área do comportamento humano – e nem digo que deveria ser este profissional que
fizesse o trabalho de campo – mas com certeza deveria ser ele o planejador
fazendo o SESMT o seu multiplicador.
A participação da Medicina – seja ela do
Trabalho onde houver este profissional – ou mesmo a Assistencial com certeza
será de grande valia. Por fim, se isso tudo for utopia – como alguns devem
estar dizendo – bom seria então que os fabricantes de EPI ou mesmo seu
Sindicato contratassem profissionais do comportamento humano, elaborassem um
trabalho básico e fornecessem aos SESMT.
Isso mesmo!!! Com certeza estariam
dando uma grande contribuição para a prevenção de acidentes e doenças do
trabalho e ao mesmo tempo otimizando seus negócios. Com certeza a aceitação do
EPI seria maior se maior fosse a qualidade dos processos de aproximação entre o
usuário e o equipamento. Isso poderia facilitado com o uso de dinâmicas e
técnicas mais adequadas. É preciso saber distinguir bem entre os processos
atuais e os necessários a esta finalidade – diferenciando o “informar” de
outras práticas adequadas e corretas.
Importante dizer aqui que não
cabe o pensamento de alguns que tentam afirmar que o trabalhador deseja se
lesionar – mesmo porque isso não é inerente da pessoa humana. O que ocorre de
fato é que a grande maioria das iniciativas prevencionistas é de cunho
amadoristico.
Você Colocaria Isso no SEU Corpo
?
Esta é um pergunta que faço
muitas vezes quando visito empresas, treinamentos, fábricas...
Geralmente a Liderança toma como assunto a
rejeição dos empregados quanto aos EPI – aqueles mesmos EPI que estão ali
jogados, sujos, rotos e muitas vezes já totalmente inoperantes. Isso tudo
demonstra logo de cara que nem mesmo a Liderança daquele local entende bem a
questão da proteção pessoal –para muitos deles o EPI é o mesmo que uma chave de
fenda, uma martelo ou algo assim. Quando isso ocorre – não há como deixar de
fora do planejamento da implantação um treinamento para este segmento.
Mas o assunto não é mais este.
Neste momento queremos falar sobre a higienização, substituição,guarda,
recuperação e descarte do EPI. Tenham certeza que mesmo que façamos tudo certo
na fase de convencimento do usuário – se não garantirmos EPI em condições de
uso teremos gasto recursos sem qualquer finalidade. O assunto é sistêmico e se
não olharmos assim fracassaremos.
Verdade seja dita: poucas vezes
na vida encontrei empresas onde a higienização dos EPI seja uma realidade e ver
isso causa diversas dores. A primeira delas é a certeza de que os trabalhadores
não estão mesmo usando aquelas coisas sujas. A segunda é de ver dinheiro jogado
pelas bancadas, pelo chão, nas latas de lixo e outros tantos lugares.
Ao mesmo
tempo entrar aqui a questão da responsabilidade cidadã do profissional de
segurança. É interessante pensarmos que no mundo atual o detentor de
determinados processos deve incluir em suas preocupações e planejamento as
questões do meio ambiente – profissional moderno indica, compra e pensa no
descarte. Ora quando o descarte o precoce pela falta de administração do
assunto a atuação do profissional é incorreta em diversos aspectos. Portanto um
plano básico de higienização deve ser pensado e posto em prática.
Parte dos EPI
carecem de simples limpeza – mas cuidado com isso – pois muitos materiais
utilizados na limpeza podem ser agressivos e causar problemas – por isso ao
definir seu programa de higienização consulte o fabricante. Outros EPI carecem
de ação de firmas especializadas – e em alguns casos – também homologadas (em
especial as luvas).
O pós higienização também deve merecer atenção – sendo
indicada para isso uma inspeção por amostragem – em especial dos EPI que são
enviados para recuperação fora da fábrica. Cada caso é uma caso, cada empresa
uma realidade – mas todos tem em comum a possibilidade de um bom trabalho a ser
feito pelo SESMT. Embora o uso do EPI seja uma obrigação legal – o desperdício
de forma alguma está previsto em qualquer lei.
Difícil crer que possa existir
conservação e higiene sem que exista a possibilidade de guardar o EPI em local
apropriado. Fico decepcionado quando encontro pares e pares de protetores
auriculares dentro de caixas de ferramentas, em meio a objetos cortantes e
graxa. Vale lembrar que a guarda adequada também é fiscalizável.
Quanto a substituição – também
prevista na legislação –cuidados devem ser tomados para que todos os envolvidos
estejam conscientes deste direito do empregado e obrigação da empresa.
Um outro ponto importante da
administração da proteção pessoal diz respeito a Comunicação Visual. Em muitas
empresas nota-se que existem placas e cartazes para muitas coisas – menos para
indicar os EPI que devem ser utilizados nos locais. Esta sinalização é muito
importante além de auxiliar durante as auditorias de uso feitas Liderança ou
mesmo pelo SESMT
Auditoria: Garantir a manutenção
do processo
Muitos são os bons trabalhos que
se perdem por não contemplarem em seus planejamentos uma fase de acompanhamento
e avaliação do próprio trabalho – quanto a isso nos da área de prevenção de
acidentes temos muito a aprender com os profissionais da qualidade. Pouco ou
nada adiantará investirmos na administração da proteção individual muito do que
vimos neste artigo se não dermos seqüência acompanhando o desenvolvimento de
nosso próprio trabalho.
Propomos a seguir um modelo de
auditoria para o assunto. Vejam bem que estamos nos referindo a algo muito
maior do que uma mera inspeção de uso ou não do EPI – abrindo espaço para
observarmos a questão de forma sistêmica, vejam:
Esta forma de
trabalhar permite medirmos o grau de eficiência de nosso trabalho além de gerar
dados capazes de serem entendidos pela Alta Direção e Liderança e por
conseqüência permitindo ações por parte destes.
Chamo a atenção para a parte
final da auditoria, quando o responsável pela área recebe uma cópia onde estão
apontadas as deficiências da área sob sua responsabilidade e assina a cópia que
ficará no arquivo do SESMT. Talvez seja este o caminho – mesmo que seja
trilhado vagarosamente – para de vez por todas justaposicionarmos a questão da
verificação do uso do EPI. Esta com certeza é a forma correta, inteligente e
profissional do SESMT trabalhar.
Observações Finais
Outros tantos detalhes podem ser
inseridos na Administração da Proteção Individual – isso conforme a realidade
da empresa onde se atua. São coisas que podem ser por exemplo a definição de
uma catalogo de EPI – quando as empresas são muito grandes e os itens variados.
É comum notarmos que as Áreas de compras não tem a mínima idéia do que estão
comprando, mesmo porque as descrições que recebem nas requisições são
genéricas. Um catalogo com definições mais detalhadas ou mesmo a homologação de
alguns tipos de EPI podem fazer diferença e minimizar conflitos
Uma outra sugestão – em especial
para as empresas com PPRA e PCMSO informatizados e interligados – e a inserção
de um campo no ASO para que nos exames periódicos o empregado seja informado
quanto aos EPI que devem usar. Trata-se de uma grande inovação que aliada a uma
possível orientação dada pelo Médico – sempre muito acatado e respeitado pelo
empregado – pode contribuir muito para a administração da proteção individual –
isso sem falarmos na geração de uma forte evidencia documental para o assunto.
Dentro da modernidade, já
conhece-se caso de empresas que trouxeram para dentro de suas instalações algo
como uma “loja de EPI”. Nestes locais, o trabalhador comparece com um ticket e
retirar seus EPI. Tal possibilidade – quando bem explorada – pode contribuir
para a melhoria do processo e por conseqüência – eliminando depósitos – para a
redução de custos.
Enfim, há um vasto campo a ser
explorado e trabalhado. Uma forte característica do profissional brasileiro é a
criatividade – um dos nossos diferenciais. Olhando o problema de frente e de
perto com certeza a questão da administração da proteção individual pode ter
muitos avanços e deixar o campo das obrigações meramente legais e ganhar o
status de item do interesse do trabalhador. Em pesquisa recentemente feita em
uma grande empresa multinacional instalada no ABC Paulista, os trabalhadores
colocaram como principal preocupação a manutenção da saúde. Temos certeza que
não se trata de um anseio isolado. Promover o encontro entre o anseio e a
realização pode ser algo bastante interessante
FONTE: Cosmo Palasio de Moraes Jr
$$$EMPREENDA E VENDA$$$
PÁSCOA RENOVE SUA VIDA DE VERDADE
RECICLAGEM COM ROLOS DE PAPEL HIGIÊNICO...
PORTA CHAVES
CULINÁRIA FÁCIL
LAZANHA DE BISCOITO
Molho branco
3 colheres (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de alho picado
3 colheres (sopa) de cebola picada
3 colheres (sopa) de farinha de trigo
600 ml de leite
Sal a gosto
1 pitada de noz moscada
Com os ingredientes, faça a montagem num refratário de 24 x 30 cm e 5 cm de altura aproximadamente.
PREPARO MOLHO BRANCO
Numa panela, coloque a manteiga, refogue o alho e a cebola. Acrescente a farinha de trigo, mexendo sempre para não empelotar. Adicione o leite e mexa até formar um creme. Acerte o sal e coloque a noz moscada.
MONTAGEM:
Molho branco, bolacha, molho vermelho, mussarela, presunto e bolacha. Vá intercalando os produtos até finalizar com o queijo parmesão ralado. Leve ao forno pré-aquecido por mais ou menos 15 minutos.
Biscoitinhos de Chocolate e Nozes com recheio de Limão
Biscoito
- 150 g de manteiga em temperatura ambiente
- ½ xícara (chá) de açúcar (100 g)
- 1 colher (chá) de suco de limão
- ½ colher (chá) de canela
- ½ colher (chá) de cravo em pó
- ½ xícara (chá) de nozes picadinhas (50 g)
- 1 pitada de gengibre em pó
- ¼ xícara (chá) de chocolate em pó (30 g)
- 1 ½ xícara (chá) de farinha de trigo
Recheio
- 100 ml de suco de limão (10 colheres de sopa)
- 3 xícaras (chá) de leite em pó (320 g)
- 1 xícara (chá) de açúcar (200 g)
- raspas da casca de 1 limão
PREPARO
Biscoito
1°- Numa batedeira coloque 150 g de manteiga em temperatura ambiente e ½ xícara (chá) de açúcar e bata bem até formar uma mistura cremosa e esbranquiçada.2° - Desligue a batedeira, transfira a mistura para uma tigela e adicione 1 colher (chá) de suco de limão, ½ colher (chá) de canela em pó, ½ colher (chá) de cravo em pó, ½ xícara (chá) de nozes picadinhas, 1 pitada de gengibre em pó, ¼ xícara (chá) de chocolate em pó e 1 ½ xícara (chá) de farinha de trigo e misture bem até formar uma massa homogênea.
3°- Coloque a massa (feita acima) entre 2 sacos plásticos e abra massa com um rolo na espessura de +/- 0,5 cm. Com a boca de um copo (ou um cortador no formato que desejar) vá cortando os biscoitinhos e colocando numa assadeira.
4° - Leve ao forno médio pré-aquecido a 180°C por 25 a 30 minutos. Retire do forno e deixe esfriar. Depois de frio pegue biscoitinho assado coloque um pouco de recheio de limão pressionando levemente com os dedos e una com outro biscoitinho assado. Sirva em seguida.
Recheio
1°- Numa tigela coloque 100 ml de suco de limão (½ xícara de chá), 3 xícaras (chá) de leite em pó, 1 xícara (chá) de açúcar, raspas da casca de 1 limão e misture bem.2°- Coloque a massa de limão entre 2 sacos plásticos e abra na espessura de 0,8 cm. Corte o recheio com a boca de um copo (ou cortador no formato que desejar). Use o mesmo cortador que usou na massa para que os biscoitinhos fiquem com o recheio no mesmo formato discos.
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