A agricultura é uma das atividades mais antigas e mais importante no desenvolvimento evolutivo e sócio-econômico da humanidade, sendo que cerca de 1 bilhão e meio de pessoas no planeta trabalham hoje no campo.
Segundo o IBGE, no Brasil, cerca de 20 milhões de pessoas trabalham em atividades agrárias. E isso exige cuidados redobrados quanto aos aplicativos de agrotóxicos e químicos no campo no controle e combate de pragas que possam por em risco a plantação, afinal, é o tesouro de um país quanto ao mercado econômico e financeiro.
Em 1992, durante a Conferência da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD/Rio 92), conhecida como ECO-92, foi elaborado um documento, a Agenda 21, que reflete as preocupações com o futuro do planeta, servindo de guia para ações governamentais e de todas as comunidades que procuram se desenvolver preservando o meio ambiente.
O Capítulo 19 da Agenda 21 preconiza a gestão ambientalmente segura das substâncias químicas tóxicas, incluindo a prevenção do tráfego internacional ilegal dos produtos tóxicos e perigosos. Seis áreas programáticas foram instituídas, dentre elas, a chamada “Harmonização da Classificação e da Rotulagem de Produtos Químicos”, que tinha, como objetivo inicial, dispor, até o ano 2000, de um Sistema Globalmente Harmonizado (GHS) para classificação de perigo e rotulagem, incluindo fichas de informação de segurança de produtos químicos e símbolos facilmente identificáveis. Hoje, a meta para a implementação deste sistema é 2008, podendo este prazo ser novamente ampliado.
A necessidade da implantação deste sistema é decorrente da existência de informações divergentes sobre o risco dos diversos produtos químicos existentes, que implicam não só em problemas de segurança (países que não têm exigências específicas podem encontrar rótulos ou fichas com informações diferentes para o mesmo produto químico), como também de natureza comercial (caso de substâncias restritas apenas em alguns países). Além disso, o número de substâncias químicas existentes, bem como a velocidade com que novas substâncias são criadas, impedem a regulamentação de todos os produtos químicos perigosos. Estima-se que 99% das substâncias químicas não tenham sido submetidas a ensaios de toxicidade.
O GHS pretende atingir trabalhadores, consumidores, trabalhadores consumidores, trabalhadores em transporte e profissionais que atuam em emergências com produtos químicos, trazendo, como benefícios, maior proteção para os seres humanos e o meio ambiente, por meio da padronização da classificação de todos os produtos químicos e da criação de uma maneira de rotulá-los baseada em pictogramas (cenas ou objetos desenhados em que as idéias são expressas) de compreensão universal. Além disso, o GHS trará facilidades para o comércio internacional, fornecendo a todos os países uma estrutura para classificar e rotular produtos químicos perigosos e assegurando que sejam fornecidas informações importantes sobre todos produtos químicos importados e exportados mundialmente.
Estas informações formarão a base dos sistemas para a gestão segura de produtos químicos em todo o mundo, reduzindo a necessidade de testes e avaliações. Serão beneficiários deste sistema todos os países, organismos internacionais, fabricantes e usuários de produtos químicos que dele participem. Para aqueles países que já possuíam um sistema de classificação de substâncias químicas, não haverá redução da proteção, ainda que todos os sistemas existentes devam ser alterados.
Os critérios escolhidos serão sempre os mais restritivos.
Para nós, usuários de substâncias químicas diversas e geradores de novas substâncias e de resíduos químicos, o GHS servirá como ferramenta não só para a identificação dos riscos, como também para a rotulagem apropriada de reagentes, produtos e resíduos, o que facilitará a estocagem e a disposição dos mesmos, evitando a ocorrência de acidentes.
A Importância da FISPQ na Segurança do Trabalho Rural
Tratada como documento de grande importância em muitos países, as Fichas de Informação de Segurança de Produto Químico (FISPQ), ainda são pouco utilizadas no Brasil, quando da aplicação de defensivos agrícolas.
Criadas nos Estados Unidos há cerca de 20 anos, por determinação da Occupational Safety & Health Administration (OSHA), órgão cuja a principal missão é prevenir danos e acidentes no ambiente de trabalho, exige-se o desenvolvimento e disseminação de informações sobre produtos químicos usados, para que sejam manipulados com segurança pelos colaboradores.
A padronização do documento surgiu em, com a publicação da ISO 11014, que definiu os 16 itens que devem constar nas fichas de segurança, seus subitens e formas de apresentação.
Através das FISPQ's, serão definidos os controles apropriados para promover a segurança ao ambiente de trabalho, como os equipamentos de proteção individuais (EPI's) a serem usados pelos colaboradores, indicar os primeiros socorros envolvendo o produto químico, estabelecer os procedimentos a serem adotados se ocorrer derramamento acidental, incêndio e outros acidentes, e ainda outras informações valiosas para prevenção de acidentes.
Os fornecedores tem o dever de manter as FISPQ's sempre atualizadas e disponíveis gratuitamente aos usuário. Por sua vez, os usuários é responsável por agir de acordo com as instruções nelas prescritas.
O Que Devem constar obrigatoriamente em uma FISPQ:
1. Identificação do produto e da empresa;
2. Composição e informações sobre os ingredientes;
3. Identificação dos perigos;
4. Medidas de primeiros-socorros;
5. Medidas de combate a incêndio;
6. Medidas de controle para derramamento ou vazamento;
7. Manuseio e armazenamento;
8. Controle de exposição e proteção individual;
9. Propriedades físico-químicas;
10. Estabilidade e reatividade;
11. Informações toxicológicas;
12. Informações ecológicas;
13. Considerações sobre tratamento e disposição;
14. Informações sobre transporte;
15. Regulamentações;
16. Outras informações.
2. Composição e informações sobre os ingredientes;
3. Identificação dos perigos;
4. Medidas de primeiros-socorros;
5. Medidas de combate a incêndio;
6. Medidas de controle para derramamento ou vazamento;
7. Manuseio e armazenamento;
8. Controle de exposição e proteção individual;
9. Propriedades físico-químicas;
10. Estabilidade e reatividade;
11. Informações toxicológicas;
12. Informações ecológicas;
13. Considerações sobre tratamento e disposição;
14. Informações sobre transporte;
15. Regulamentações;
16. Outras informações.
Todos os colaboradores que manipulam agrotóxicos ou quaisquer outros produtos químicos, devem receber treinamento de forma a agir conforme prescrito na FISPQ do produto a ser utilizado.
Deve sempre ser treinado e acompanhado quanto ao uso do EPI específico, modo de transporte, manuseio e armazenamento seguro do produto.
É de extrema importância saber qual o EPI correto para manipulação de cada agrotóxico, uma vez que a química do produto pode ser absorvidas de maneiras diferentes pelo organismo, como por inalação (quando o produto químico entra pelas vias aéreas até o pulmão do trabalhador), por ingestão (quando o trabalhador ingeri o produto químico) ou por absorção (produtos químicos lipossolúveis, podem ser absorvidos pela pele) e podem causar diferentes reações fisiológicas.
O empregador deve fornecer os treinamentos e manuais de instrução aos colaboradores, quanto à correta manipulação do agrotóxico, bem como o uso correto dos equipamentos de segurança.
Salientando que, conforme a Norma Regulamentadora 31, à trabalhadores menores de 18 anos, maiores de 60 anos e gestantes, é vedada a manipulação de quaisquer agrotóxicos ou produtos semelhantes.
A Norma Regulamentadora 31, que estabelece preceitos de Segurança e Saúde dos Trabalhos Rurais, dispõe de diversas normas quanto os procedimentos seguros quanto à aplicação de agrotóxicos.
Exijam sempre a FISPQ do produto utilizado em seus estabelecimento, diretamente com o fornecedor ou fabricante do produto, e utilize-a de maneira correta para aumentar a segurança e a saúde no seu ambiente de trabalho.
FONTE: Prof. Leonardo Galvão
NÓS RECOMENDAMOS: HORTA CASEIRA
Os alimentos orgânicos são aqueles que utilizam, em todos seus processos de produção, técnicas que respeitam o meio ambiente e visam à qualidade do alimento. Desta forma, não são usados agrotóxicos nem qualquer outro tipo de produto que possa vir a causar algum dano a saúde dos consumidores. No Brasil, o sistema orgânico de produção está regulamentado pela Lei Federal no 10.831, de 23 de dezembro de 2003, que contém normas disciplinares para a produção, tipificação, processamento, envase, distribuição, identificação e certificação da qualidade dos produtos orgânicos, sejam de origem animal ou vegetal.
Um fator importante a ser considerado é o teor de nutrientes das frutas, verduras e legumes da agricultura tradicional e da orgânica. Um estudo realizarealizado nos Estados Unidos em 2007 aponta que o teor de vitaminas, minerais e fotoquímicos dos produtos orgânicos pode ser maior que 40% em relação aos produtos da agricultura tradicional. Mesmo não tendo muitos estudos relacionados a comparar nutrientes entre alimentos orgânicos e inorgânicos, sabe-se que a utilização de agrotóxicos (frutas, legumes e hortaliças), antibióticos e anabolizantes (animais) pode causar predisposição a doenças como tumores, infertilidade, doenças do fígado e rins, doenças do sistema nervoso, dentre outras.
Dentre as vantagens da utilização de alimentos orgânicos pode citar-se:
- Prevenção de doenças relacionadas a agrotóxicos, antibióticos e anabolizantes;
- Menor risco de desenvolvimento de cânceres;
- Maior valor nutricional dos alimentos;
- Conservação do meio ambiente;
- Aumento da renda de pequenos produtores;
- Incentivo ao cultivo familiar;
Como os alimentos orgânicos são produzidos em pequena escala, e por poucos produtores, seu preço de mercado é um pouco maior em relação aos não orgânicos, porém, algumas alternativas como a implantação de uma horta caseira ou comunitária, podem ajudar a incluir estes alimentos na mesa do brasileiro.
O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), realizado pela Anvisa, listou os 9 alimentos com mais quantidade de agrotóxicos:
HORTA CASEIRA PODE SER TANTO DE ALIMENTOS QUANTO MEDICINAL...
Introdução
Todo mundo quer uma alimentação saudável. Para uma alimentação segura e balanceada, uma horta caseira é uma excelente opção. Mas quando há falta de espaço... isso parece uma missão impossível. Mas não é.Nesse artigo você entenderá como montar uma mini-horta em vasos de um modo muito simples e descomplicado. Você poderá fazê-la até mesmo no seu apartamento.
Escolhendo o local, o vaso e o que plantar...
Local
Em locais escuros ou mal-iluminados, as plantas não fazem fotossíntese e não crescem adequadamente. Portanto, escolha um local bem iluminado, com bastante luz natural disponível. Em apartamentos, a sacada e a área de serviço costumam ser bons locais.
Vaso
Para isso não há regras, só algumas recomendações básicas: Os vasos devem possuir furos em baixo para drenar o excesso de água.
Vasos muito altos são desnecessários. 20 cm de altura costumam ser suficientes para um bom desenvolvimento das raízes. Vasos rasos demais secam muito rapidamente.
O que plantar
Para uma horta em vasos as melhores opções normalmente estão entre as pequenas hortaliças aromáticas, além de ervas medicinais, já que produzem constantemente e precisamos de pequenas quantidades por vez.
Algumas boas escolhas são: cebolinha, salsinha, coentro, hortelã, manjericão, manjerona, entre muitas outras.
Podemos encontrar essas plantas facilmente na forma de sementes ou mudas já formadas, em lojas agrícolas ou na feira.
Como preparar o vaso
Há várias formas de prepararmos o vaso, mas o importante é facilitar a drenagem de água e disponibilizar nutrientes para a planta através de matéria orgânica. Para evitar que o vaso se encharque, basta cobrirmos o fundo do vaso com uma camada fina de pedras britadas, cacos de telha ou porcelana, ou mesmo outro material que tenha disponível.
A terra utilizada pode ser preparada de diversas formas, atingindo resultados semelhantes. Recomenda-se sempre adicionar sempre um pouco de húmus, mas sem exageros, pois seu excesso pode levar as plantas à morte.
Plantando as mudas ou sementes
Se utilizar sementes, semeie na profundidade recomendada na embalagem, mas desconsidere o espaçamento recomendado quando plantar em vasos. Se já possuir mudas, o plantio é bem mais simples. Plante a muda nivelando-a com o solo do vaso, preenchendo os espaços vazios com terra. Pressione levemente em torno da muda para eliminar os bolsões de ar.Regue o vaso até que fique bastante úmido, devagar, sem inundar o vaso.
Manutenção da horta em vasos
Manter a horta é muito fácil, além de ser uma verdadeira terapia. Separamos três tópicos que consideramos importantes para o seu melhor cultivo.
Regas
Procure manter o vaso sempre levemente úmido, sem nunca encharcar, já que isso poderia matar a planta e causar doenças na mesma. Molhar uma vez por dia normalmente já é o suficiente.
Adubação
Se desejar, adube o vaso com pequenas quantidades de húmus, adubos minerais (NPK), ou adubos líquidos. Evite exageros, já que o exagero pode levar à “queima” da planta, podendo matá-la.
Replantando
As pequenas plantas não duram pra sempre, uma hora começarão a exibir um mau aspecto. Quando isso ocorrer, você deverá replantar as mudas, utilizando o mesmo procedimento anterior, devendo-se trocar a terra do vaso.
TRABALHADORES MÃOS Á OBRA, POIS, ORGANIZAR UMA HORTA CASEIRA É UMA TERAPIA OCUPACIONAL, É UMA OPORTUNIDADE DE TRABALHO E APRENDIZADO PARA RESPONSABILIZAR E EDUCAR A FAMÍLIA, É UMA DAS FÓRMULAS MUNDIAIS DE ERRADICAR A POBREZA E A MISÉRIA HUMANAS, É UMA MANEIRA DE EXERCITAR A INTELIGÊNCIA E DESENVOLVER O VISAGISMO, OU SEJA, UM OLHAR HARMÔNICO ENTRE OS OBJETOS E A DISPOSIÇÃO DESTES DE FORMA BELA E UTIL. ENFIM...VALORIZE O QUE O BRASIL TEM DE MELHOR: TERRAS BOAS PARA PLANTIO...AFINAL..."AQUI EM SE PLANTANDO TUDO DÁ"... ALÉM DE ECONOMIZAR NO SEU BOLSO COM ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E QUALIDADE DE VIDA PARA SUA FAMÍLIA!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário